Oração e Meditação

Moças – Manual 1, 1992


Objetivo

Ajudar cada aluna a compreender o grande valor da oração diária e da meditação em sua vida.

Preparação

  1. 1.

    Gravura 14, Jesus orando no Getsêmani (62175 059)

  2. 2.

    Prepare um cartaz com a frase do Presidente Harold B. Lee: “A vida é frágil e, portanto, deve ser tratada com orações”.

  3. 3.

    Preparar uma cópia do seguinte convite para cada membro da classe:

  4. 4.

    Designar alunas para preparar e lerem seguintes materiais da lição:

    1. a.

      A poesia “Uma Oração Informal”.

    2. b.

      A declaração do Élder H. Burke Peterson sobre como orar.

    3. c.

      A citação do Presidente David O. McKay sobre meditação.

  5. 5.

    Convidar duas jovens para cantarem em dueto o hino “Ó Doce e Grata Oração”, (Hinos, nº 79).

  6. 6.

    Se desejar, designe algumas jovens para apresentarem escrituras, histórias ou citações.

Sugestão para o desenvolvimento da lição

Introdução: Faça o Convite

Material a ser distribuído

Distribua os convites às alunas. Durante o desenvolvimento da lição, as meninas serão instruídas a ler várias referências de escrituras, para descobrirem a mensagem contida no convite.

Debata com as alunas a quem o convite é dirigido. Peça-lhes que localizem D&C 104:79 e leiam a passagem em uníssono. Isto identificará cada aluna como a pessoa a quem é dirigido o convite.

As Escrituras Nos Ensinam a respeito da Oração

Debate

Solicite às alunas que sugiram as razões pelas quais o Senhor nos convida a orar. Depois que tiverem dado suas sugestões, peça-lhes que localizem as quatro escrituras seguintes, que se encontram registradas no convite. Quatro alunas deverão ler as passagens, verificando em cada uma por que o Senhor nos diz que devemos orar.

Doutrina e Convênios 19:28 (é um mandamento); I Tessalonicenses 5:18 (dar graças em tudo é a vontade do Senhor); Tiago 1:5 (se tivermos falta de sabedoria); e Alma 34:27 (orar pelo bem-estar próprio e alheio).

Diga que há muitas razões pelas quais devemos orar, e essas quatro são apenas algumas delas.

Poesia

Para iniciar o debate a respeito de como devemos orar, a aluna designada deverá ler a seguinte poesia:

Uma Oração Informal

“Um homem deve orar”,
Disse o Diácono Oliveira,
“É de joelhos,
Não há outra maneira.”
“Eu já diria que a maneira correta”,
Retrucou o Reverendo Amadeu,
“É com os braços para cima
E os olhos, em êxtase, voltados para o céu”.
“Não é nada disso”. disse o Élder Paixão,
“Isso demonstra orgulho!
O homem deve orar com os olhos fechados,
E a cabeça baixa, em contrição.”
“Acho que as mãos devem estar postas
à frente, junto ao peito.
Os dedos devem estar cruzados”,
Disse o Reverendo Barreto.
“Pois eu caí dentro dum poço
De cabeça para baixo”, disse Ciro Leandro
Com os pés para cima, e a cabeça afundando,
E fiz uma oração, naquela posição;
A melhor oração de toda a minha vida;
A oração mais orada, aquela mais sentida.”

(Sam Walter Foss, “The Prayer of Cyrus Brown”, em Stars to Steer By, ed. Louis Untermeyer, New York; Harcourt, Brace and Co., 1941, pp.301-302.) (N. do T. Tradução livre.)

Escritura

Peça às alunas que localizem 3 Néfi 19:6, conforme indicado nos convites. Explique-lhes que o Salvador, quando apareceu no continente americano, ensinou seus discípulos a orar, e estes, ensinaram o povo. Depois que a escritura for lida, pergunte como os nefitas foram ensinados a orar.

Citação

Explique-lhes que, para ajudar-nos a chegar mais perto dele, o Pai Celestial nos deu conselhos consideráveis por meio de nossos líderes modernos, sobre a oração. Peça à aluna designada que leia e debata as sugestões do Bispo H. Burke Peterson: “Quando sentirem necessidade de confiar no Senhor ou de melhorar a qualidade de seu relacionamento com ele — ou, em outras palavras, de suas orações — quero sugerir um processo: vão para um lugar onde possam ajoelhar-se, onde possam falar com ele em voz alta. Pode ser o quarto, o banheiro, a garagem. Depois, retratem-no com os olhos da mente. Pensem naquele com quem estão falando, controlem seus pensamentos — não os deixem divagar e dirijam-se a ele como seu Pai e seu amigo. Depois, digam-lhe o que realmente sentem vontade de dizer — não frases compostas que têm pouco significado, mas falem com ele de coração aberto. Confiem nele, peçam-lhe perdão, supliquem-lhe, apreciem-no, agradeçam-lhe, expressem-lhe amor e depois escutem a resposta… As respostas do Senhor chegam silenciosamente — muito de mansinho. Na verdade, são poucos os que ouvem as respostas com os ouvidos. Precisamos prestar muita atenção, caso contrário é possível que não as reconheçamos. A maioria das respostas do Senhor são sentidas em nosso coração como uma onda cálida que nos conforta, ou chegam à nossa mente em forma de pensamentos. São recebidas pelas pessoas que estão preparadas e que são pacientes.” (Conference Report, outubro de 1963, p.13; ou Ensign, janeiro de 1974, p.19.)

Debate com uso de gravura

Apresente a gravura do Salvador orando no Getsêmani e peça às alunas que sugiram algumas coisas que aprendemos sobre a oração ao observar esta gravura. Ajude-as a reconhecerem a humildade, a solidão, a fé, a posição de joelhos, a concentração e a meditação.

A Meditação É uma Forma de Oração

Debate com uso de escritura

Solicite às alunas que localizem e leiam I Timóteo 4:15, alistada em seu convite, ao lado do título “Como” e que dêem sua interpretação do termo meditar.

Citação

Depois que a classe responder às perguntas acima, convide a aluna designada para ler a seguinte citação do Presidente David O. McKay:

“Creio que damos muito pouca atenção ao valor da meditação, que é um princípio de devoção… A meditação é a linguagem da alma. Ela é definida como ‘uma forma de devoção íntima ou exercício espiritual e consiste de reflexão profunda e contínua a respeito de algum tema religioso’. A meditação é uma forma de oração…

A meditação é uma das portas mais secretas e sagradas pela qual chegamos à presença de Deus.” (David O. McKay, Man May Know for Himself, comp. por Clare Middlemiss, Salt Lake City: Deseret Book Co., 1969, pp. 22-23.)

Debata novamente os lugares onde, como sugeriu o Bispo Peterson, nós vamos para ficarmos sozinhas. Depois, peça às alunas que pensem aonde iriam para meditar.

Debate com uso de escritura

Explique-lhes que existe uma relação íntima entre o local e a maneira como oramos. Peça às alunas que localizem em seus convites as escrituras relacionadas sob o título “Onde”. Leiam-nas juntas e conversem sobre os lugares onde o Senhor sugere que meditemos:

  • Mateus 6:6 (Orar no aposento, ou em lugares ocultos.)

  • Alma 34:26 (Orar no aposento, ou em lugares secretos e nos campos.)

Neste momento, peça às alunas que considerem onde seriam seus “campos” pessoais. Ajude-as a determinar alguns locais onde poderiam meditar.

Debate com uso de escritura

Diga-lhes que o Pai Celestial também nos indicou onde orar. Peça-lhes que consultem seus convites para aprenderem quais os momentos apropriados para orar, segundo as escrituras:

  • Alma 34:21 (Orar de manhã, ao meio-dia e à noite.)

  • I Tessalonicenses 5:17 (Orar sem cessar.)

Saliente o fato de que o Pai Celestial está sempre à nossa disposição e deseja que nos comuniquemos com ele. Uma vida justa inclui uma oração contínua de agradecimento ao Senhor.

A Vida É Frágil — Trate-a com Orações

Cartaz

Mostre o cartaz com a frase: “A vida é frágil e, portanto, deve ser tratada com orações.” (Citado por Harold B. Lee, em A Liahona, Conferência de Área do México e América Central, 1972, p. 48.)

Quadro-negro

Pergunte às jovens quais os problemas, decisões e tentações com que se deparam na vida, e que poderiam ser resolvidos mais eficientemente pela meditação e oração.

Registre as repostas no quadro-negro:

A meditação e a oração nos ajudam a:

  1. 1.

    Edificar o testemunho.

  2. 2.

    Superar atitudes negativas.

  3. 3.

    Fazer um jejum significativo.

  4. 4.

    Agüentar pressões de nossos colegas.

  5. 5.

    Manter os padrões da Igreja.

  6. 6.

    Resolver problemas escolares.

  7. 7.

    Melhorar nossa auto-imagem.

  8. 8.

    Guardar a Palavra de Sabedoria.

  9. 9.

    Desenvolver bons hábitos.

  10. 10.

    Vencer fraquezas.

Citação

• De que maneira a meditação torna mais eficaz a oração, com referência aos problemas alistados no quadro-negro?

Depois que as alunas tiverem respondido à pergunta, leia esta citação do Élder Boyd K. Packer, que esclarece melhor essa pergunta:

“Quando tiverdes um problema, trabalhai nele primeiro em vossa mente. Ponderai, analisai-o e meditai. Lede as escrituras. Orai a respeito dele…

Ponderai as coisas, um pouco a cada dia, e não vos arrisqueis a tomar decisões importantes impulsivamente…

Aprendi que a melhor hora para tentar resolver um problema sério é de manhã bem cedo… O quadro-negro da vossa mente terá sido apagado por uma boa noite de descanso. As distrações que se acumulam durante o dia não estarão em vosso caminho. Vosso corpo também está descansado. É esse o momento para meditar cuidadosamente e receber revelação pessoal.” (“Self-Reliance”, Ensign, agosto de 1975, p.88, também em Cursos de Estudo da Sociedade de Socorro 1980-81, p.148.)

Conclusão

Mencione que em muitos convites aparecem com as letras R.S.V.P. (N. do T. Essas letras são as iniciais da frase “Respondez S’il vous Plait”, em francês, que significa “Responda, por favor” e é uma convenção internacional, aparecendo em convites escritos em qualquer língua; e quer dizer que a pessoa que recebe o convite deve comunicar-se com quem a convidou, para confirmar ou não sua presença no evento.)

Peça às alunas que consultem seus convites e leiam a promessa, antes de tomarem a decisão de aceitar ou rejeitar o convite à meditação e à oração. Solicite-lhes que leiam Alma 37:37 para descobrir a promessa oferecida pelo Senhor (ele os orientará para o bem, zelará por eles e os elevará no último dia). Peça às jovens que considerem seriamente a resposta que darão ao convite. Explique-lhes que, se aceitarem o convite para orar e meditar, deverão comprometer-se a seguir um programa diário.

Leia o cartaz “A vida é frágil e deve, portanto, ser tratada com orações”.

Testemunho

Sugira às jovens que orientem sua vida pela oração e preste testemunho do valor que a oração e a meditação têm em sua vida. Relate uma experiência pessoal e convide a classe a compartilhar suas experiências.

Hino

Termine a aula solicitando às jovens convidadas que cantem “Ó doce e Grata Oração” (Hinos, nº 79).