Valor do Trabalho

Moças – Manual 1, 1992


Objetivo

Ajudar cada aluna a apreciar o valor do trabalho.

Preparação

  1. 1.

    Optativo: Providenciar hinários para as alunas cantarem o hino nº 142, “Nossa Lei é Trabalhar”.

  2. 2.

    Optativo: Preparar uma pedra para cada jovem, escrevendo em cada uma a palavra trabalho.

  3. 3.

    Designar uma aluna para falar sobre seu trabalho, e outra para falar sobre um projeto de serviço, como descrito na lição.

  4. 4.

    Se desejar, designe algumas jovens para apresentarem histórias, escrituras ou citações.

Sugestão para o desenvolvimento da lição

O Trabalho É Parte Essencial do Plano do Evangelho

Explique à classe que vai dizer várias palavras, e que elas deverão levantar a mão, quando ouvirem uma palavra que transmita um sentimento positivo. Diga o seguinte: férias, emprego, descanso, trabalho — fazendo uma pausa após cada palavra, para notar as reações.

Comente que a idéia de trabalhar nem sempre nos parece agradável, mas a capacidade e a oportunidade de trabalhar podem trazer-nos grandes bênçãos.

• Como seria sua vida hoje, se seus pais nunca tivessem feito qualquer tipo de trabalho por vocês?

• Como seria a Igreja hoje, se os primeiros membros não tivessem tido desejo de trabalhar?

Escritura

Leiam juntas Moisés 5:1 e Êxodo 20:9.

Citação

Explique-lhes que os profetas SUD sempre nos ensinaram a sermos industriosos, independentes e auto-suficientes. Leia a seguinte citação:

“Nenhum legítimo santo dos últimos dias, desde que física e emocionalmente capaz, há de passar o fardo do próprio bem-estar ou da família a outra pessoa. Enquanto puder, atenderá às necessidades espirituais e materiais suas e da família.” (Spencer W. Kimball, A Liahona, “Serviços de Bem-Estar: O Evangelho em Ação”, fevereiro de 1978, p.104.)

Quando o atual programa de bem-estar foi apresentado, a Primeira Presidência declarou: “Nosso propósito fundamental (é) estabelecer, tanto quanto possível, um sistema sob o qual a maldição da preguiça seria eliminada, e os malefícios da esmola abolidos, deixando brotar no seio do nosso povo a independência, a industriosidade, a economia e o respeito próprio. O propósito da Igreja é ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas. O trabalho deverá ser reintroduzido como o princípio que rege a vida dos membros da nossa Igreja.” (Manual dos Serviços de Bem-Estar, “Propósito”, p.1.)

Debate e uso do quadro-negro

• Por que o trabalho deve ser o “princípio que rege nossa vida”?

• Por que a preguiça é chamada de “maldição”? Quais são os “malefícios da esmola”?

• Que bênçãos receberemos, se praticarmos este princípio? (Escreva as palavras independência, industriosidade, economia e respeito próprio no quadro-negro.

Debate

Pergunte às alunas se alguma delas já esteve tão doente a ponto de não poder fazer absolutamente nada. Se isso se prolongasse, como se sentiria não tendo a possibilidade de executar nem mesmo as tarefas mais insignificantes para cuidar de si mesma?

Apresentação pela professora

Certa jovem, que precisou passar todo o período de férias de verão na cama, seriamente enferma, prometeu nunca mais reclamar por ter que se levantar pela manhã, pois sentiuse extremamente grata por poder usar seus membros novamente.

Explique-lhes que uma das coisas mais importantes para se alcançar a felicidade é criar o hábito de trabalhar de boa vontade. Nosso trabalho pode ser satisfatório, interessante, desafiador, mentalmente edificante, exigente, criativo. Não precisa ser monótono, aborrecido, cansativo, limitado ou não conter qualquer desafio. Nossa atitude determinará quais desses pontos de vista nós aceitamos. Uma mulher aprendeu esta importante lição, como podemos ver na seguinte história: História “Há sete anos, Ann Clynick começou a tomar conta de crianças em sua casa, para adiar a necessidade de arranjar um emprego de tempo integral fora do lar.

“Com quatro filhos pequenos em casa e um na escola, e com as pressões financeiras que a família estava sofrendo, disse ela que a questão não era trabalhar ou não, mas apenas que tipo de trabalho fazer…

Embora o plano tenha resolvido (o problema de ficar em casa com os filhos), logo criou um outro.

‘Eu detestava o que estava fazendo’, disse ela. ‘Trabalhava 60 horas por semana cuidando dos filhos de outras pessoas. Nunca tivera muita paciência com crianças. Na verdade, não apreciava crianças que não fossem as minhas. E ficava mais irritada porque sentia que estava sendo forçada a fazer aquilo. Fiquei desanimada.

Mas não podia desistir, pois não queria trabalhar fora.’

Nos dois primeiros anos, ela simplesmente se arrastou através dos dias, tentando encaixar trocas de fraldas entre a limpeza da casa e o seu trabalho na cozinha, além de tentar canalizar a energia de dez crianças — seus próprios filhos e mais seis.

‘Certo dia li um artigo escrito por uma Autoridade Geral, falando sobre um homem que visitou uma faxineira que tinha a tarefa monótona de esfregar uma escadaria todos os dias.

Quando a mulher falou sobre a monotonia de sua vida, o homem explicou que , se precisasse fazer aquele trabalho, tentaria torná-lo mais interessante, procurando descobrir tudo o que fosse possível a respeito dele…’

‘O que essa história fez por mim foi mostrar-me que o importante é nossa atitude em relação ao que fazemos, e não necessariamente o trabalho em si’, disse a irmã Clynick.

‘Daquele momento em diante, resolvi aprender tudo o que era possível a respeito de como cuidar de crianças’. …Matriculou-se em vários cursos…Ela agora tem um programa com um currículo preparado com um ano de antecedência para as crianças. Há uma lista de espera à sua porta…

‘O que aconteceu foi que, nos últimos sete anos, consegui fazer algo que antes detestava e achava aborrecido, apenas mudando de atitude’, disse a irmã Clynick.

‘Aprendi muita coisa, desenvolvi-me e gosto do que faço.’” (John Forster, “Attitude Not Necessarily Job Itself - Is Important”, Church News, 29 de maio de 1982, p.12.)

Debate

• Como esta experiência poderia ser aplicada às aulas da escola, às tarefas domésticas, aos empregos de meio período, ou às designações da Igreja que possam não parecer interessantes? Como a atitude pode influenciar nosso desempenho? Quais são algumas recompensas do trabalho bem feito?

Citação

Leia a seguinte citação:

“Jamais desdenheis os que fazem trabalhos mal remunerados. Há grande dignidade e valor em qualquer ocupação honesta. Nunca useis o termo inferior para qualquer ocupação que melhora o mundo ou as pessoas que nele vivem.

Não há vergonha no trabalho honesto” (Boyd K. Packer, “O Evangelho - Fundamento da Nossa Carreira”, A Liahona, julho de 1982, p.139).

O Trabalho É Importante para Nosso Bem-Estar Material, Social e Espiritual

História

Um viajante certa vez aproximou-se de um riacho que atravessava seu caminho. Um estranho apareceu e lhe disse que se pegasse alguns pedregulhos e os colocasse no bolso e quando alcançasse seu destino, sentir-se-ia triste e contente. Fez o que o estranho lhe disse e continuou seu caminho. Quando chegou à cidade próxima, tirou os pedregulhos do bolso e, para sua surpresa, descobriu que se haviam transformado em pedras preciosas. Percebeu então o significado das palavras do estranho. Sentiu-se triste por não ter apanhado mais pedregulhos, mas contente pelos que apanhara.

Debate com uso do quadro negro

Desenhe alguns círculos no quadro-negro, representando os pedregulhos. Escreva neles os pontos tratados no seguinte debate, como mostrado. Faça um círculo ao redor das palavras que já se encontram no quadro-negro, desde o debate anterior: independência, industriosidade, economia e respeito próprio.

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Debate

• Se esse viajante fosse cada uma de vocês no final da vida, o que os pedregulhos poderiam simbolizar para vocês?

• Quais são algumas metas que desejam alcançar? Quais são algumas qualidades e bens que gostariam de adquirir durante a vida?

• Como se sentiriam mais tarde, se não aproveitassem todas as oportunidades de apanhar os “pedregulhos” que desejassem?

Poema Eis uma outra forma de expressar esta idéia: De todas as palavras de triste sentido, As mais tristes são: “Poderia ter sido!” (John Greenleaf Whittier, “Maud Muller”, A Treasury of the Familiar, ed. Ralph L. Woods, New York: Macmillan Publishing Co., 1942, p. 236.)

Apresentação pela professora

Explique-lhes que, infelizmente, muitas pessoas não alcançaram suas metas nem conseguem realizar o que desejam, simplesmente porque não estão dispostas a trabalhar ou a trabalhar o suficiente. Não estão prontas para pagar o preço da felicidade que poderiam ter. Muita gente que viaja pelos caminhos da vida não compreende que pode, sem qualquer toque de mágica, transformar seus desejos em realidade — trabalhando por eles.

Citação

Leia a seguinte citação:

“Não existe uma estrada principesca que leve a qualquer tipo de aprendizado, não importa qual seja… Não existe um caminho fácil que leve a qualquer coisa que valha a pena. Nada que mereça ser alcançado ou desejado é conseguido sem trabalho. E mesmo que sejamos um gênio, a regra não muda.” (J. Reuben Clark, Jr., como citado em Vital Quotations, comp. por Emerson Roy West, Salt Lake City: Bookcraft, 1968, pp. 401-402.

Apresentação pela professora

e quadro negro Diga que podemos medir os bons resultados do trabalho em três áreas gerais.

Sob a palavra “pedregulhos”, no quadro-negro, coloque três linhas horizontais e deixe-as em branco. Durante o debate, preencha os espaços vazios com as palavras material, social e espiritual.

Acrescente ao quadro-negro:

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Escreva a palavra material no primeiro espaço. Explique-lhes que o trabalho é indispensável à nossa sobrevivência.

Citação

“Tudo o que obtemos na vida, de natureza material, é resultado do trabalho e da providência divina. É o trabalho que produz os bens necessários à vida.” (A Liahona,

“Preparai-vos para os Dias de Tribulação”, de Ezra Taft Benson, março de 1981, p.45.)

Apresentação pela professora

Explique-lhes que sabemos também que o trabalho tem valor monetário. Geralmente somos pagas ou recompensadas segundo nossa capacidade, eficiência e responsabilidade.

• Que passos precisamos dar agora para nosso futuro bem-estar material?

• Que atitudes poderiam impedir-nos de aprender a trabalhar para cuidar de nossas necessidades materiais?

• Como a disposição para trabalhar ajuda em seu desempenho na escola e na vida familiar?

Apresentação por membro da classe

Peça a uma aluna que fale sobre o trabalho que faz. Onde aprendeu a realizar esse tipo de trabalho? Gosta dele? Está progredindo e adquirindo novos conhecimentos?

Citação

Em um discurso para estudantes universitários, Élder Dallin H. Oaks, na época presidente da Universidade Brigham Young, salientou a necessidade de os alunos aprenderem a trabalhar e a disciplinar-se.

“Poucas coisas me causam mais pesar do que ver rapazes e moças que não percebem seu potencial, que não… se disciplinam para trabalhar naquilo que é necessário a uma boa educação. Há preguiça demais, horas demais diante da televisão, banhos de sol demais, prazeres demais, dependência demais de opiniões e trabalhos alheios, e muito pouca auto-suficiência.” (Dallin H. Oaks, “The Formula for Success at BYU”, Speeches of the Year, 1979, Provo: Brigham Young University Press, p. 169.)

Debate

Debata as coisas que atrapalham o trabalho, mencionadas pelo Élder Oaks.

• Como podemos disciplinar-nos, para termos um melhor desempenho na escola? O que é indolência?

• Quais são alguns hábitos e atitudes que nos impediriam de desperdiçar nosso potencial?

Quadro-negro

Escreva a palavra social no segundo espaço em branco.

Leia e marque as seguintes escrituras: Doutrina e Convênios 68:31; 42:42; 75; 29.

• Como a indolência pode levar as pessoas a práticas pecaminosas? Debata os feitos da indolência sobre uma pessoa, uma família ou uma comunidade.

Citação

Peça a alguém que leia o comentário do Élder Neal A. Maxwell sobre nossa responsabilidade social em relação ao trabalho:

“Se aprendermos a trabalhar cedo na vida, seremos melhores indivíduos, melhores membros da família, melhores vizinhos e melhores discípulos de Jesus Cristo, que aprendeu, ele próprio, a trabalhar como carpinteiro.” (“Evangelho do Trabalho” A Liahona, junho de 1976, p.14.)

Debate

• Como a disposição para trabalhar pode abençoar a vida de outros membros de nossa família? E a de nossos amigos na escola? E as pessoas da comunidade?

Apresentação por membro da classe

Peça a uma jovem que fale sobre seus sentimentos em relação a um projeto de serviço.

Que trabalho foi realizado? Como ajudou outras pessoas? Como estas reagiram? Como se sentiu ela.

Apresentação pela professora

Ressalte que uma sociedade sadia depende da vontade que seus membros têm de contribuir com seu trabalho. Não podemos cumprir nosso papel como alunos, missionários, líderes, a menos que trabalhemos.

Quadro-negro

Escreva a palavra espiritual no terceiro espaço.

Apresentação pela professora

Explique-lhes que Adão e Eva descobriram que o Senhor havia amaldiçoado a terra pelo bem deles (ver Moisés 4:23).

• Por que a maldição da terra realmente beneficiou Adão e Eva? Que características a necessidade de trabalhar produziria neles?

• O que acontece para nossa alma quando trabalhamos? E quando não trabalhamos?

Debate com uso de escritura

Leiam juntas Doutrina e Convênios 75:3-5. O que o Senhor nos diz que devemos fazer?

Qual será nossa recompensa?

Conclusão

Citação

“Nós somos co-criadores com Deus. Ele nos deu a capacidade de fazer o trabalho que deixou por fazer, de utilizar a energia, extrair os minérios, transformar os tesouros da terra para nosso benefício. O mais importante, porém, o Senhor sabia que, da dura prova do trabalho, emerge a essência sólida do caráter.” (J. Richard Clarke, “ O Valor do Trabalho”, A Liahona, julho de 1982, p. 125.)

Hino (optativo)

Cante ou leia todas as estrofes de “Nossa Lei é Trabalhar” (Hinos, nº 142).

Aplicação da Lição

Dê a cada aluna um pedregulho ou pedra na qual escreveu a palavra trabalho. Incentive- as a melhorarem suas habilidades e sua atitude em relação ao trabalho.