Lição 41: Ser Digna de Confiança

"Lição 41: Ser Digna de Confiança," Desenvolvimento Social e Emocional, ()


Objetivo

Fazer com que as jovens entendam a importância de serem dignas de confiança.

Preparação

  1. 1.

    Providencie um relógio.

  2. 2.

    Forneça lápis e papel às alunas.

  3. 3.

    Designe algumas jovens para apresentarem as histórias, escrituras ou citações que desejar.

Sugestão para o desenvolvimento da lição

Introdução

Lição com uso de objeto

Mostre o relógio.

Explique à classe que um bom relógio ou cronômetro é muito valioso quando marca o tempo com precisão. Porém, um relógio, adornado ou não de ouro e pedras preciosas, não tem muito valor se não pudermos confiar nele para marcar o tempo com exatidão.

É Importante Ser Digna de Confiança

Apresentação pela professora

Explique que uma classe de jovens e sua consultora haviam planejado um projeto de serviço para ajudar uma viúva idosa, a irmã Mota, a limpar seu quintal. As alunas prometeram estar em casa da irmã às 9h00 no sábado de manhã, com ancinhos, enxadas e aparadores de grama para fazer o trabalho do jardim. No sábado, a consultora e uma jovem foram as únicas pessoas a comparecerem à casa da irmã Mota. Embora tivessem trabalhado arduamente até 1h00 da tarde, fizeram muito menos do que tinham como meta porque eram apenas duas pessoas tentando fazer o trabalho de dez.

Debate

Debata como se sentiram as duas pessoas que cumpriram seu compromisso.

  • Que responsabilidade tinham os outros membros da classe?

  • Como você se sente quando outras pessoas marcam compromissos e depois falham em cumpri-los?

Quadro-negro

Debata o que significa ser digna de confiança. Aliste algumas características desse tipo de pessoa no quadro-negro. (A lista pode incluir confiável, responsável, diligente.)

Citação

Na medida em que for lida a citação abaixo, solicite às jovens que tentem identificar os exemplos de pessoas que não foram confiáveis. Depois, peça-lhes que pensem em pessoas que conheçam e em quem confiam. Elas poderiam citar os pais, professores, bispo motorista do ônibus, ou médico.

“Há um pensamento de Confúcio que fala sobre um ponto que abrange muitos problemas pessoais e públicos. ‘Um homem em quem não se pode confiar é completamente inútil’, disse ele. Nisso reside grande parte do que há de errado no relacionamento entre os homens—não ser de confiança, não se poder contar com as pessoas para executarem sua parte, fazerem o que dizem que farão, quando precisa ser feito. E assim, os desapontamentos e desilusões ocorrem diariamente. Alguém diz que terá algo pronto numa certa hora, e simplesmente a coisa não está pronta. Alguém toma algo emprestado e diz que devolverá, ou pagará num certo dia, mas simplesmente não devolve e não paga. Alguém assina um contrato e concorda em prestar certos serviços, mas não o cumpre. A lista poderia ser interminável. Freqüentemente existem razões inevitáveis, mas às vezes é falta de confiabilidade, e em algumas situações isso pode se tornar não somente frustrante, mas aterrorizante. Tudo isso poderia ser comparado a um pára-quedas que abre somente parte do tempo, ou a freios de carro com os quais não se pode confiar sempre (…) Suponham que não pudéssemos contar com as promessas de Deus; Suponham que os astronautas em órbita não pudessem contar com os cálculos que outros fizeram, ou não pudessem confiar que o universo funcionaria de maneira previsível. Suponham que não pudéssemos contar com as marés, com o sol, ou com as estações. Não é o funcionamento imprevisível que faz a vida possível, mas o grau de confiabilidade, segurança, honestidade e consistência com os quais podemos contar. ‘Um homem em quem não se pode confiar é completamente inútil.’” [Richard L. Evans, “Reliable Once in a While” (“Confiável de Vez em Quando”), Ensign, outubro de 1971, p. 9.]

Escritura

Solicite às jovens que leiam Doutrina e Convênios 82:24.

  • Que bênçãos estão reservadas àqueles que são constantes?

Apresentação pela professora

Peça às alunas que pensem por um momento numa ocasião em que negligenciaram alguma coisa que prometeram fazer. Solicite que descrevam como se sentiram.

  • Quais são algumas das áreas em sua vida nas quais é necessário ser digna de confiança? O debate poderia incluir responsabilidades pessoais em casa, na escola, na igreja e no trabalho.

Escritura

Solicite às alunas que leiam 1 Néfi 3:7. Debata como a atitude de Néfi ajudou-o a tornarse um grande servo do Senhor.

Explique que quando recebemos responsabilidades, devemos comprometer-nos a executar a tarefa como Néfi o fez quando o Senhor o chamou para servir.

Ser Digna de Confiança Ajuda-nos a Sermos Mais Autoconfiantes e Bem Sucedidas

História com debate

O Presidente N. Eldon Tanner contou a seguinte história que ilustra a importância de vivermos nossa religião e sermos confiáveis.

“Um homem com quem tenho relacionamento como diretor que é numa grande empresa e que também trabalha para o governo disse-me certa ocasião: ‘Solicitamos candidatos que estivessem preparados para aceitar um certo emprego no governo. Apareceram muitos, dentre os quais selecionamos dez. Quando considerávamos esses dez, notamos que um deles era membro de sua igreja, e contratamo-lo imediatamente.’

‘Por que o empregou?’ perguntei eu.

‘Porque sabíamos que não iria se embriagar à noite, sabiamos, ‘que poderíamos confiar nele, e sabíamos que executaria o trabalho que lhe designássemos.’” [“Dependability” (“Confiança”), Ensign, abril de 1974, p. 4.]

  • Como os membros da Igreja ganham essa reputação?

  • Como se sente quando ouve a respeito de pessoas tão fiéis?

Citação

Diga às jovens que pensem em sua própria vida enquanto ouvem as perguntas da citação a seguir:

“Todos os dias, devemos fazer-nos as seguintes perguntas: Sou confiável? Sou forte e determinado o suficiente para tornar-me o tipo de pessoa em que todos podem confiar? Temos vários exemplos a nossa volta de pessoas que têm todas as oportunidades de agir bem, possibilidades de uma carreira promissora e de realmente darem uma contribuição ao mundo, mas falham porque não se decidiram e não foram fortes o suficiente para manterem-se acima de reprovação e resistirem às tentações que se colocam diante delas.” [N. Eldon Tanner, “Dependability” (“Confiança”), p. 4.]

Apresentação pela professora

Explique que se formos dignas de confiança teremos mais sucesso em tudo que fizermos; inclusive como membros da Igreja. Quando cumprimos nossas responsabilidades, sentimo-nos bem acerca de nós mesmas. Não precisamos nos desculpar por nosso comportamento ou nos escondermos dos pais, dos credores, dos diretores da escola, do bispo, ou de qualquer outra pessoa a quem tenhamos que prestar contas. Podemos sentirnos intimamente confiantes e ganharmos o respeito e a confiança dos outros.

História

Solicite a uma jovem que leia a seguinte história:

“Cindy olhou para o relógio acima da porta… A hora passara tão rápido que mal podia acreditar que já fosse quase uma hora… ‘Vamos jogar mais uma partida [de tênis], convidou Donna. ‘A última foi realmente um acidente. Você poderá ganhar fácilmente desta vez.’

‘Não posso’, replicou Cindy. ‘Só tenho tempo de correr para casa e tomar um banho antes de ir ao hospital ajudar a senhora Holt com a história e os trabalhos manuais.’

‘Que tolice!’, zombou Donna, fazendo uma careta. ‘Que jeito de passar o verão! Duas tardes por semana com crianças doentes.’

‘Aquelas crianças têm que passar um longo tempo no hospital. Sentem-se terrivelmente sozinhas, e eu prometi’, começou Cindy.

‘Bom, mas só desta vez acho que você poderia jogar mais uma’, insistiu Donna. ‘Você não é assim tão importante lá. Você mesma disse que não fez muita coisa.’

Cindy havia pensado nisso várias vezes. Tudo o que tinha feito fora distribuir papel e lápis de cor, tesouras ou qualquer outro material necessário. Ela também ajudava as crianças com as cadeiras de rodas e as muletas. (…)

‘Vamos lá, Cindy, saque’, disse Donna, impaciente.

Cindy rolou a bola na raquete algumas vezes, mas depois balançou a cabeça. ‘Donna, não posso. Eu realmente prometi, e não seria justo!’

Cindy correu para tomar banho e aprontar-se para ir ao hospital. Temia chegar atrasada, por isso correu a maior parte das oito quadras da sua casa até o hospital.

As pernas doíam quando subiu os degraus do hospital e correu pelo longo corredor até a sala onde as crianças aguardavam. Ao abrir a porta, parou um minuto para tomar fôlego.

‘A senhora Holt ainda não começou as histórias’, disse para si mesma. ‘Talvez eu não esteja tão atrasada como pensava.’

‘Cindy chegou!’ disse Dennis quando a viu. Dennis estava engessado da cintura para baixo, mas nem pensava em perder as histórias.

Os outros voltaram-se para olhar também. ‘Cindy! Cindy!’ exclamaram. Foi quase um coro.

A senhora Holt sorriu, mas Cindy notou que algo estava errado com aquela senhora de cabelos grisalhos que geralmente ria com as crianças.

‘A senhora não está se sentindo bem?’ perguntou Cindy discretamente.

A senhora Holt balançou a cabeça. ‘Tenho estado um pouco tonta o dia todo. Não sabia se poderia esperar até você chegar. Mas agora que está aqui, sei que tudo ficará bem.’

Cindy sentiu calor no rosto, lembrando-se do quanto se sentira tentada quando Donna tentara persuadi-la a ficar e jogar mais uma partida de tênis.

‘Não gosto de deixar você sozinha, Cindy’, suspirou a senhora Holt, ‘mas todas as crianças adoram tanto você que posso ir para casa sem me preocupar. É bom saber que posso confiar em você. Já que ficará sozinha hoje, talvez possa ler algumas histórias.’

Cindy nunca lera histórias para as crianças antes. A princípio, a voz soou-lhe trêmula e fraca, mas gradualmente ganhou confiança.

‘Você lê bem’, comentou Dennis. ‘Tão bem como qualquer outra pessoa!’

Cindy riu e bateu de leve no braço do menino.`É porque todos vocês são meus amigos.’

Aquela tarde passou rápido—quase voando.

‘Você voltará, não é?’ perguntou Dennis quando Cindy estava indo embora. ‘Você disse que somos amigos’, acrescentou ansiosamente.

Cindy voltou e deu-lhe um abraço. ‘Nós somos amigos. Eu voltarei—prometo.’

Quando Cindy deixou o hospital, sabia que cumpriria a promessa—tão freqüentemente quanto fosse necessário.” [Lucy Parr, “Nothing Important” (“Nada Importante”), Friend, junho de 1973, pp. 43–45.]

Debate

  • Como acha que Cindy se sentiu a respeito de si mesma?

  • Quem teria ficado magoado se Cindy tivesse falhado em cumprir seu compromisso?

Conclusão

Citação

“Não devemos ser quase confiáveis, mas sempre confiáveis. Sejamos fiéis nas pequenas coisas, assim como nas grandes. As pessoas podem confiar em mim para cumprir toda designação, seja ela para um [discurso na Igreja], para atuar como professora visitante, uma visita a um doente, ou um chamado como missionário de estaca ou de tempo integral?” [N. Eldon Tanner, “Dependability” (“Confiança”), p. 5]

Apresentação pela professora

Explique que quando cumprimos compromissos e aceitamos plenamente as responsabilidades, nossa vida terá maior valor, assim como o relógio mostra seu valor quando nele se pode confiar na precisão de marcar o tempo.

Aplicação da Aula

Solicite às jovens que façam uma lista de suas responsabilidades para a próxima semana, tais como reuniões e obrigações na Igreja , tarefas domésticas, responsabilidades familiares, designações da escola, etc. Incentive-as a fazerem um compromisso de serem confiáveis em fazer essas coisas.