2017
Élder Robert D. Hales: Uma vida honrada
In Memoriam: Élder Robert D. Hales


Élder Robert D. Hales: Uma vida honrada

“Oh! Eu quisera ter a voz e a trombeta de um anjo para que eu pudesse dizer a toda a humanidade que [Jesus Cristo] ressuscitou e que Ele vive; que Ele é o Filho de Deus, o Unigênito do Pai, o Messias prometido, nosso Redentor e Salvador; que Ele veio a este mundo para ensinar o evangelho pelo exemplo. Sua missão divina é nos ajudar a vir a Ele e Ele vai nos guiar à vida eterna.”1

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Robert D. Hales and his wife, Mary

Capa: fotografia de Stuart Johnson, Deseret News

Quando o élder Robert D. Hales servia na Força Aérea dos EUA como piloto de caça na década de 1950, os membros de sua esquadrilha adotaram um lema para inspirá-los em seu serviço.

“O lema da nossa unidade — pintado num dos lados de nossa aeronave — era ‘Retorne com honra’”, contou o élder Hales aos portadores do sacerdócio em 1990, quando servia como bispo presidente. “Esse lema era um constante lembrete para nós da determinação que tínhamos de voltar à base com honra só após despender todos os nossos esforços para completar com sucesso cada fase de nossa missão.”2

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Robert D. Hales as pilot with plane; as businessman

O élder Hales, que falou com frequência sobre retornar com honra, acreditava que todos os filhos do Pai Celestial poderiam ser ajudados em seu progresso eterno ao aplicar esse lema na vida deles. Uma vez que cada dia da vida é uma missão, ele ensinou: “Precisamos nos lembrar de quem somos e de nossa meta eterna de ‘Retornar com honra’ com nossa família à presença do Pai Celestial”.3

Em suas obrigações como marido e pai, diretor executivo e autoridade geral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias por mais de 40 anos, o élder Hales se lembrava de quem era e agia de acordo. Por meio de sua fidelidade, sua obediência, sua diligência e seu serviço ele foi um bom exemplo do lema de sua esquadrilha por toda a vida mortal.

Uma família unida

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Robert D. Hales with his parents and siblings; as a child

Robert Dean Hales nasceu em 24 de agosto de 1932, na cidade de Nova York, EUA, o terceiro dentre os três filhos de J. Rulon Hales e Vera Marie Holbrook Hales. Robert foi criado perto de Long Island em um lar centralizado no evangelho. Seus pais serviram em vários chamados na Igreja, tendo sido inclusive missionários de estaca; e, todos os domingos, a família viajava 32 quilômetros para frequentar a Ala Queens.

“Éramos uma família unida”, relembra o élder Hales. Ele chamou o lar onde passou a infância de “um lugar muito bonito para criar uma família”, e sua família era “uma fonte de força”.4

O bom exemplo deixado pelos pais se tornou uma lembrança que guiou sua vida.5 “Eles viveram o evangelho, estudaram as escrituras e prestaram testemunho de Deus, o Pai, e de Seu Filho, Jesus Cristo”, disse o élder Hales. “Também prestaram testemunho do profeta Joseph Smith.” 6

Quando era criança, aprendeu que “a chave para fortalecermos nossa família é termos o Espírito de Deus presente em nosso lar”.7

A mãe de Robert serviu por mais de 30 anos na Sociedade de Socorro e o ensinava sobre amor e serviço quando o levava com ela para ajudar os pobres e necessitados.8 Seu pai, que foi artista profissional na cidade de Nova York, ensinou-lhe lições duradouras sobre o sacerdócio e a Restauração. Em uma ocasião, ele levou Robert ao rio Susquehanna, onde Joseph Smith e Oliver Cowdery receberam de João Batista o Sacerdócio Aarônico. Em outra ocasião, levou Robert ao Bosque Sagrado.

“Oramos juntos no bosque e expressamos o desejo de sermos leais e devotados ao sacerdócio que portávamos”, lembrou ele. “Depois, meu pai pintou um quadro do local onde havíamos orado e me deu de presente como lembrança das promessas que fizemos juntos naquele dia. Hoje o quadro está na parede do meu escritório e todos os dias me lembra da experiência que tive e das promessas sagradas feitas a meu pai terreno e a meu Pai Celestial.”9

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Robert D. Hales as young baseball player; in Dodgers uniform

Tendo sido jogador de beisebol quando jovem, Robert mais tarde jogou no Ensino Médio e na faculdade e, em 2007, fez o primeiro arremesso cerimonial num jogo profissional.

Fotografia: Sonja Eddings Brown

Quando era jovem, Robert adorava jogar beisebol e acabou jogando pela Universidade de Utah. Ao voltar para casa depois do primeiro jogo de beisebol que ele e os colegas da escola jogaram em outra cidade, ele, que na época cursava o nono ano, ficou incomodado com o comportamento e o linguajar dos colegas. Para fortalecer Robert, seu pai desenhou para ele a figura de um cavaleiro.

“À medida que ele desenhava e lia as escrituras, aprendi a ser um fiel portador do sacerdócio — para proteger e defender o reino de Deus. As palavras do apóstolo Paulo foram meu guia” (ver Efésios 6:13–17).

Refletindo sobre aquela lição, anos mais tarde, o élder Hales ensinou: “Se formos fiéis no sacerdócio, essa armadura nos será concedida como dom de Deus. Precisamos dessa armadura!”10

O élder Hales aprendeu outro atributo importante com o exemplo do pai.

“Aprendi a respeitar as mulheres pela maneira como meu pai cuidava com carinho da minha mãe, da minha irmã mais velha e das irmãs mais novas dele”, contou. Depois que a mãe do élder Hales sofreu um derrame, o cuidado e o carinho do pai pela “amada companheira” durante os últimos dois anos da vida dela se tornaram um exemplo que ele nunca esqueceu. “Ele me disse que foi uma pequena compensação pelos mais de 50 anos de devoção dela para com ele.”11

Seu maior tesouro

Quando voltou para casa em 1952, de férias da faculdade, Robert conheceu uma jovem chamada Mary Crandall, cuja família havia se mudado recentemente da Califórnia para Nova York. Eles gostaram um do outro imediatamente.

“Depois que a conheci, nunca mais saí com outra moça”, disse o élder Hales.12

Quando o verão acabou, os dois voltaram para a faculdade, em Utah. Robert estudava na Universidade de Utah, e Mary, na Universidade Brigham Young, mas eles não deixaram que a distância os separasse. Logo após o fim do ano letivo, casaram-se no dia 10 de junho de 1953, no Templo de Salt Lake. Nos cinco anos que se seguiram, foram abençoados com dois filhos, Stephen e David.

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Robert and Mary Hales on wedding day; Robert and Mary with their sons

Depois de se formar em 1954 em Comunicações e Negócios, Robert entrou para o serviço ativo da Força Aérea dos Estados Unidos, servindo como piloto de caça. Quando terminou seu serviço, cerca de quatro anos depois, mudou-se com a família da Flórida para Massachusetts a fim de fazer mestrado em administração de empresas. Enquanto estava se esforçando ao máximo na Harvard Business School, foi chamado para ser presidente do quórum de élderes. Essa foi a única vez em sua vida que ele ficou pensando se deveria aceitar um chamado na Igreja.

“É possível que eu seja reprovado se eu me tornar o presidente do quórum de élderes”, disse ele a Mary.

Sua esposa respondeu com palavras que o ajudariam pelo resto da vida: “Bob, prefiro ter um portador ativo do sacerdócio como marido a ter um homem com mestrado em Harvard”. Ela o abraçou e acrescentou: “Vamos fazer as duas coisas”.13

E fizeram.

No dia seguinte, Mary fechou uma parte do porão inacabado de seu apartamento para que Robert tivesse um lugar para estudar sem ser interrompido.

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Anos mais tarde, quando a família tinha maior segurança econômica, o élder Hales quis comprar um casaco caro para Mary. Quando ele perguntou o que ela achava da ideia dele, ela perguntou: “Você está comprando isso para mim ou para você?”

O élder Hales chamou a pergunta dela de “uma lição inesquecível”. Ele comentou: “Em outras palavras, ela estava perguntando: ‘O propósito deste presente é me demonstrar seu amor ou me mostrar que você é um bom provedor, ou provar algo para o mundo?’ Ponderei a respeito de sua pergunta e compreendi que estava pensando menos nela e em nossa família e mais em mim”.15

O élder Hales reconheceu que sua esposa era seu maior tesouro.16 “Eu não seria o que sou sem ela”, disse. “Eu a amo profundamente. Ela tem dons do Espírito. Estudamos as escrituras juntos e muitos dos conceitos que ensino adquiri ao estudar as escrituras e orar com ela. É por isso que sou quem sou.”17

O élder Hales atribuiu muito do que ele e Mary alcançaram na vida ao trabalho de equipe deles. “Sempre fomos uma equipe e sempre seremos. Penso que ouvir minha esposa, depois de ouvir o Espírito Santo, tem sido a influência mais importante na minha vida.”18

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Robert D. Hales with Mary in front of temple; with Mary and President and Sister Kimball

“Você terá muitas missões”

Depois de Robert concluir o MBA em 1960, as oportunidades profissionais começaram a surgir uma após a outra. Nos 15 anos seguintes, ele serviu como diretor executivo em várias empresas proeminentes nos Estados Unidos. Sua carreira bem-sucedida nos negócios o levou a várias cidades americanas e também à Inglaterra, Alemanha e Espanha. Essas mudanças trouxeram chamados de liderança na Igreja, os quais Robert aceitou de bom grado.

Ele serviu em presidências de ramo na Espanha, na Alemanha e nos Estados Unidos (na Geórgia e em Massachusetts). Serviu como bispo em Frankfurt, Alemanha, e em Massachusetts e Illinois, EUA. Além disso, serviu como sumo conselheiro em Londres, na Inglaterra, e em Boston, Massachusetts, onde também fez parte da presidência da estaca. Em Minnesota e na Louisiana, EUA, serviu como representante regional.

Em 1975, durante uma reunião de diretores, seu secretário lhe entregou um bilhete dizendo que o presidente Marion G. Romney (1897–1988), segundo conselheiro na Primeira Presidência, estava ao telefone. Quando Robert atendeu o telefone, o presidente Romney o convidou para servir como presidente de missão. Robert aceitou o chamado, mas, antes que pudesse começar a cumprir suas responsabilidades naquele ano como presidente da Missão Inglaterra Londres, ele recebeu outro telefonema, dessa vez do presidente Spencer W. Kimball (1895–1985).

“Você se importa se pedirmos que sirva mais do que três anos?”, perguntou o presidente Kimball. Depois que Robert disse que não se importava, o presidente Kimball o chamou para ser assistente do Quórum dos Doze Apóstolos.

“O presidente Kimball me disse que sabia que eu tinha ficado decepcionado porque queria servir como presidente de missão”, contou o élder Hales. Mas o presidente Kimball lhe assegurou: “Não se preocupe com isso; você terá muitas missões”.19

No ano seguinte, o élder Hales foi chamado para o Primeiro Quórum dos Setenta. Naquele cargo, três anos mais tarde, ele foi chamado novamente para servir como presidente da Missão Inglaterra Londres e depois como supervisor de área na Europa, trabalhando com o élder Thomas S. Monson para estabelecer o evangelho em nações que haviam sido fechadas para a Igreja e para conseguir a construção de um templo na Alemanha Oriental.20

“Uma das maiores alegrias de meu serviço na Igreja veio durante os três primeiros anos como autoridade geral em que ajudei a planejar 27 conferências de área”, disse o élder Hales. “Eu gostava muito de viajar com os membros da Primeira Presidência, os apóstolos, as autoridades gerais e outros líderes, e de conhecê-los e de conhecer suas respectivas esposas. Observar profetas, videntes e reveladores prestarem testemunho da veracidade do evangelho aos santos em vários países foi mesmo maravilhoso.”21

Em 1985, o élder Hales foi chamado para o cargo de bispo presidente da Igreja. Sua experiência profissional, seu estilo respeitoso de negociação e administração e seu amor pelas pessoas o prepararam para o chamado.

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Robert D. Hales with Mary and others at Freiberg temple dedication

O bispo presidente Hales ajudou na preparação para um templo na Alemanha Oriental. Ele e Mary Hales (ao centro) acompanham (da esquerda para a direita) o arquiteto Emil Fetzer, Elisa Wirthlin, o élder Joseph B. Wirthlin, Frances Monson e o élder Thomas S. Monson na dedicação do templo, em 1985.

O presidente Henry B. Eyring, primeiro conselheiro na Primeira Presidência, serviu no bispado presidente com o élder Hales. Ele dizia que o élder Hales era um empresário sábio, modesto e leal, sensível às necessidades das pessoas, e que sabia como fazer as coisas. “Ele trouxe essas mesmas qualidades para a liderança do bispado presidente”, disse o presidente Eyring.22

“Não há dolo nele”, disse sua esposa, Mary. “Ele tem um coração puro e quer fazer somente o que é certo.”23

Entre as doutrinas que o élder Hales enfatizou como bispo presidente estão os princípios de bem-estar. “Eleve-me, e elevá-lo-ei, e juntos nos edificaremos”, dizia ele com frequência, citando um de seus provérbios favoritos.24

Ele orou para que os santos “percebessem que temos o poder e a responsabilidade de ajudar os necessitados, sendo anjos ministradores para o Senhor Jesus Cristo, que seremos amados porque amamos, consolados porque temos compaixão e perdoados porque temos demonstrado a capacidade de perdoar”.25

Ensinamentos e testemunho

Quando o élder Hales foi chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos, nove anos mais tarde, em 2 de abril de 1994, seu novo chamado foi um fardo pesado para ele.

“Eu tenho 61 anos agora e sou menino outra vez”, disse ele em seu primeiro discurso na conferência geral como apóstolo. “Há homens neste púlpito que são apóstolos e têm feito parte da Primeira Presidência por metade do tempo que tenho de vida.”

Ele disse que ser um apóstolo de Jesus Cristo era um processo — “um processo de arrependimento e humildade, de fazer uma autoavaliação como fomos instruídos e de pedir perdão e força para ser o que devo ser”. Ele pediu as orações dos santos para que pudesse “desenvolver a força espiritual requerida para que [sua] voz e [seu] testemunho do Senhor Jesus Cristo penetrassem no coração das pessoas que ouviriam sua mensagem”.26

Por mais de 20 anos, o testemunho apostólico do élder Hales sobre o Salvador e seu testemunho do evangelho restaurado influenciaram profundamente o coração dos santos dos últimos dias no mundo inteiro. Seus sermões incluíram temas como família e fé, provações e testemunho, amor e longanimidade, serviço e obediência, integridade e arbítrio.

Ao ensinar sobre o uso sábio do arbítrio, o élder Hales contou uma história sobre um amigo que serviu com ele na força aérea.

“Quando estava sendo treinado para ser piloto de caça, (…) pratiquei decidir quando pular do avião se a luz do alarme de incêndio acendesse e o avião começasse a girar sem controle”, lembrou ele. “Lembro-me de um querido amigo que não fez esses preparativos. Ele encontrava um jeito de evitar o treinamento para essa situação e ia jogar golfe ou nadar. Ele nunca aprendeu os procedimentos de emergência! Alguns meses mais tarde, seu avião pegou fogo e rodopiou em chamas em direção ao chão. Quando seu colega mais novo, que havia sido treinado para agir nessa situação, viu o alerta de fogo, soube quando pular do avião e usar um paraquedas para chegar seguro ao chão. Mas meu amigo, que não estava preparado para tomar essa decisão, permaneceu no avião e morreu.”

Saber como agir e quando agir ao tomar uma decisão importante pode ter consequências eternas, acrescentou o élder Hales.27

“Quando era menino e morava em Nova York, fui um dos dois ou três membros da Igreja na escola de Ensino Médio que eu frequentava e que tinha milhares de alunos. Em um reencontro recente de ex-alunos após 50 anos de formatura, meus antigos colegas relembraram como eu vivia de acordo com meus valores e minhas crenças. Percebi então que uma transgressão da Palavra de Sabedoria ou dos valores morais teria significado não ser capaz de dizer: ‘Isso é o que acredito’ e ter a confiança dos meus amigos.

Podemos compartilhar o evangelho somente na mesma medida em que o vivermos.”28

Nos últimos anos do ministério do élder Hales, ele incentivou os santos a viver dignos do “extraordinário dom do Espírito Santo”.29 Também incentivou os santos a melhorar seu discipulado tornando-se melhores cristãos, tendo coragem cristã e permanecendo em lugares santos.

“Essa é a conclamação de Cristo a todo cristão de hoje: ‘Apascenta os meus cordeiros. (…) Apascenta as minhas ovelhas’ — compartilhe o evangelho tanto com jovens quanto com idosos, elevando, abençoando, consolando, encorajando e edificando-os, especialmente aqueles que pensam e acreditam de modo diferente do nosso”, ensinou.30

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Robert D. Hales visiting with Boy Scouts

Fotografia: Jeffrey D. Allred, Deseret News

Com respeito àquelas pessoas que “querem nos fazer descer [de um nível mais elevado] e nos juntar a elas em argumentação teológica”, o élder Hales aconselhou os santos dos últimos dias a responder utilizando o testemunho deles e a seguir o exemplo do Salvador.

“Mostramos Seu amor, que é o único poder capaz de subjugar o adversário e responder aos nossos acusadores sem devolver na mesma moeda. Isso não é fraqueza. Isso é coragem cristã.”31

Assim como o Salvador foi “desprezado, e o mais rejeitado entre os homens” (Isaías 53:3; Mosias 14:3), os santos dos últimos dias também podem ser vítimas de incompreensão, críticas e acusações falsas. “É nosso sagrado privilégio estar com Ele!”, disse o élder Hales.32

Esperar no Senhor

Quando o élder Hales falou sobre esperar no Senhor, ele sabia bem o que estava dizendo. Problemas cardíacos, cirurgias delicadas e o retorno de problemas de saúde que o impediram de falar na Conferência Geral de Maio de 2011 afligiram-no fisicamente, mas lhe deram experiências espirituais.

Depois de se recuperar de três cirurgias delicadas em 2000, ele disse aos santos dos últimos dias: “Nos últimos dois anos, exerci fé no Senhor para que Ele me ensinasse lições da mortalidade em períodos de dor física, angústia mental e meditação. Aprendi que as dores constantes e intensas são algo que nos consagra, purifica, torna humildes e aproxima do Espírito de Deus”.33

Não precisamos enfrentar os problemas sozinhos porque podemos recorrer ao “maior de nossos cuidadores”, ensinou o élder Hales.34 “E em alguns momentos, quando o Senhor assim desejou, fui consolado com visitas de hostes celestiais que me trouxeram consolo e tranquilidade eterna em minhas horas de necessidade.”35

Embora não saibamos quando ou como as respostas do Senhor serão dadas, o élder Hales testificou que as respostas virão no tempo do Senhor e a Seu modo. “Para algumas respostas, talvez tenhamos de esperar até a vida futura. (…) Não desistamos do Senhor. Suas bênçãos são eternas e não temporárias.”36

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Robert D. Hales and various Church leaders

“Tive o privilégio de trabalhar com os melhores irmãos que esta Terra poderia ter.” Palavras proferidas quando ele foi desobrigado do cargo de bispo presidente e que também se confirmaram como apóstolo.

Fotografia: gentilmente cedida pelos arquivos do jornal Deseret News

Fotografia: Stuart Johnson, Deseret News

Um discípulo fiel

Quando era o bispo presidente, o élder Hales prestou um testemunho semelhante ao de Alma, o Filho. Ele declarou: “Oh! Eu quisera ter a voz e a trombeta de um anjo para que eu pudesse dizer a toda a humanidade que [Jesus Cristo] ressuscitou e que Ele vive; que Ele é o Filho de Deus, o Unigênito do Pai, o Messias prometido, nosso Redentor e Salvador; que Ele veio a este mundo para ensinar o evangelho pelo exemplo. Sua missão divina é nos ajudar a vir a Ele e Ele vai nos guiar à vida eterna”.37

Em seu primeiro discurso de conferência geral como membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ele citou Mórmon, fazendo do testemunho desse antigo profeta seu próprio testemunho: “Eis que sou discípulo de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Fui por ele chamado para anunciar sua palavra ao povo, a fim de que tenham vida eterna” (3 Néfi 5:13).38

Por quatro décadas como autoridade geral, o élder Robert D. Hales declarou as palavras do Senhor com coragem e poder por meio de seus discursos e de sua vida exemplar. E ele recordou seu próprio conselho em sua vida pessoal, profissional e eclesiástica: “Por meio da obediência fiel e da perseverança até o fim, podemos um dia retornar com honra à presença de nosso Pai Celestial e de Seu Filho, Jesus Cristo”.39

Para os santos dos últimos dias que compartilham da mesma fé no Salvador, o élder Hales não está ausente. Ele voltou para casa — e o fez com honra.

Notas

  1. Robert D. Hales, “Que pensais vós do Cristo? Quem dizeis que eu sou?”, A Liahona, outubro de 1979, p. 125.

  2. Robert D. Hales, “O Sacerdócio Aarônico: Retornai com honra”, A Liahona, julho de 1990, pp. 42–43.

  3. “Fireside Commemorates Aaronic Priesthood Restoration” [Serão em comemoração à restauração do Sacerdócio Aarônico], Ensign, julho de 1985, p. 75.

  4. “Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze”, A Liahona, julho de 1994, p. 116.

  5. Ver Robert D. Hales, “Como seremos lembrados por nossos filhos?”, A Liahona, janeiro de 1994, p. 8.

  6. Robert D. Hales, “Gratidão pela bondade de Deus”, A Liahona, julho de 1992, p. 68.

  7. Robert D. Hales, “Fortalecer as famílias: Nosso dever sagrado”, A Liahona, julho de 1999, p. 38.

  8. Ver Robert D. Hales, “Gratidão pela bondade de Deus”, p. 68.

  9. Robert D. Hales, “Como seremos lembrados por nossos filhos?”, pp. 8–9.

  10. Robert D. Hales, “Permanecer firmes em lugares sagrados”, A Liahona, maio de 2013, p. 48.

  11. Robert D. Hales, “Como seremos lembrados por nossos filhos?”, p. 9.

  12. LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte honrosamente’”, A Liahona, abril de 1995, p. 29.

  13. Ver Robert D. Hales, “Celestial Marriage—A Little Heaven on Earth” [Casamento celestial — Um pedacinho do céu na Terra], Devocional da Universidade Brigham Young, 9 de novembro de 1976, speeches.byu.edu.

  14. Ver LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte honrosamente’”, p. 27.

  15. Robert D. Hales, “Tornar-se provedores prudentes temporal e espiritualmente”, A Liahona, maio de 2009, p. 9.

  16. Robert D. Hales, “Gratidão pela bondade de Deus”, p. 69.

  17. Robert D. Hales, “Gifts of the Spirit” [Os dons do Espírito], Ensign, fevereiro de 2002, p. 19.

  18. Ver LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte honrosamente’”, p. 31.

  19. Spencer W. Kimball, em LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte honrosamente’”, p. 31.

  20. Ver LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte honrosamente’”, p. 32.

  21. “Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze”, pp. 116–117.

  22. Entrevista com o presidente Henry B. Eyring, 11 de junho de 2015.

  23. Ver LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte honrosamente’”, p. 33.

  24. Robert D. Hales, “Escolhas acertadas”, A Liahona, janeiro de 1989, p. 12.

  25. Robert D. Hales, “Princípios de bem-estar para orientar nossa vida: Um plano eterno para o bem-estar das almas dos homens”, A Liahona, julho de 1986, p. 30.

  26. Robert D. Hales, “A mensagem ímpar de Jesus Cristo”, A Liahona, julho de 1994, pp. 88–89.

  27. Robert D. Hales, “Para o Sacerdócio Aarônico: Preparação para a década decisiva”, A Liahona, maio de 2007, p. 48.

  28. Robert D. Hales, “Dez axiomas para guiar sua vida”, A Liahona, fevereiro de 2007, pp. 38–39.

  29. Robert D. Hales, “O Espírito Santo”, A Liahona, maio de 2016, p. 105.

  30. Robert D. Hales, “Ser um cristão mais cristão”, A Liahona, novembro de 2012, p. 91.

  31. Robert D. Hales, “Coragem cristã: O preço de seguir a Jesus”, A Liahona, novembro de 2008, pp. 72, 74.

  32. Robert D. Hales, “Permanecer firmes em lugares sagrados”, A Liahona, maio de 2013, p. 50.

  33. Ver Robert D. Hales, “O convênio do batismo: Estar no reino e ser do reino”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 6.

  34. Robert D. Hales, “A cura da alma e do corpo”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 19.

  35. Robert D. Hales, “O convênio do batismo: Estar no reino e ser do reino”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 6.

  36. Robert D. Hales, “Esperar no Senhor: Seja feita a tua vontade”, A Liahona, novembro de 2011, p. 73.

  37. Robert D. Hales, “What Think Ye of Christ?” [O que pensais vós do Cristo?], New Era, abril de 1987, p. 7.

  38. Robert D. Hales, “A mensagem ímpar de Jesus Cristo”, p. 88; ver também Robert D. Hales, “Coragem cristã”, p. 75.

  39. Ver LaRene Gaunt, “Élder Robert D. Hales: ‘Volte Honrosamente’”, p. 33.