Atos 10–15

• Alguns alunos talvez não entendam bem o processo para receber revelação. Seria útil debater como Pedro recebeu revelação e como eles podem seguir em frente, “não duvidando” (Atos 10:20), quando a revelação parecer incompleta ou não for clara. Desenhe uma linha no quadro e escreva no final dela O evangelho deve ser pregado aos gentios. Examine com a classe Atos 10 e Atos 11:1–18 e, em seguida, coloque pontos sobre a linha para mostrar como o Senhor revelou a Pedro, passo a passo, que chegara o momento de pregar o evangelho aos gentios. Por exemplo, você poderia começar colocando um ponto na linha intitulado “Cornélio teve uma visão” (ver Atos 10:1–6) ou até começar com o mandamento do Senhor a Seus discípulos de “[ensinar] todas as nações” em Mateus 28:19. O que podemos aprender sobre revelação com a experiência de Pedro? O que mais podemos aprender sobre revelação com os ensinamentos de Néfi, em 2 Néfi 28:30, e com os ensinamentos do élder David A. Bednar e do élder Dallin H. Oaks em “Recursos adicionais”?

• Como você pode ajudar os alunos a compreender mais a fundo o processo de se receber revelação? Você pode estudar exemplos das escrituras, nos quais o Senhor ensinou as pessoas linha sobre linha. Além da experiência de Pedro em Atos 10, os membros da classe poderiam examinar as experiências de Néfi (1 Néfi 18:1–3), Alma (Alma 7:8; 16:20) e Mórmon (3 Néfi 28:17, 36–40). Que outros exemplos eles podem dar, nos quais as pessoas receberam orientação espiritual “um pouco aqui e um pouco ali”? (2 Néfi 28:30.) Por que o Senhor às vezes revela coisas desse modo, em vez de nos dar a resposta toda de uma vez? (Ver D&C 50:40; 98:12.) Talvez esta analogia ajude: Vamos supor que alguém sugira que você tenha aulas de cálculo antes de ter aprendido álgebra ou geometria. Como você responderia? Como isso se relaciona com o padrão que o Senhor utiliza para revelar a verdade?

• Às vezes, os membros têm perguntas sobre as normas ou mudanças nos programas da Igreja. Talvez seja bom debater sobre como a revelação para começar a pregar o evangelho aos gentios (ver Atos 10) substituiu as instruções anteriores do Senhor a seus discípulos (ver Mateus 10:1, 5–6). O que os alunos diriam a uma pessoa daquela época que não concordasse com a orientação de Pedro, alegando que ela entrava em contradição com o que praticavam antes? Como a revelação em Atos 10 pode nos ajudar a dar ouvidos à revelação contínua do Senhor, transmitida por Seu profeta?

• Pode ser interessante examinar o conselho que os apóstolos fizeram, descrito em Atos 15:1–22, e a carta que escreveram aos santos (ver versículos 23–29). Se desejar, mostre o vídeo “A Assembleia em Jerusalém” (LDS.org). Que pergunta os discípulos tinham? Como procuraram a resposta? A declaração do presidente Gordon B. Hinckley em “Recursos adicionais” pode dar mais esclarecimentos sobre como o Senhor lidera Sua Igreja por revelação a apóstolos e profetas.

• Seria bom fazer um debate sobre o que significa não fazer acepção de pessoas? Se for o caso, você pode começar pedindo aos alunos que leiam as escrituras que ensinam que Deus não faz acepção de pessoas, como as que se encontram em Romanos 2:1–11, 1 Néfi 17:34–40, 2 Néfi 26:32–33, Alma 5:33, Morôni 8:12 e Doutrina e Convênios 1:34–35. Peça aos alunos que escrevam possíveis definições de “não fazer acepção de pessoas” com base no que leram e depois compartilhem o que escreveram. Talvez seja necessário ajudá-los a entender que “não fazer acepção de pessoas” não significa que Deus abençoa todo mundo igualmente a despeito de ações individuais. Ele quer que todos os Seus filhos aceitem o evangelho, mas a plenitude das bênçãos do evangelho está reservada para aqueles que fazem e cumprem convênios com Ele. De que maneira os acontecimentos e princípios em Atos 10:34–48 mostram que Deus não faz acepção de pessoas? Como os justos são “aceitos” e “favorecidos” por Deus se Ele não faz acepção de pessoas? (Ver Atos 10:34–35; 1 Néfi 17:35.)

• O relato sobre a libertação de Pedro da prisão, em Atos 12:1–17, pode ajudar os membros da classe a desenvolver seu testemunho sobre fé no poder da oração. Talvez um dos alunos possa vir preparado para contar os detalhes dessa história e prestar seu testemunho sobre a oração. Ou você poderia convidar um ou mais membros para contar experiências nas quais sentiram ou testemunharam o poder dos membros unidos em oração pelo mesmo propósito. Outra ideia seria cantar hinos sobre a oração (como “Com fervor fizeste a prece?”, Hinos, nº 83) e falar sobre o que ensinam a respeito do poder da oração.

O élder David A. Bednar fez as seguintes observações sobre o padrão do Senhor acerca da revelação: “Muitos de nós tipicamente partem do princípio de que receberão uma resposta ou inspiração se orarem e rogarem com fervor. Além disso, muitas vezes esperamos receber a resposta ou inspiração imediatamente e de uma só vez. Sendo assim, geralmente acreditamos que o Senhor nos dará uma resposta extraordinária, logo de uma vez. Entretanto, o padrão descrito diversas vezes nas escrituras indica que receberemos ‘linha sobre linha, preceito sobre preceito’; em outras palavras, receberemos muitas pequenas respostas ao longo de certo período. Para recebermos a inspiração e ajuda do Espírito Santo, é importante que reconheçamos e entendamos esse padrão” (“Line upon Line, Precept upon Precept” [Linha sobre linha, preceito sobre preceito], New Era, setembro de 2010, p. 3; grifo do autor).

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moça estudando as escrituras

O élder Dallin H. Oaks aconselhou: “Devemos estudar as coisas em nossa mente, usando o poder de raciocínio que o Senhor colocou em nós. Depois disso, devemos orar por orientação e agir de acordo com o que recebermos. Se não recebermos orientação, devemos agir de acordo com o que julgarmos ser melhor” (“Our Strengths Can Become Our Downfall” [Nossas forças podem se tornar nossa ruína], Ensign, outubro de 1994, p. 13).

O presidente Gordon B. Hinckley deu sua opinião a respeito de servir em conselhos de presidência na Igreja:

“No início da análise das questões, pode haver diferenças de opinião. E isso é de se esperar. Cada um desses homens tem uma formação diferente. São homens que pensam por si mesmos. (…)

 E é justamente nesse processo no qual os homens externam sua opinião que as ideias e os conceitos são examinados e peneirados. Mas nunca presenciei discórdia grave ou inimizade pessoal entre as autoridades gerais. Na verdade, sempre observei algo belo e notável — a união, sob a influência orientadora do Espírito Santo e sob o poder de revelação, de pontos de vista divergentes, até surgir harmonia total e pleno acordo. Só então algo é feito concretamente. Isso, testifico, representa o espírito de revelação que se manifesta repetidamente na condução desta que é a obra do Senhor” (“Deus está ao leme”, A Liahona, julho de 1994, p. 65).