Servir: Seja a Resposta da Oração de Alguém

Uma das metas do plano da Área África Sudeste é “Amar, servir e ministrar uns aos outros”. O amor e o serviço estão intimamente ligados porque o serviço é uma das expressões externas de amor, que por sua vez é um sentimento interior. Quando amamos, prestamos serviço; e quando prestamos serviço, nosso amor pelas pessoas desperta e cresce. A Bíblia ensina que o primeiro de todos os mandamentos é amar a Deus, e o segundo é amar o teu próximo.¹

O Presidente Russell M. Nelson disse: “Viver esse segundo grande mandamento é a chave para tornar-se um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo”.² Ele prosseguiu dizendo: “Santos dos Últimos Dias, assim como outros seguidores de Jesus Cristo, estão sempre buscando maneiras de ajudar, elevar e amar as pessoas”.³

Como membros da Igreja, recebemos oportunidades de servir ao próximo, seja por meio de um chamado para servir na Igreja ou de outra forma. Isso nos dá a oportunidade de servir ao próximo, que às vezes são pessoas desconhecidas para nós e por quem não temos sentimentos de amor a princípio. Fui abençoado com oportunidades simples de servir que encontrei ao meu redor. Deram-me a oportunidade de expressar meu amor ao próximo.

Minha esposa, Mamie, sempre me mostrou o exemplo de um serviço altruísta. Ela é uma mulher comum cujas habilidades para amar e servir ao próximo são extraordinárias. Aprecio muito sua rápida resposta quando o serviço é necessário. Fico impressionado com seu espírito de vigor e cuidado quando trata-se de prestar serviço. Recentemente, ela fez uma mulher não membro, que foi atingida por um cancro terminal, sentir-se feliz. Sua visita não anunciada a essa mulher a quem ela trouxe comida e um pouco de dinheiro para o medicamento transformou sua dor em alegria. Minha esposa sabe que essa mulher doente provavelmente não se recuperará, mas o ato de servir a ela lhe mostrou que ela ainda importa para alguém.

Há alguns anos, minha esposa e outras irmãs da nossa ala tomaram a iniciativa de prover ajuda e alívio para algumas famílias, tanto em nossa ala quanto no exterior. Esse ato de amor expresso por meio de um serviço altruísta não só fez com que os beneficiários se sentissem bem, mas também foi uma fonte de satisfação para eles. Há mais felicidade em dar do que em receber.

Também me lembro de um esforço conjunto da minha família com outra família amigável. Providenciamos cuidado, consolo e alimento, por um período relativamente longo, a um único irmão que não tinha família e de quem estava sendo dito que estava aflito com uma doença contagiosa. Encontramos motivos para prestar um serviço a ele em vez de encontrar desculpas para não nos aproximarmos dele. Esse ato de amor e serviço mudou a vida desse membro fiel da igreja que, agora, criou uma família.

Cristo, nosso exemplo perfeito de amor e serviço, restaurou a esperança para alguns e o propósito da vida para outras pessoas. O Salvador estava atento às necessidades das pessoas e encontrava a oportunidade de prestar serviço o tempo todo. Atualmente, o mundo tem cada vez mais necessidade de mãos que ajudam. Além das oportunidades que a Igreja nos proporciona, podemos também, individualmente e em família, buscar e encontrar oportunidades de servir em espírito de oração. Em alguns lugares e circunstâncias, as oportunidades de servir têm sérios riscos e podemos nos afastar deles. Mas não devemos generalizar e negligenciar oportunidades preciosas de prestar serviço e, assim, aliviar os famintos, os enfermos ou os que têm necessidades especiais. Quando estivermos dispostos e expressarmos nosso desejo de prestar serviço, o Senhor, por meio de seu espírito, vai conduzir-nos às pessoas e oportunidades certas. Todas as manhãs, poderíamos acordar e perguntar a nós mesmos: “como posso ser a resposta da oração de alguém por meio do serviço que prestarei?” Prestamos um serviço ao darmos nossa energia, nossos bens, mas também nosso tempo e nossa atenção.

O Presidente Nelson disse: “Os que estão dispostos a ser chamados povo do Senhor estão dispostos a carregar os fardos uns dos outros, […] chorar com os que choram; […] e para consolar os que necessitam de consolo”⁴.

Recentemente, durante uma viagem, realizei um pequeno ato de bondade e, que alegria foi ouvir aquela senhora a quem eu não conhecia e a quem acabei de ajudar a carregar sua bolsa para embarcar no avião dizer: “Obrigada, senhor.” É bom saber que ainda há pessoas que se preocupam e estão dispostas a ajudar e prestar um serviço. Eu gosto de prestar serviço a estranhos. Essa senhora, que pode sempre lembrar-se dessa história e até mesmo contá-la a outras pessoas que não me conhecem e que provavelmente nunca me conhecerão, continuará a sentir a felicidade por ter recebido um serviço altruísta. Muitas vezes, a grande diferença é feita quando estamos a prestar serviços simples que podem, às vezes, parecer triviais aos olhos do mundo. Serviços simples e discretos que vêm do fundo do coração e que são prestados longe do olhar público e de redes sociais.

O Presidente Russell M. Nelson disse: “Ajudar os outros, fazer um esforço consciente para se preocupar com os outros, tanto quanto, ou mais do que, nos importamos com nós mesmos, é nossa alegria.” Especialmente, eu posso acrescentar, quando não é conveniente e quando nos tira de nossa zona de conforto.”⁵

Testifico que o serviço é o cerne do segundo mandamento. Há alegria ao servir, há felicidade em amar. Que saiamos de nossa zona de conforto e expressemos nosso amor prestando serviço a outras pessoas.