As bênçãos da autossuficiência
Flores e segurança financeira
A autora mora no Arkansas, EUA.
O Senhor aumentou minha capacidade, expandiu minhas habilidades e fez muito mais por mim do que eu poderia fazer sozinha.
Ilustração: David Green
O fato de não ter me formado na faculdade sempre me incomodou. Sabia que, se algo acontecesse a meu marido, eu não estaria preparada profissionalmente para suprir as necessidades de nossa família.
Então o impensável aconteceu. Recebi um telefonema desesperador que mudou nossa vida.
“Ligue para a emergência!”, meu marido gritou angustiado. “Estou preso debaixo do trator!”
Pedi ajuda e segui rapidamente para o terreno que meu marido estava limpando, passando por uma longa fila de veículos de emergência na estrada de cascalho que levava à nossa propriedade em Pea Ridge, Arkansas, EUA. Barry estava vivo, mas, de fato, estava preso debaixo do motor de um trator que tinha virado.
Com ferramentas hidráulicas de resgate, os socorristas ergueram o trator e soltaram Barry. As pernas dele, ensopadas de óleo diesel, pareciam quebradas em vários lugares. Ele foi levado ao centro de traumatologia, onde recebeu uma bênção do sacerdócio antes de tirarem raios X das pernas.
Ficamos surpresos ao saber que nenhum osso se quebrara, mas a parte de trás de uma das pernas fora severamente queimada pelo combustível. O esmagamento também levou à intoxicação de seus rins. Sua vida estava em risco.
Depois de cinco dias tensos no hospital, seus níveis de toxina finalmente começaram a cair. Seguiram-se meses de trocas de curativos, enxertos de pele, cirurgias e oxigenoterapia hiperbárica. Assim que se sentiu bem o suficiente, Barry começou a trabalhar com vendas, em casa.
“Ninguém vai me dar emprego”
Essa experiência nos serviu de alerta. Nos meses seguintes, pensando no que poderia fazer se perdesse Barry, fiz trabalho voluntário, frequentei treinamentos e me candidatei a vários empregos de tempo parcial. Mas eu não atendia às exigências do mercado de trabalho e ninguém me contratava.
Moramos numa fazenda, com pasto para animais, então comecei a buscar nossa subsistência nesse ramo. Certo dia, uma ideia me veio à mente: flores. Depois de pesquisar sobre o cultivo de flores, decidi fazer uma tentativa. Fui a uma conferência para cultivadores de flores e preparei a transição do pasto para o cultivo de flores em fileiras. Então, em novembro de 2016, inscrevi-me na classe de pequenos negócios dos Serviços de autossuficiência.
Nossa própria floricultura
O curso de 12 semanas era exatamente do que eu precisava. Eu tinha um plano básico de negócios e muitas ideias boas, mas me faltava organização. No curso, recebi sugestões que nunca me tinham ocorrido. Coloquei cada uma em prática. Naquele primeiro ano que passei plantando e vendendo flores, as sugestões e os princípios que aprendi no curso foram muito úteis:
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Consegui um empréstimo empresarial a juros baixos.
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Expandi minha área de atuação para incluir mercados de agricultores e floriculturas.
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Marquei vários eventos na fazenda para expandir meus serviços.
No final de 2017, depois do primeiro ano de negócios, vi que vender flores para floriculturas tomava tempo demais. “E se eu abrisse minha própria floricultura?”, pensei. A floricultura local havia fechado e o prédio estava malconservado. Meu marido e eu o compramos e reformamos, e abrimos uma floricultura que também vende objetos de arte e artesanato local. Além disso, abri um negócio de locação de plantas e design de interiores com plantas.
Vendo minhas flores em nossa loja, em cafeterias, butiques e em um quiosque no aeroporto local. Todo dia colho aquilo de que preciso.
O Senhor Se importa
Tenho o testemunho de que o Senhor Se importa muito com meu negócio. Ele me ajudou a criar segurança financeira para mim e para várias mulheres que trabalham comigo em tempo parcial e queriam horas flexíveis de trabalho e para estudantes que trabalham para se formar. Uma de nossas filhas administra a fazenda de flores e dois de nossos filhos fazem a maior parte do trabalho da fazenda, inclusive a construção de nossa estufa. Barry ajuda à noite e nos finais de semana, com o carregamento da carga.
Todos nos apoiamos e trabalhamos juntos. Tem sido uma bênção para todos os envolvidos. Fico muito ocupada, mas ainda tenho tempo para a família, os chamados da Igreja, os deveres de ministração e o trabalho voluntário.
Trabalhar desde o momento em que planto a semente ou o bulbo até quando mostro a flor para o cliente me dá um tremendo senso de realização. Não tenho dúvidas de que o Senhor aumentou minhas habilidades e fez de mim muito mais do que eu conseguiria me tornar sozinha.