Como Apenas um Dia Leva a uma Vida de Alegria

Era junho de 1987 e eu estava visitando um amigo por uma semana em uma cidade a 600 km de onde eu morava. Quando o domingo chegou, eu disse a ele que talvez eu não fosse para a ala dele, mas para outra. O facto é que eu estava planeando (secretamente) assistir a um jogo de futebol muito importante na TV (uma prática de domingo que eu já abandonei há muito tempo) que aconteceria no mesmo horário do bloco de domingo da ala dele. Prometi a ele que iria à Igreja em outra unidade em outro momento, mas não adiantou. Ele exerceu seu arbítrio e persistiu em convencer-me a fazer a coisa certa. Acabei indo à Igreja com ele e sua família.

Agora, naquele exato momento, do outro lado daquela mesma cidade, uma jovem garota — também membro da ala de meu amigo — foi confrontada da mesma forma com uma importante decisão a tomar. Ela estava pronta para ir para a Igreja com seus pais quando sua querida tia e família chegaram inesperadamente a sua casa para visitar e ficar por vários dias. Por um momento, ela sentiu que precisava ficar em casa e dar a devida atenção àqueles familiares, enquanto o resto da família ia à Igreja. No entanto, um pensamento lhe veio à mente: “Seus familiares estão cientes da sua religião, eles ficarão bem em sua casa por algumas horas até você voltar. Seja um bom exemplo e honre o Dia do Senhor e tudo ficará bem”. Isso é o que ela fez.

Quando cheguei à ala do meu amigo alguns minutos antes do Reunião Sacramental — e comecei a conversar com alguns jovens da minha faixa etária — vi de longe esta linda moça de olhos verdes que passava e perguntei: “Quem é ela?!?! Eles disseram-me para esquecê-la, já que todos os missionários retornados naquela Estaca estavam atrás dela e eu não teria chance alguma.

No entanto, de repente, esta moça bonita aproxima-se e corajosamente pergunta-me, na frente de todos:

Moça: “Posso te perguntar uma coisa, você é casado?”

Eu: “Não!” (Porque eu quero casar com você, eu pensei).

Moça: “Há um novo shopping na cidade, você gostaria de visitá-lo comigo amanhã?”

Eu: “É claro!”

Moça: “E, a propósito, a Reunião Sacramental começará num estante, vamos sentar juntos?”

Eu: “É claro!”

Eu: (virando-me para os compatriotas boquiabertos ao meu redor): “Se vocês me dão licença.”

Entrei para a capela com ela.

Era a mesma moça que se encontrava confrontada com a decisão de ficar em casa com suas visitantes inesperados ou de ir à igreja naquele domingo.

Nós nos casamos no Templo, 10 meses depois. Se nós dois naquele dia não tivéssemos seguido a inspiração de ir à Igreja — independentemente de nossas situações particulares naquele dia — possivelmente nunca nos teríamos conhecido.

Embora aceitamos de todo o coração e seguimos as instruções do Profeta para estabelecer uma vida evangélica centrada no lar e apoiada pela Igreja, não devemos negligenciar a importância de realmente ir à Igreja todos os domingos, participar da ordenança do Sacramento e edificar uns aos outros em nossas classes e interações sociais.

Ter mais tempo para estudar o Evangelho e estar com nossa família em casa no Dia do Senhor é uma verdadeira bênção, mas o apoio dado pela Igreja durante nossas reuniões dominicais é certamente crítico e necessário para nossa Salvação e Exaltação. A ênfase de viver o Evangelho mais em casa não diminui a importância de estar na Igreja aos domingos.

Testifico da importância de santificar o Dia do Senhor pelas palavras de Isaías 58:13–14: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras,

Então te deleitarás no Senhor.”