Instituto
Capítulo 35: Doutrina e Convênios 89–92


“Capítulo 35: Doutrina e Convênios 89–92”, Doutrina e Convênios – Manual do Aluno, 2017

“Capítulo 35”, Doutrina e Convênios – Manual do Aluno

Capítulo 35

Doutrina e Convênios 89–92

Introdução e cronologia

Logo que a Escola dos Profetas teve início, em 1833, o profeta Joseph Smith inquiriu o Senhor sobre o uso de tabaco por parte dos portadores do sacerdócio, durante as reuniões. Em 27 de fevereiro de 1833, em resposta à pergunta de Joseph, o Senhor deu a revelação registrada em Doutrina e Convênios 89. Nessa revelação, que ficou conhecida como a Palavra de Sabedoria, o Senhor advertiu contra o uso de substâncias nocivas, incentivou o consumo de alimentos integrais e prometeu bênçãos para os que obedecessem.

Em 8 de março de 1833, o Senhor deu a revelação registrada em Doutrina e Convênios 90. Essa revelação contém instruções à presidência do sumo sacerdócio e foi “um passo adicional no estabelecimento da Primeira Presidência” (D&C 90, cabeçalho da seção).

Enquanto trabalhava na tradução inspirada do Velho Testamento, o profeta perguntou ao Senhor se deveria incluir os Apócrifos como parte de sua tradução da Bíblia. Em 9 de março de 1833, o Senhor respondeu à pergunta de Joseph Smith por meio da revelação registrada em Doutrina e Convênios 91 e lhe disse que não era necessário traduzi-los.

Em 15 de março de 1833, o profeta recebeu a revelação contida em Doutrina e Convênios 92, que instrui Frederick G. Williams, a ser membro ativo da Ordem Unida, que havia sido estabelecida para supervisionar os assuntos de bem-estar e os relacionados aos negócios da Igreja.

2 de fevereiro de 1833Joseph Smith termina de revisar sua tradução do Novo Testamento.

27 de fevereiro de 1833Doutrina e Convênios 89 é recebida.

8 de março de 1833Doutrina e Convênios 90 é recebida.

9 de março de 1833Doutrina e Convênios 91 é recebida.

15 de março de 1833Doutrina e Convênios 92 é recebida.

18 de março de 1833Sidney Rigdon e Frederick G. Williams foram ordenados como presidentes (conselheiros) na presidência do sumo sacerdócio.

Doutrina e Convênios 89: Informações históricas adicionais

Em meados de 1830, o uso de tabaco e álcool era comum nos Estados Unidos, mesmo entre os membros da Igreja. No final de 1700 e até o início de 1800, diferentes grupos religiosos começaram um movimento de abstinência que clamava por reforma e pela abstinência do uso de álcool. Uma sociedade de abstinência foi organizada em Kirtland, Ohio, em outubro de 1830, antes de os missionários chegarem a Nova York para pregar o evangelho (ver Jed Woodworth, “A Palavra de Sabedoria”, em Revelações em Contexto, ed. Matthew McBride e James Goldberg, 2016, pp. 184–186, ou history.LDS.org; ver também The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834, ed. Gerrit J. Dirkmaat e outros, 2014, p. 12).

A Escola dos Profetas, organizada em 23 de janeiro de 1833, começou a se reunir regularmente no segunda andar da loja de Newel K. Whitney em Kirtland, Ohio. Essa sala fazia parte do local onde Joseph e Emma Smith moravam. O uso de tabaco durante essas reuniões levou às circunstâncias que inspiraram o profeta Joseph Smith a buscar uma revelação.

Em um sermão proferido em 1868, o presidente Brigham Young descreveu a situação na Escola dos Profetas: “Os irmãos percorriam centenas de quilômetros para frequentar a escola em uma pequena sala, provavelmente um pouco maior que três por quatro metros. Quando eles se reuniam nessa sala após o desjejum, a primeira coisa que faziam era acender o cachimbo e, enquanto fumavam, conversavam sobre as coisas grandiosas do reino, e cuspiam por toda a sala; e assim que tiravam o cachimbo da boca, começavam a mastigar um grande naco de tabaco. Frequentemente, quando o profeta entrava na sala para dar instruções, ele se via envolvido por uma nuvem de fumaça de tabaco. Isso e as reclamações da esposa por ter que limpar o chão tão sujo, fez o profeta pensar no assunto. Ele perguntou ao Senhor a respeito da conduta dos élderes no uso do tabaco, e a revelação conhecida como a Palavra de Sabedoria foi o resultado de sua pergunta” (“Remarks” [Comentários], Deseret News, 26 de fevereiro de 1868, p. 18).

Zebedee Coltrin, um dos participantes na Escola dos Profetas, relatou que após o profeta ler essa revelação aos irmãos, eles “imediatamente atiraram o tabaco e os cachimbos ao fogo” (em The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834, p. 15, nota 73).

Imagem
Mapa 7: Kirtland, Ohio, 1830–1838

Doutrina e Convênios 89

O Senhor revela a Palavra de Sabedoria

Doutrina e Convênios 89:1–2. “Não como mandamento ou coerção”

Muitas revelações recebidas pelo profeta Joseph Smith chegaram aos santos como mandamentos do Senhor. A revelação registrada em Doutrina e Convênios 89, entretanto, foi identificada “não como mandamento ou coerção, mas como revelação e palavra de sabedoria” (D&C 89:2). Essa revelação passou a ser conhecida entre os membros da Igreja como a Palavra de Sabedoria. Embora não fosse exigido que os membros da Igreja vivessem a Palavra de Sabedoria imediatamente após a revelação ser recebida, os líderes da Igreja gradualmente convidaram os santos a vivê-la mais plenamente durante todo o início da história da Igreja. Na conferência geral no outono de 1851, o presidente Brigham Young propôs que todos os santos formalmente assumissem o compromisso de se absterem de chá preto, café, tabaco e uísque. Em 13 de outubro de 1882, o Senhor revelou ao presidente John Taylor que a Palavra de Sabedoria devia ser considerada um mandamento. Em 1919, a Primeira Presidência, sob a direção do presidente Heber J. Grant, fez da obediência à Palavra de Sabedoria um requisito para o recebimento de uma recomendação para o templo. A Palavra de Sabedoria continua a ser um mandamento importante hoje, e a obediência a ela é uma exigência para o batismo, a frequência ao templo, o serviço missionário e outros serviços louváveis na Igreja.

Imagem
sala na loja de Newel K. Whitney em Kirtland, Ohio, onde funcionava a Escola dos Profetas

Aqueles que participavam na Escola dos Profetas atiraram o tabaco e os charutos ao fogo quando aprenderam a revelação que passou a ser conhecido como a Palavra de Sabedoria.

O modo gradual como o Senhor exigiu dos santos que obedecessem a essa revelação é um exemplo do amor e da misericórdia de Deus para com Seus filhos. O presidente Joseph F. Smith (1838–1918) explicou: “Naquela época, (…) se [a Palavra de Sabedoria] tivesse sido dada como mandamento, faria com que toda pessoa viciada no uso daquelas substâncias nocivas, estivesse sob condenação; portanto, o Senhor foi misericordioso e lhes concedeu a oportunidade de abandonar o vício antes de sujeitá-los àquela lei” (em Conference Report, outubro de 1913, p. 14).

Doutrina e Convênios 89:2. Para a “salvação física de todos os santos nos últimos dias”

Na época em que a revelação registrada em Doutrina e Convênios 89 foi recebida, a medicina ainda não havia identificado os benefícios da abstenção do uso de álcool e tabaco na saúde física. O Senhor declarou nesta revelação que os ensinamentos da Palavra de Sabedoria demonstravam “a ordem e a vontade de Deus quanto à salvação física de todos os santos nos últimos dias” (D&C 89:2). Essa salvação física pode estar relacionada a uma promessa de aumento da saúde e força física. O Senhor revelou que o corpo físico é uma dádiva de Deus e uma parte importante do futuro eterno de uma pessoa (ver Alma 11:43; 40:23; D&C 88:15).

Anteriormente o Senhor havia ensinado aos santos que “Todas as coisas são espirituais para mim e em tempo algum vos dei uma lei que fosse terrena; (…) porque meus mandamentos são espirituais” (D&C 29:34–35). Portanto, os benefícios físicos de viver a Palavra de Sabedoria são, essencialmente, bênçãos espirituais. O presidente Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou algumas maneiras de como o corpo físico pode influenciar o espírito:

“Por mais extraordinário que seja, o propósito primordial de seu corpo é ainda mais importante: Servir de morada para seu espírito. (…)

Seu espírito recebeu um corpo ao nascer, tornando-se assim uma alma para viver na mortalidade passando por períodos de provação. Parte dessa provação é determinar se seu corpo se deixará dominar pelo espírito que nele habita. (…)

Se você se entregar a qualquer coisa que leve ao vício, contrariando assim a Palavra de Sabedoria, seu espírito se sujeitará ao corpo. A carne então escravizará o espírito. Isso é contrário ao propósito de nossa existência mortal. E no processo de dependência, sua vida provavelmente será abreviada, reduzindo assim, o tempo para o arrependimento, por meio do qual o espírito pode adquirir domínio sobre o corpo” (“Autodomínio”, A Liahona, janeiro de 1986, pp. 27–28).

Doutrina e Convênios 89:3. “Um princípio com promessa”

Desde a época em que a Palavra de Sabedoria foi recebida, os líderes da Igreja interpretaram a revelação como sendo uma proibição ao uso de álcool, tabaco, café e chá preto. O uso de drogas ilícitas e o abuso de drogas prescritas também é proibido. Além disso, os santos puderam decidir quais outras substâncias não estavam em harmonia com a Palavra de Sabedoria. Felizmente, o Senhor explicou que a instrução foi “dada como princípio com promessa” (D&C 89:3), o que significa que há verdade suficiente na revelação para guiar as decisões das pessoas. O presidente Boyd K. Packer (1924–2015), do Quórum dos Doze Apóstolos, descreveu como a Palavra de Sabedoria personifica princípios específicos que podem ser usados para guiar nossas decisões:

“A Palavra de Sabedoria foi ‘dada como princípio com promessa’ (D&C 89:3). A palavra princípio, na revelação, é muito importante. Um princípio é uma verdade permanente, uma lei, uma regra que se pode adotar ao tomar decisões. Geralmente, os princípios não são explicados detalhadamente. Isso nos deixa livres para descobrir por nós mesmos o que é adequado ou não fazermos, tomando o princípio como base.

Os membros nos escrevem perguntando se isso ou aquilo é contrário à Palavra de Sabedoria. Já se sabe que o chá, o café, as bebidas alcoólicas e o fumo são contrários a ela. Ela não foi detalhada em pormenores. Em vez disso, ensinamos o princípio juntamente com as bênçãos prometidas. Há inúmeras substâncias geradoras de dependência que as pessoas bebem, mascam, inalam ou injetam em si mesmas que prejudicam tanto o corpo como o espírito e que não são mencionadas na revelação.

As coisas nocivas não estão especificadas numa lista; mas o arsênico, por exemplo, é certamente um deles, mas não é gerador de dependência! Aquele que precisa ser compelido em todas as coisas, disse o Senhor, ‘é servo indolente e não sábio’ (D&C 58:26).

Em algumas culturas, alega-se que as bebidas nativas não são nocivas porque não são mencionadas especificamente na revelação. Mas elas fazem com que os membros, especialmente os homens, se afastem da família para participar de festas que certamente contrariam o princípio. As promessas feitas na revelação serão negadas aos que são negligentes ou imprudentes.

A obediência ao conselho nos manterá no lado mais seguro da vida” (“A Palavra de Sabedoria: O princípio e as promessas, A Liahona, julho de 1996, p. 18).

Doutrina e Convênios 89:4. “Devido a maldades e desígnios”

O Senhor advertiu os santos de que “maldades e desígnios (…) [existem] no coração de homens conspiradores” (D&C 89:4). O presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) explicou:

“Há outra parte dessa revelação (D&C 89) que constitui uma advertência pertinente para a geração atual. ‘Devido a maldades e desígnios que existem e virão a existir no coração de homens conspiradores nos últimos dias, eu vos adverti e previno-vos, dando-vos esta palavra de sabedoria por revelação’ (D&C 89:4).

“O Senhor previu a situação de hoje em que a ânsia pelo dinheiro levaria os homens a conspirarem para induzir outros a ingerir substâncias nocivas. A publicidade promovendo cerveja, vinho, bebidas, café, fumo e outras coisas nocivas é um bom exemplo do que o Senhor previu. O mais pernicioso exemplo de conspiração maligna de nossos tempos, contudo, é o que procura induzir nossos jovens ao uso de drogas.

Meus queridos jovens irmãos e irmãs, com todo amor advertimos vocês que Satanás e seus emissários procurarão levá-los a usar substâncias nocivas porque sabem que assim fazendo inibirão os poderes espirituais e vocês estarão sob o poder maléfico deles. Fiquem longe dos lugares e das pessoas que podem influenciá-los a desobedecer aos mandamentos de Deus. Cumpram os mandamentos de Deus a fim de terem sabedoria para reconhecer e discernir o que é mal” (“Um princípio com promessa”, A Liahona, julho de 1983, p. 91).

Doutrina e Convênios 89:5–7. “Vinho ou bebida forte”

Embora o consumo de bebidas alcoólicas fosse uma prática comum no início de 1800 nos Estados Unidos, alguns grupos religiosos e organizações comunitárias questionavam seu uso (ver Woodworth, “A Palavra de Sabedoria”, em Revelações em Contexto, pp. 184–186, ou history.LDS.org). Logo após a Igreja ser organizada, o Senhor instruiu o profeta Joseph Smith a usar somente vinho caseiro no sacramento, e o advertiu contra comprá-lo de seus inimigos (ver D&C 27:3–4). A revelação de 1833, sobre a Palavra de Sabedoria, indicava que o uso de “vinho ou bebida forte” “não é bom” (D&C 89:5). Entretanto, o vinho caseiro continuava aceitável para o uso como parte do sacramento.

Quando a Palavra de Sabedoria passou a ser difundida entre os santos, alguns membros da Igreja imediatamente pararam de ingerir álcool, outros porém, viam o uso ocasional ou moderado como aceitável. Outros ainda, achavam apropriado beber álcool para fins medicinais (ver The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834, pp. 15–17). Na época em que essa revelação foi dada, remédios eram raros e o álcool era um importante agente esterilizador e desinfetante para ferimentos. Com o tempo, os líderes e os membros da Igreja entenderam que a Palavra de Sabedoria proibia o consumo de álcool de qualquer maneira (ver Woodworth, “A Palavra de Sabedoria”, em Revelações em Contexto, p. 186, ou history.LDS.org).

Doutrina e Convênios 89:9. Ao que se refere a frase “bebidas quentes”?

O profeta Joseph Smith e Hyrum Smith identificaram o café e o chá preto como as “bebidas quentes” mencionadas na Palavra de Sabedoria, e o presidente Brigham Young mais tarde confirmou essa explicação (ver The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834,p. 14).

Doutrina e Convênios 89:18–21. “E eu, o Senhor, faço-lhes uma promessa”

O Senhor prometeu bênçãos específicas àqueles que seguem os ensinamentos na Palavra de Sabedoria e que também andam “obedecendo aos mandamentos” (D&C 89:18). A promessa de encontrar “sabedoria e grandes tesouros de conhecimento, sim, tesouros ocultos” (D&C 89:19) se refere à habilidade de ampliar o acesso pessoal à revelação. O élder Joseph B. Wirthlin (1917–2008), do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Quando obedecemos à Palavra de Sabedoria, as janelas de revelação pessoal são abertas e nossa alma se enche de luz e verdade divina. Se mantivermos nosso corpo imaculado, o Espírito Santo ‘virá sobre [nós] e (…) habitará em [nosso] coração’ (D&C 8:2) e nos ensinará ‘as coisas pacíficas de glória imortal’ (Moisés 6:61)” (“Janelas de luz e verdade”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 84).

Imagem
casal jovem caminhando juntos

Bênçãos temporais e espirituais são prometidas àqueles que guardam a Palavra de Sabedoria com todos os mandamentos do Senhor (ver D&C 89:18–21).

O presidente Boyd K. Packer ensinou:

“Aprendi (…) que um propósito fundamental da Palavra de Sabedoria tem a ver com a revelação.  (…)

Se alguém ‘sob a influência’ [de substâncias nocivas] mal consegue ouvir ou falar com clareza, como poderia receber os sussurros espirituais que se comunicam muito sutilmente com nossos sentimentos?

Por mais preciosa que a Palavra de Sabedoria seja como lei de saúde, ela pode ser ainda mais preciosa para nós espiritualmente do que o é fisicamente” (“Orações e respostas”, A Liahona, março de 1980, p. 30).

O aumento da saúde física também pode ser uma bênção proveniente da obediência à Palavra de Sabedoria. Alguns membros da Igreja, entretanto, são obedientes à Palavra de Sabedoria e continuam sofrendo com problemas de saúde. É importante considerar como algumas promessas associadas à Palavra de Sabedoria serão cumpridas mais plenamente após a vida mortal, na ressurreição. Por exemplo, é prometido aos obedientes que “correrão e não se cansarão; e caminharão e não desfalecerão” (D&C 89:20). O profeta Isaías usou palavras semelhantes para descrever a força incansável de Deus e profetizou que “os que esperam no Senhor” se tornarão como Deus e receberão a mesma força sem limites (ver Isaías 40:28–31; ver também Romanos 8:11; Alma 11:42–45).

Doutrina e Convênios 90: Informações históricas adicionais

Em abril de 1830, o profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery foram apoiados como “o primeiro élder” e “o segundo élder” da Igreja (D&C 20:2–3). Na época o Senhor não havia implementado a estrutura organizacional da Igreja que conhecemos hoje. Em novembro de 1831, uma revelação instruiu os santos que “é preciso que se indique alguém do sumo sacerdócio para presidir o sacerdócio; e ele será chamado presidente do sumo sacerdócio da Igreja” (D&C 107:65; ver D&C 107, cabeçalho da seção, para saber a data desta revelação). Em uma conferência realizada em Amherst, Ohio, em janeiro de 1832, Joseph Smith foi ordenado como o presidente do sumo sacerdócio em cumprimento dessa instrução divina (ver The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 2, julho de 1831–janeiro de 1833, ed. Matthew C. Godfrey e outros, 2013, pp. 491–492). Mais tarde, em 8 de março de 1832, Joseph Smith chamou Jesse Gause e Sidney Rigdon para servirem como seus conselheiros na presidência do sumo sacerdócio. Entretanto, Jesse Gause não permaneceu fiel e o Senhor chamou Frederick G. Williams para substituir o irmão Gause na presidência, em 5 de janeiro de 1833 (ver as informações históricas adicionais sobre Doutrina e Convênios 81, neste manual). Em 8 de março de 1833, o Senhor esclareceu que Sidney Rigdon e Frederik G. Williams eram “iguais [aos presidentes da igreja] na posse das chaves deste último reino” (D&C 90:6). Mais tarde eles foram ordenados como conselheiros na presidência do sumo sacerdócio, em 18 de março de 1833. O profeta Joseph Smith descreveu os acontecimentos daquele dia:

“Impus as mãos sobre os irmãos Sidney e Frederick, e os ordenei a portarem as chaves, junto comigo, deste último reino, e a auxiliarem na presidência do sumo sacerdócio, como meus conselheiros; depois, eu os exortei a serem fiéis e diligentes em guardarem os mandamentos de Deus, e dei várias instruções para o benefício dos santos, com uma promessa, de que os puros de coração teriam uma visão celestial; e, após um período em oração particular, a promessa se cumpriu; pois muitos que estavam presentes tiveram os olhos do entendimento abertos pelo Espírito de Deus, de modo que contemplaram muitas coisas. (…)

Depois [de partilhar o sacramento] muitos irmãos tiveram uma visão celestial do Salvador, multidões de anjos e muitas outras coisas, sobre as quais, cada um fez um registro do que viu” (em Manuscript History of the Church, vol. A–1, página 281, josephsmithpapers.org; ortografia padronizada).

Por volta de 1835, a presidência do sumo sacerdócio passou a ser conhecida como a Primeira Presidência (ver The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834,p. 26).

Doutrina e Convênios 90

O Senhor instrui os membros da Primeira Presidência com respeito a seus deveres e autoridade

Doutrina e Convênios 90:1–4. O profeta Joseph Smith possui as chaves do reino

Na revelação recebida em abril de 1829, o profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery aprenderam que o Senhor deu a Seus antigos apóstolos Pedro, Tiago e João “as chaves deste ministério até que eu venha” (D&C 7:7), concedendo-lhes a autoridade do sacerdócio para serem os líderes terrenos de Sua Igreja naquela época. Centenas de anos depois, Pedro, Tiago e João, como mensageiros celestiais, concederam as mesmas chaves do sacerdócio a Joseph Smith e Oliver Cowdery (ver Joseph Smith—História 1:72; D&C 27:12–13; 128:20). Essas chaves são “o direito de presidir” (D&C 107:8), o poder de dirigir pelo qual o sacerdócio é governado (ver D&C 42:69; 65:2; 90:2–3).

Na revelação registrada em Doutrina e Convênios 90, o profeta Joseph Smith foi lembrado de que possuía as chaves do reino e continuaria a possuí-las na próxima vida (ver D&C 90:2–3). O Senhor também explicou que sob as chaves da Primeira Presidência, os “oráculos”, ou as revelações de Deus, seriam dadas (D&C 90:4).

Imagem
Representação de Joseph Smith ensinando

O profeta Joseph Smith possuía “as chaves do reino” (ver D&C 90:2–3).

O presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) explicou como as chaves do sacerdócio continuam a existir desde Joseph Smith até o profeta vivo atual nesta dispensação: “Essa mesma autoridade possuída por Joseph, esses mesmos poderes e essas mesmas chaves que eram a própria essência de seu direito divinamente concedido para presidir, foram concedidos por ele aos Doze Apóstolos, com Brigham Young à frente. Desde esse momento, todos os presidentes da Igreja que chegaram a esse ofício mais elevado e sagrado saíram do Conselho dos Doze. Cada um desses homens foi abençoado com o Espírito e o poder de revelação do alto. Há uma cadeia ininterrupta de Joseph Smith Jr., até [o profeta atual]. Disso presto solene testemunho diante de vocês hoje” (citado em Ensinamentos dos Profetas Vivos [manual do Sistema Educacional da Igreja, 2016,  p.14).

Doutrina e Convênios 90:4–5. O profeta recebe “oráculos” para toda a Igreja

O élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou um significado do termo oráculos: “Revelações dadas por Deus por meio de seus profetas são oráculos (Atos 7:38; Romanos 3:2; Hebreus 5:12). A Primeira Presidência é designada a ‘[receber] os oráculos para toda a igreja’ (D & &C 124:126)” (Mormon Doctrine [Doutrina Mórmon], 2ª ed.,1966, p. 547).

O termo oráculos também pode se referir às pessoas divinamente autorizadas que recebem revelação de Deus (ver 1 Pedro 4:11). O presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, mencionou as responsabilidades e qualificações dos oráculos vivos:

“No decorrer das eras, as mensagens de Deus a Seus filhos têm sido geralmente reveladas por meio de profetas. Amós nos diz: ‘Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas’ (Amós 3:7). Esses homens são oráculos proféticos que, durante séculos, têm estado em sintonia com a ‘estação transmissora celestial’, com a responsabilidade de transmitir a palavra do Senhor às outras pessoas. Os principais atributos de um profeta, em qualquer tempo, não são riqueza, título, posição, estatura física, cultura ou realizações intelectuais. As duas qualificações necessárias são: primeira, um profeta tem de ser chamado como tal por Deus e ordenado por alguém que se saiba ter autoridade legal e espiritual; e segunda, deve receber e transmitir revelações de Deus (ver D&C 42:11). Homem algum conhece os caminhos de Deus a menos que lhe sejam revelados (ver Jacó 4:8). (…)

Esta Igreja precisa de orientação constante do Seu líder supremo, o Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Isso foi claramente ensinado pelo presidente George Q. Cannon: ‘Temos a Bíblia, o Livro de Mórmon e Doutrina e Convênios, mas todos esses livros, sem os oráculos vivos e um constante fluxo de revelações do Senhor, não conduziriam povo algum ao reino celestial’ [Gospel Truth: Discourses and Writings of George Q. Cannon [Verdades do Evangelho: Discursos e Escritos do Presidente George Q. Cannon], comp. Jerreld L. Newquist, 1987, p. 252]” (“Revelação contínua”, A Liahona, agosto de 1996, pp. 4, 6).

Os membros da Igreja são advertidos sobre a condenação que advirá àqueles que não receberem os oráculos, ou seja, os servos do Senhor, bem como seus conselhos e revelações. Os santos que menosprezarem os oráculos “[tropeçarão] e [cairão]” (D&C 90:5; ver também D&C 124:45–46).

Doutrina e Convênios 90:6–9. “São considerados iguais a ti na posse das chaves”

Com a ordenação de Sidney Rigdon e Frederick G. Williams, em 18 de março de 1833, como conselheiros do profeta Joseph Smith na presidência do sumo sacerdócio, um quórum foi estabelecido e passou a ser conhecido como a Primeira Presidência (ver D&C 107:22; 124:125–126). Esses conselheiros possuíam as chaves do reino com o presidente. Entretanto, ser “considerados iguais” ao presidente significava que o que Sidney Rigdon e Frederick G. Williams faziam sob a direção do presidente da Igreja deveria ser considerado como se tivesse sido realizado pelo presidente (ver Joseph Fielding McConkie e Craig J. Ostler, Revelations of the Restoration [Revelações da restauração], 2000, p. 659). Os conselheiros não deveriam agir de modo independente da direção e do consentimento do presidente da Igreja. Quando o presidente da Igreja morre, o Quórum da Primeira Presidência automaticamente é dissolvido. Os conselheiros que serviam na Primeira Presidência, então, retornar para seus devidos lugares, de acordo com seu tempo de chamado dentro do Quórum dos Doze Apóstolos, se eles eram membros desse Quórum antes de serem chamados conselheiros.

O élder John A. Widtsoe (1872–1952), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que na revelação registrada em Doutrina e Convênios 90, “a liderança do presidente da Igreja foi mantida. A questão relativa ao fato de os conselheiros terem ou não o mesmo poder que o presidente foi logo alvo de debate por várias pessoas. O que os conselheiros poderiam fazer sem a designação direta do presidente? Essas perguntas foram respondidas em uma reunião realizada em 16 de janeiro de 1836. O profeta disse: ‘Os Doze não estão sujeitos a ninguém além da Primeira Presidência (…); e, quando eu não estiver presente, não há uma Primeira Presidência acima dos Doze’ [ver History of the Church, vol. 2, p. 374]. Em outras palavras, se tirarmos o presidente, os conselheiros não têm nenhuma autoridade. Os conselheiros não têm poder de serem presidentes e não podem agir nos assuntos da Igreja sem a orientação e o consentimento do presidente” (Joseph Smith: Seeker after Truth, Prophet of God [Joseph Smith: A busca da verdade], 1951, p. 303). Além disso, somente o presidente da Igreja pode receber revelação para toda a Igreja (ver D&C 28:2; 43:2–5).

O presidente Gordon B. Hinckley explicou qual a função dos conselheiros em um bispado ou presidência:

“Em algumas circunstâncias, o conselheiro pode servir de procurador do presidente. O presidente pode lhe dar essa designação, mas o conselheiro nunca deve abusar dela. O trabalho de continuar, apesar da ausência do presidente, por motivo de doença, emprego ou outros fatores que estejam fora de seu controle. Nessas circunstâncias, e no interesse da obra, o presidente deve, com toda confiança, estender aos conselheiros a autoridade para agir, depois de havê-los treinado ao servirem juntos no bispado ou na presidência. (…)

 Durante o período em que o presidente Kimball ficou doente, a saúde do presidente Tanner piorou e ele faleceu. O presidente Romney foi chamado para ser o primeiro conselheiro, e eu como segundo conselheiro do presidente Kimball. Depois, o presidente Romney ficou doente, de maneira que todo o fardo de responsabilidade ficou para mim. Eu me aconselhava frequentemente com meus irmãos do Quórum dos Doze e não sei como lhes agradecer por sua compreensão e pela sabedoria de seus julgamentos. Nos assuntos em que já havia uma norma bem definida, prosseguimos adiante. Mas, nenhuma norma nova foi anunciada ou implementada, e nenhuma prática significativa foi alterada sem que nos reuníssemos com o presidente Kimball, apresentássemos o problema a ele e recebêssemos seu total consentimento e sua aprovação.  (…)

O presidente Benson agora está com 91 anos e não tem a força e a vitalidade que tinha antes em abundância. O irmão Monson e eu, como seus conselheiros, fazemos como antes, ou seja, damos continuidade ao trabalho da Igreja ao mesmo tempo em que somos muito cautelosos para não nos colocarmos à frente do presidente nem deixarmos de cumprir qualquer tipo de norma estabelecida há longo tempo sem o seu conhecimento e sua aprovação total” (“Nos conselheiros há segurança”, A Liahona, janeiro de 1991, p. 60).

Imagem
missionários ensinando pesquisadores

O Senhor prometeu que nos últimos dias “todo homem ouvirá a plenitude do evangelho em sua própria língua e em seu próprio idioma” (ver D&C 90:11).

Doutrina e Convênios 90:24: “Todas as coisas contribuirão para o vosso bem”

O Senhor prometeu aos membros da Primeira Presidência que “todas as coisas [contribuiriam] para o bem [deles]”, se agissem em retidão e se lembrassem dos convênios que haviam feito (D&C 90:24). Todo membro da Igreja pode encontrar esperança na promessa do Senhor de que todas as coisas contribuirão para o seu bem, ao seguirem o padrão demonstrado em Doutrina e Convênios 90:24 (ver também Mórmon 9:27). O élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, aconselhou: “Devemos ‘[buscar] diligentemente, [orar] sempre e [ser] crentes. [Então] todas as coisas contribuirão para o [nosso] bem, se [andarmos] retamente e [nos lembrarmos] do convênio que [fizemos]’ (D&C 90:24). Os últimos dias não são uma época de medo e pavor. São uma época para sermos crentes e nos lembrarmos de nossos convênios” (“O ministério de anjos”, A Liahona, novembro de 2008, p. 30).

Doutrina e Convênios 90:25–27. “Que vossa família seja pequena, (…) no que se refere aos que não pertencem à vossa família”

Em 1833, devido às dificuldades temporais que muitos santos vivenciavam, os líderes da Igreja, incluindo o pai do profeta Joseph Smith, haviam aberto suas casas para auxiliá-los. Essas circunstâncias tinham o potencial de atrapalhar os esforços dos líderes da Igreja de cumprir a obra do Senhor. O conselho “que vossa família seja pequena” (D&C 90:25) não se referia ao número de filhos que os santos poderiam ter em sua família, na verdade era uma precaução para que Joseph Smith Sênior e outros líderes da Igreja exercessem sabedoria e discernimento ao doarem recursos temporais para pessoas que não eram de sua família, e que não incluíssem mais pessoas em sua casa do que poderiam cuidar.

Doutrina e Convênios 90:28–31. “Minha serva Vienna Jaques”

Emma Smith e Vienna Jaques são as únicas mulheres mencionadas pelo nome em Doutrina e Convênios (ver D&C 25; 90:28). Vienna Jaques é um dos muitos exemplos de fidelidade entre os primeiros santos dos últimos dias. Ela nasceu em 10 de junho de 1787. Após conhecer os missionários em Boston, Massachusetts, ela viajou para Kirtland, Ohio, em 1831. Ela ficou lá seis semanas e foi batizada. Após retornar a Boston, Vienna passou a ser ativa na obra missionária, ajudando a trazer muitos membros de sua família para a Igreja, e ajudou os missionários a estabelecer um pequeno ramo da Igreja lá. Ela então “encerrou seus negócios e voltou para Kirtland para nunca mais se afastar da Igreja” (“Home Affairs”, Woman’s Exponent, 1 de julho de 1878, p. 21; ver também “In Memoriam” [Em memória], Woman’s Exponent, 1º de março de 1884, p. 152; Brent M. Rogers, “Vienna Jaques: Woman of Faith” [Vienna Jaques: Mulher de fé”], Ensign, junho de 2016, p. 42).

Em 1833, Vienna doou uma quantia substancial à Igreja em um momento em que o dinheiro era muito necessário para a compra de terras em Kirtland, inclusive terras para o templo, e no Missouri. Em 8 de março de 1833, o profeta Joseph Smith recebeu uma revelação orientando-a para que “[subisse] para a terra de Sião [Missouri] e [recebesse] uma herança da mão do bispo” (D&C 90:30). Ela viajou para Missouri, mas logo após chegar, passou a sofrer perseguição com os santos de lá. Em junho de 1834, quando a companhia do Acampamento de Sião foi assolada pela cólera, ela estava entre aqueles que ajudaram a atender os doentes. Heber C. Kimball escreveu: “Fui recebido com grande bondade por eles, e também pela irmã Vienna Jaques, que cuidou de minhas necessidades e também de meus irmãos — que o Senhor os recompense por sua bondade” (Extracts from H. C. Kimball’s Journal” [Trechos do diário de H. C. Kimball], Times and Seasons, 15 de março de 1845, pp. 839–840; ver também The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834, ed. Gerrit J. Dirkmaat e outros, 2014, pp. 289, 291; Rogers, “Vienna Jaques”, pp. 42–43).

Assim como outros santos do Missouri, a irmã Jaques foi expulsa de sua casa em Nauvoo, Illinois. Por fim, em 1847, ela viajou rumo ao oeste, até o estado de Utah e, aos 60 anos de idade, conduziu o próprio carroção através das planícies. Estabeleceu-se em Salt Lake City e pelo resto de sua vida trabalhou arduamente para se sustentar e estudou diligentemente as escrituras. Vienna morreu em 7 de fevereiro de 1884, aos 96 anos de idade. Uma recordação escrita sobre ela declarou: “Ela era fiel a seus convênios e estimava a restauração do evangelho como um tesouro inestimável” (“In Memoriam” [Em memória], Woman’s Exponent, 1 de março de 1884, p. 152; ver também Rogers, “Vienna Jaques”, pp. 44–45).

Doutrina e Convênios 91: Informações históricas adicionais

Os livros apócrifos do Velho Testamento são uma coleção de textos antigos que não foram incluídos na Bíblia hebraica, mas foram incluídos na tradução grega do Velho Testamento, chamada de Septuaginta. Esses textos antigos mais tarde se tornaram parte da Bíblia cristã, até Martinho Lutero separá-los, em uma seção específica intitulada “Apócrifos”. Com o tempo, muitas edições da Bíblia removeram essa seção, enquanto outras a preservaram. O profeta Joseph Smith traduziu a Bíblia usando a versão do rei Jaime, que continha uma seção intitulada “Apócrifos” localizada entre o Velho e o Novo Testamentos. Após concluir a tradução do Novo Testamento e enquanto ainda trabalhava em livros do Velho Testamento, o profeta Joseph Smith se perguntou se deveria traduzir os Apócrifos, quando recebeu a revelação registrada em Doutrina e Convênios 91 (ver The Joseph Smith Papers, Documents [Documentos de Joseph Smith], Volume 3, fevereiro de 1833–março de 1834, pp. 32–33).

Doutrina e Convênios 91

O Senhor instrui Joseph Smith a não traduzir os Apócrifos

Doutrina e Convênios 91 “Aquele que os ler [os Apócrifos] (…) e (…) for iluminado pelo Espírito se beneficiará com eles”

O profeta Joseph Smith e Oliver Cowdery compraram um exemplar da versão do rei Jaime da Bíblia em 8 de outubro de 1829, de E. B. Grandlin, em Palmira, Nova York (ver “Bible Used for Bible Revision” [A Bíblia usada na revisão da Bíblia], josephsmithpapers.org). Era uma versão grande, para ser deixada no púlpito, que continha o Velho e o Novo Testamento, e os Apócrifos. Havia sido impressa em 1828 por H. e E. Phinney Company, localizada em Cooperstown, Nova York (para imagens dessa Bíblia, ver “Bible Used for Bible Revision”,josephsmithpapers.org). Esse foi o livro que o profeta usou para fazer sua tradução inspirada da Bíblia.

Conforme registrado em Doutrina e Convênios 91:1–3, em resposta à pergunta do profeta sobre traduzir os livros Apócrifos, o Senhor disse que eles contêm verdades, assim como erros, e instruiu Joseph a não traduzi-los. O Senhor ainda explicou que aqueles que desejassem se beneficiar do estudo desses textos antigos deveriam buscar o Espírito do Senhor para ajudá-los a discernir a verdade neles (ver D&C 91:4–6). O élder Bruce R. McConkie ensinou: “Para obter um valor real do estudo dos textos apócrifos, o aluno precisa primeiro ter um grande conhecimento prévio do evangelho, um entendimento pleno das obras-padrão da Igreja e a orientação do Espírito” (Mormon Doctrine [Doutrina Mórmon], p. 42).

Doutrina e Convênios 92: Informações históricas adicionais

Frederick G. Williams foi chamado em 5 de janeiro de 1833, para substituir Jesse Gause como conselheiro na presidência do sumo sacerdócio. Em 15 de março de 1833, o Senhor orientou que o irmão Williams também se tornasse membro da Firma Unida. Assim, ele se uniria aos nove membros da Firma Unida chamados anteriormente para administrar as operações literárias e comerciais da Igreja.

Doutrina e Convênios 92

Frederick G. Williams é chamado para se juntar à Firma Unida

Doutrina e Convênios 92. A Firma Unida

Após Frederick G. Williams ser chamado como novo membro da Primeira Presidência, o Senhor o orientou a se unir ao grupo de homens encarregados pelos assuntos temporais e espirituais da Igreja (ver D&C 78:1–8; 82:11–12, 15–24). Esse grupo era chamado de Firma Unida ou a Ordem Unida.