A Carta Wentworth, o livro de Abraão e a crescente oposição em Illinois

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John Wentworth

Mostre a seguinte imagem de John Wentworth, que era editor do jornal Chicago Democrat em 1842. John Wentworth pediu a Joseph Smith que escrevesse um resumo da história e da fé dos santos dos últimos dias (ver Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 459).

• Se fosse pedido a vocês que fizessem um resumo da história e da fé dos santos dos últimos dias, que eventos e quais crenças incluiriam? Por quê?

Explique aos alunos que, atendendo ao pedido de John Wentworth, o profeta Joseph Smith escreveu aquela que ficou conhecida como Carta Wentworth, que foi publicada em março de 1842 no Times and Seasons, um jornal da Igreja.

Peça a um aluno que leia os dois parágrafos a seguir em voz alta. Peça à classe que identifique o que o profeta Joseph Smith incluiu na Carta Wentworth.

“A Carta Wentworth tem imenso valor para os santos dos últimos dias. Trata-se de um relato original escrito por Joseph Smith, prestando testemunho de seu sagrado chamado por Deus, suas visões e seu ministério e ensinamentos. Relata o surgimento e crescimento da Igreja e as perseguições sofridas pelos santos. Contém uma declaração profética do futuro sucesso da Igreja na Terra sob a mão protetora do Grande Jeová. Também contém vários detalhes importantes não encontrados em qualquer outro lugar dos ensinamentos do profeta, inclusive uma descrição das placas de ouro e um esboço do conteúdo do Livro de Mórmon. É importante notar que essa foi a primeira vez que o próprio Joseph Smith publicou um relato de sua Primeira Visão.

Concluindo com as 13 declarações de doutrina da Igreja que hoje se chamam as Regras de Fé, a carta é um vigoroso testemunho do chamado divino do profeta Joseph Smith” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 460).

Explique aos alunos que a Carta Wentworth está publicada na íntegra em A Pérola de Grande Valor — Material do Aluno, 2017, disponível no aplicativo Biblioteca do Evangelho.

Peça a um aluno que leia em voz alta o seguinte trecho da Carta Wentworth. Peça à classe que identifique o que Joseph Smith profetizou a respeito da obra do Senhor.

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Joseph Smith

“O Estandarte da Verdade já foi erguido (…). Nenhuma mão ímpia conseguirá impedir o progresso desta obra; mesmo que sejam deflagradas violentas perseguições, que se reúnam multidões enfurecidas, que exércitos sejam mobilizados, mesmo que haja calúnias e difamações, a verdade de Deus seguirá adiante, com destemor, nobreza e independência, até que tenha penetrado em todos os continentes, visitado todas as regiões, varrido todos os países e soado em todos os ouvidos, até que os propósitos de Deus sejam cumpridos, e o Grande Jeová declare estar a obra concluída” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 467–468).

Escreva a seguinte verdade no quadro: Nenhuma mão ímpia conseguirá impedir o progresso desta obra.

• Em sua opinião, o que significa dizer que “nenhuma mão ímpia” conseguirá impedir o progresso da obra de Deus? (Se necessário, ajude os alunos a entender que a expressão “mão ímpia” diz respeito a esforços feitos por indivíduos que não foram designados por Deus, ou que não têm Sua autoridade.)

• Que exemplos da história da Igreja ilustram essa verdade?

• Que experiências ajudaram vocês a saber que nenhuma mão ímpia conseguirá impedir o progresso da obra de Deus?

Testifique aos alunos que o trabalho de salvação de Deus — que é realizado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias — continuará a progredir até que haja se espalhado por toda a Terra.

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Papiro egípcio

Exiba a fotografia do fragmento de papiro de onde foi tirado o Fac-símile número 1, que aparece no livro de Abraão. Explique aos alunos que, em 1835, enquanto os santos estavam reunidos em Kirtland, Ohio, “um empreendedor chamado Michael Chandler chegou na sede da Igreja (…) com quatro múmias e vários rolos de papiros”. Na ocasião, Michael Chandler estava realizando uma “turnê com antigos artefatos egípcios e cobrando uma taxa para que os visitantes pudessem vê-los” (“Tradução e autenticidade histórica do livro de Abraão”, Tópicos do evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

Peça a um aluno que leia a seguinte declaração da história de Joseph Smith em voz alta:

“Alguns dos santos em Kirtland adquiriram as múmias e os papiros (…), e eu, tendo [W. W.] Phelps e [Oliver] Cowdery como escreventes, comecei (…) a tradução de alguns caracteres ou hieróglifos e, para nosso contentamento, descobrimos que um rolo continha os escritos de Abraão, e outro, os de José do Egito” (Manuscript History of the Church, vol. B-1, p. 596, josephsmithpapers.org).

• Em sua opinião, por que a descoberta desses escritos trouxe contentamento e entusiasmo aos santos?

Peça a um aluno que leia os dois parágrafos a seguir em voz alta:

“Joseph Smith trabalhou na tradução do livro de Abraão durante o verão e outono de 1835, época em que ele completou pelo menos o primeiro capítulo e parte do segundo. Seu diário em seguida fala de traduzir o papiro na primavera de 1842, depois que os santos haviam se mudado para Nauvoo, Illinois” (“Tradução e autenticidade histórica do livro de Abraão”, Tópicos do evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

“John Taylor e Wilford Woodruff começaram a publicar a tradução do profeta do livro de Abraão nas edições de março do Times and Seasons. Ao lerem o registro, os santos se regozijaram ao descobrir novas verdades sobre a criação do mundo, o propósito da vida e o destino eterno dos filhos de Deus. Eles aprenderam que Abraão havia possuído o Urim e Tumim e falado com o Senhor face a face. Eles leram que a Terra e tudo nela haviam sido organizados de materiais existentes para levar a efeito a exaltação dos filhos espirituais do Pai” (Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 1, O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018, p. 447).

• Por que o livro de Abraão é uma evidência adicional do chamado de Joseph Smith como profeta de Deus?

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John C. Bennett

Exiba a imagem que acompanha esta lição e explique que é a imagem de John C. Bennett.

• Com base no que leu nos capítulos 35 e 38 de Santos: Volume 1, quais posições eram ocupadas por John C. Bennett em Nauvoo? (Ele era prefeito de Nauvoo e major geral da Legião de Nauvoo, uma unidade de milícia local. Ele também servia como presidente assistente na Primeira Presidência.)

Exiba a seguinte declaração do presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência. Peça a um aluno que a leia em voz alta.

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James E. Faust

“Algumas pessoas usam máscaras de decência e retidão, mas levam uma vida de aparências, achando que (…) podem ter vida dupla sem nunca serem descobertas” (James E. Faust, “O inimigo interior”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 56).

• Como essa declaração se relaciona com as ações de John C. Bennett? [Se necessário, relembre aos alunos que John havia secretamente seduzido diversas mulheres em Nauvoo e cometido adultério com elas. Ele mentia para aquelas mulheres e as manipulava, “chamando sua prática de ‘esposas espirituais’ (…) [e] garantindo-lhes que Joseph [Smith] aprovava tal comportamento” (Santos: Volume 1, p. 457).]

Explique aos alunos que, no dia 11 de maio de 1842, John C. Bennett foi excomungado por causa de adultério.

• Com base naquilo que leu nos capítulos 38–39 de Santos: Volume 1, o que John C. Bennett fez após ser excomungado? (Se necessário, explique-lhes que ele começou a escrever cartas para jornais populares de Illinois, acusando o profeta de vários crimes e pecados.)

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Lilburn W. Boggs

Exiba a imagem do ex-governador do Missouri, Lilburn Boggs, a qual acompanha esta lição. Explique aos alunos que, em maio de 1842, ele foi ferido depois de uma tentativa de assassinato. Inimigos do profeta, inclusive John C. Bennett, falsamente acusaram Joseph Smith de ter planejado o ataque. Lilburn Boggs pediu a seu sucessor, o então governador do Missouri, Thomas Reynolds, que solicitasse aos oficiais de Illinois que prendessem o profeta e o extraditassem para o Missouri a fim de ser julgado. Os oficiais de Illinois concordaram com a solicitação e buscaram oportunidades de prender Joseph Smith. Acreditando que sua vida estava em perigo, o profeta passou a viver escondido no começo de agosto de 1842. No dia 31 de agosto, ele saiu temporariamente do esconderijo para acompanhar sua esposa, Emma, a uma reunião da Sociedade de Socorro.

Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do profeta Joseph Smith (1805–1844). Peça à classe que identifique o que o profeta declarou, durante a reunião da Sociedade de Socorro, a respeito da oposição e da perseguição que estava enfrentando.

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Joseph Smith

“Grande esforço foi feito por parte de nossos inimigos para levar-me para o Missouri e destruir minha vida; mas o Senhor cercou o caminho deles, e ainda não conseguiram cumprir seu propósito. Deus permitiu que eu me mantivesse longe das mãos deles. (…)

Meus sentimentos neste momento são que, assim como o Senhor Todo-Poderoso me preservou até hoje, Ele continuará a fazê-lo, pela fé conjunta e as orações dos santos, até que eu tenha concluído plenamente minha missão nesta vida e assim estabelecido firmemente a dispensação da plenitude do sacerdócio nos últimos dias, de modo que todos os poderes da Terra e do inferno jamais possam prevalecer contra ela” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 547, 557).

• Segundo o profeta Joseph Smith, por que seus inimigos não haviam tido sucesso?

• Como esses ensinamentos do profeta ilustram a verdade de que nenhuma mão ímpia conseguirá impedir o progresso da obra de Deus?

Explique aos alunos que, no dia 3 de setembro de 1842, o profeta estava em casa quando um xerife de Illinois, acompanhado por dois homens armados, veio até sua casa para prendê-lo e levá-lo ao Missouri. O profeta escapou despercebido e se escondeu na casa de seu amigo Edward Hunter. Enquanto estava escondido lá, Joseph escreveu duas cartas contendo instruções sobre o batismo pelos mortos. Essas cartas estão registradas em Doutrina e Convênios 127–128.

Escreva as seguintes referências de escritura e perguntas no quadro:

Peça aos alunos que formem duplas ou trios. Peça-lhes que leiam Doutrina e Convênios 128:19, 22 individualmente e debatam as perguntas do quadro. Depois de lhes dar tempo suficiente, peça a alguns alunos que relatem suas respostas para a classe. (Os alunos podem identificar um princípio semelhante ao seguinte: Quando nos lembramos da gloriosa causa do evangelho, somos encorajados a prosseguir com fé em meio às dificuldades. Escreva esse princípio no quadro.)

Peça aos alunos que pensem em ocasiões em que foram encorajados a prosseguir com fé em meio às dificuldades por terem se lembrado da gloriosa causa do evangelho. Peça a vários alunos que contem à classe como foi essa experiência.

Escreva a seguinte pergunta no quadro e peça aos alunos que escrevam a resposta em seu diário de estudo:

Explique aos alunos que Joseph Smith percebeu que não conseguiria liderar a Igreja e cuidar de sua família se permanecesse escondido. Em dezembro de 1842, ele se entregou e foi levado para Springfield, Illinois, a fim de ser julgado. Depois que os advogados apresentaram argumentos divergentes, o juiz Nathaniel Pope decidiu que não havia evidência de que Joseph estivesse no Missouri por ocasião da tentativa de assassinato do governador Boggs e que Joseph deveria ser libertado (ver “Court Ruling, 5 de janeiro de 1843”, Apêndice 1, Documento 11, pp. 127–139, josephsmithpapers.org).

Encerre prestando testemunho das verdades identificadas nesta aula e incentive os alunos a colocá-las em prática.

Peça aos alunos que leiam os capítulos 40–41 de Santos: Volume 1 em preparação para a próxima aula.