História da Igreja
10. Devemos nos aprimorar: Eliza R. Snow


“10. Devemos nos aprimorar: Eliza R. Snow”, Ao Púlpito: 185 anos de discursos proferidos por mulheres santos dos últimos dias, 2017, pp. 41–45

“10. Eliza R. Snow”, Ao Púlpito, pp. 41–45

10

Devemos nos aprimorar

Sociedade de Socorro da Ala Salt Lake City 17

Union Hall, Salt Lake City, Território de Utah

18 de fevereiro de 1869

Quando jovem, Eliza Roxcy Snow (1804–1887) trabalhou como secretária de seu pai, quando ele servia como juiz de paz no Condado de Portage, Ohio.1 A exposição precoce a documentos legais e ao procedimento parlamentar a preparou para redigir uma constituição quando as mulheres santos dos últimos dias, em Nauvoo, Illinois, propuseram um grupo de costura feminino, em março de 1842. Quando Eliza Snow enviou a constituição e o estatuto que elaborara para a aprovação de Joseph Smith, ele elogiou seus esforços e sugeriu que as mulheres formassem uma organização oficial da Igreja, que veio a se tornar a Sociedade de Socorro.2 Ela serviu como secretária da Sociedade de Socorro e manteve o livro de registros contendo as atas, as doações e os registros de membros. Nessa posição, Eliza Snow se familiarizou com os detalhes complexos e a amplitude do trabalho das mulheres, sobre o qual falou em um discurso, 25 anos depois, na Sociedade de Socorro da Ala Salt Lake City 17.

Ela fez uma ligação entre as bases da Sociedade de Socorro de Nauvoo com a nova versão oficial da sociedade em Utah. Eliza levou consigo o Livro de atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo até Winter Quarters, Nebrasca e, depois, até o Vale do Lago Salgado, em 1847.3 Diversas sociedades benevolentes e de socorro surgiram em Utah, na década de 1859, mas elas não sobreviveram à Guerra de Utah e à Guerra Civil. Eliza Snow participou minimamente nesses grupos ao mesmo tempo em que oficiava na Casa de Investiduras, que exigia muito de seu tempo e sua atenção.4 Quando Brigham Young restabeleceu a Sociedade de Socorro, primeiramente em 1867 e, novamente em 1868, ele designou Eliza Snow para ajudar os bispos a organizar a Sociedade de Socorro em cada ala.5 Posteriormente, ela contou: “Foi uma grande missão que recebi e tive grande satisfação em cumpri-la. Senti-me muito honrada e à vontade com minhas associações”.6 Ela levava o Livro de atas da Sociedade de Socorro quando viajava pelo Território de Utah para mostrar às novas líderes da Sociedade de Socorro como manter as atas e realizar os procedimentos adequados.7

Sob a influência de Eliza Snow, a Sociedade de Socorro em Utah proporcionou um ambiente para que as mulheres agissem, compreendessem seu relacionamento com o sacerdócio e com seus correlatos masculinos e desenvolvessem um senso de autoridade espiritual e secular feminino.8 Em um artigo de duas partes no Deseret News, em abril de 1868, Eliza Snow explicou: “Esta é uma organização que não pode existir sem o sacerdócio, pelo fato de que é dessa fonte que deriva toda a sua autoridade e influência”. Ela explicou também que a Sociedade de Socorro “foi organizada segundo o padrão de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, com uma presidente, que escolhe duas conselheiras”.9 Mais tarde, ela e outras mulheres que estiveram presentes nas reuniões de Nauvoo lembraram a explicação de Joseph Smith sobre as responsabilidades das mulheres.10

Em 18 de fevereiro de 1869, como parte da designação de Eliza Snow de ajudar a organizar Sociedades de Socorro nas alas e seus esforços para explicar os ensinamentos de Joseph Smith às mulheres, ela visitou a Ala 17, que era uma sociedade que tinha laços estreitos com a Sociedade de Socorro de Nauvoo.11 Os membros da presidência da estaca de Salt Lake e várias presidentes e líderes de outras Sociedades de Socorro de Salt Lake City estavam presentes na reunião.12

Tenho pensado com frequência que, se não tivéssemos que fazer mais do que nos parecia possível, não teríamos realizado tudo o que podíamos.13

É uma bênção que, às vezes, sejamos levadas a situações que exigem que utilizemos todos os poderes e todas as faculdades que possuímos. Mesmo que não seja muito desejável no momento, é verdade que elas tendem a fortalecer e desenvolver nossas habilidades e nos preparar para sermos mais úteis.

Temos sido ensinadas que todas nós, em nossas organizações, recebemos as sementes de todas as habilidades requeridas para formar um deus ou uma deusa.14 Esses pequeninos, nos braços da mãe, possuem as sementes de todas as habilidades que possuímos — qual a diferença entre eles e nós? Apenas um desenvolvimento menor deles que requer cultivo, energia e perseverança.

A organização da Sociedade de Socorro Feminina coloca as irmãs em funções que as possibilitam exercer e desenvolver todas as suas habilidades. Com isso, nós nos beneficiamos quando fazemos o bem para as outras pessoas. “Ao abençoar, serás abençoado.”15 E os que mais bem fizerem, mais abençoados serão.

Minhas irmãs, vamos nos aprimorar para sermos capazes de fazer o bem em abundância. Somos filhas de nosso Pai Celestial e nossa posição como santos do Deus Altíssimo é à frente do mundo.

Vamos cumprir nossas responsabilidades e honrar nossa posição.

É algo estranho para nós, irmãs, agirmos de modo desorganizado. Nossos irmãos estão acostumados a trabalhar em grupos organizados, mas nós não estamos e precisamos de uma grande porção do Espírito e da sabedoria de Deus para nos guiar. Mesmo se encontrarmos dificuldades, não vamos desanimar, mas sigamos em frente no caminho do dever e sobrepujaremos cada obstáculo, com a bênção de Deus e com o incentivo de nossos irmãos.16 Deem um passo à frente e não esperem para ver o próximo. Quando damos um passo, não devemos ficar paradas até que consigamos enxergar o caminho claro à distância, mas sigamos em frente e o caminho nos será aberto, passo a passo. Este é um princípio. Deus requer que façamos um esforço e, assim, provamos nossa fé e nossa confiança Nele. Depois, ele certamente nos ajudará. Temos um exemplo gratificante deste princípio aqui, diante de nós. A irmã Rich relata que o irmão Rich doou 50 dólares em madeira para esta sociedade.17 Se a sociedade não tivesse começado a se preparar para construir, essa doação generosa não teria sido feita.18

Esta sociedade já fez muito. Deus está ao seu lado, minhas irmãs, ou vocês não teriam realizado o que realizaram. Vocês têm também a fé e as orações da Primeira Presidência e do seu bispo.19

Esta organização é uma parte do santo sacerdócio e tem com o bispo a mesma relação que Joseph Smith tinha com a sociedade que foi organizada em Nauvoo, e a ideia de que a sociedade funciona sem o apoio do bispo não é apenas absurda, mas uma impossibilidade.20 A Sociedade de Socorro age de acordo com os conselhos do bispo em tudo o que faz e, no momento em que dá um passo fora disso, deixa de existir em sua ordem correta e o espírito que orienta esta instituição é retirado.

Mas não acho que tal coisa vá acontecer. Vocês têm uma presidente e conselheiras que aprenderam, por muitos anos de experiência, a respeitarem as autoridades que as lideram e a serem guiadas por essas autoridades.21

No entanto, sinto que devo lhes dizer para tomarem cuidado, agirem com cautela, mas com energia.

Gostaria de parabenizá-las por seu sucesso, por tudo o que têm feito. Vocês têm doado generosamente e, com igual generosidade, compartilhado esses recursos.22 Confio que no próximo ano suas demandas financeiras não serão tão pesadas quanto foram no passado.23

Gostaria de advertir um pouco as minhas irmãs em relação à compaixão: nossa compaixão, bem como todos os outros sentimentos emocionais, requer cultivo. Tenho aprendido isso por experiência prática. Eu não acreditava que uma pessoa pediria ajuda a menos que realmente precisasse dela e, muitas vezes, as pessoas me pediram ajuda antes que eu ousasse questionar minha compaixão. Mas “aprendi sabedoria com as coisas que me fizeram sofrer”.24

É seu dever e sua responsabilidade, como sociedade que ajuda os pobres, familiarizar-se com as circunstâncias dos que pedem sua ajuda.25 Conheci casos de pessoas que estavam sendo ajudadas por instituições de caridade mesmo tendo joias caras guardadas no cofre, etc.26 Não hesitem em se informar — os que realmente são carentes não vão dissimular nem contestarão a investigação. Vocês precisam da sabedoria de Deus para orientá-las nessas questões para que nunca recusem ajuda aos necessitados e nem deixem escoar os recursos disponíveis.

Cada membro da sociedade deve estudar e conhecer sua posição, cumprindo sua parte honrosamente; assim, todos seguirão em frente, como uma máquina com as peças perfeitas.27 Que ninguém se comporte de forma inaceitável ou pressione alguém a fazer algo. Por exemplo, eu diria às professoras visitantes para visitar seu grupo de irmãs designadas, verificar as circunstâncias delas e informar aos líderes apropriados, cuja responsabilidade é cuidar ou administrar conforme as necessidades.28 E se esse princípio for seguido em todos os departamentos, a sociedade funcionará como um relógio.

Temos que aprender a agir por princípio e não por sentimento. Muitas vezes, temos que controlar nossos sentimentos com limites bem definidos, para mantê-los sob um controle adequado, pois, dessa maneira, o tentador procurará despertar ciúmes e invejas — eliminem todos os sentimentos dessa natureza. Por vezes, podemos pensar que não recebemos o devido respeito desta ou daquela pessoa, mas vamos sempre nos lembrar de que “é melhor sofrer do que agir errado”.29 Vamos agir com nobreza, como é apropriado aos santos de Deus e às filhas de Abraão; e se lembrem sempre de que os maiores e mais nobres são os mais condescendentes.

Este é um ramo — há muitos ramos, mas todos eles fazem parte de uma Sociedade de Socorro Feminina, como foi organizada por Joseph Smith. Que cada membro procure trazer honra à sociedade, cumprindo suas responsabilidades e sendo honrada. Sejamos humildes e apreciemos o Espírito de Deus para crescermos em sabedoria e conhecimento, para alcançarmos a verdadeira e nobre feminilidade e, assim, cumprirmos a medida da nossa criação como adjutoras de nossos irmãos.

De acordo com as instruções dadas pelo profeta Joseph na época da primeira organização, esta sociedade foi criada para prover assistência ao bispo e aos élderes de Israel. Ao administrar aos pobres, vocês já estarão ajudando seu bispo e diminuindo suas preocupações, e todo trabalho que está sob a responsabilidade das mulheres recai sobre a Sociedade de Socorro.30

Em um discurso recente do presidente Young para a Sociedade de Socorro Feminina da Ala 15, ele estabeleceu uma ampla plataforma e apontou muitas coisas grandes que devemos fazer — pode parecer que é muito para ser realizado somente nesta geração.31

Desejo fervorosamente que todas nós cresçamos mais a cada dia para que, quando os fiéis forem chamados, como nos foi ensinado que serão, estejamos entre eles.

Minhas irmãs, vocês têm minha bênção e oro para que tenhamos a força para sobrepujar o mal com o bem — o poder de resistir a todas as tentações — alcançar a fé dos antigos e obter a vitória sobre tudo o que se opõe a nós no caminho para o reino celestial.

  1. Eliza R. Snow, “Sketch of My Life” [Esboço de minha vida], em The Personal Writings of Eliza Roxcy Snow [Os Escritos Pessoais de Eliza Roxcy Snow], editora Maureen Ursenbach Beecher, Logan: Utah State University Press, 2000, p. 6; Maureen Ursenbach Beecher, “Eliza of Ohio: The Early Years” [Eliza de Ohio: Os primeiros anos], em Eliza and Her Sisters [Eliza e Suas Irmãs], editora Maureen Ursenbach Beecher, Salt Lake City: Aspen Books, 1991, p. 33.

  2. Sarah M. Kimball, “Auto-Biography” [Autobiografia], Woman’s Exponent, 12, nº 7, 1º de setembro de 1883, p. 51. Sarah Kimball, que esteve na segunda reunião da Sociedade de Socorro reorganizada da Ala Salt Lake City 17, em 13 de fevereiro de 1868, contou a história sobre a constituição inicial de Eliza R. Snow para a Sociedade de Socorro de Nauvoo (Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], vol. 2, 1868–1877, 13 de fevereiro de 1868, p. 58, Biblioteca de História da Igreja).

  3. “Jedediah M. Grant—Joseph B. Noble Company (1847)” [A companhia de Jedediah M. Grant e Joseph B. Noble], Mormon Pioneer Overland Travel [Viagem por terra dos pioneiros mórmons], 1847–1868, acessado em 21 de dezembro de 2015, history.LDS.org; Jill Mulvay Derr e Carol Cornwall Madsen, “Preserving the Record and Memory of the Female Relief Society of Nauvoo, 1842–1892” [Preservando os registros e a memória da Sociedade de Socorro Feminina de Nauvoo], Journal of Mormon History, 35, nº 3, verão de 2009, p. 90.

  4. Richard L. Jensen, “Forgotten Relief Societies, 1844–1867” [Sociedades de Socorro esquecidas], Dialogue: A Journal of Mormon Thought, 16, nº 1, primavera de 1983, pp. 105–125; ver também Eighteenth Ward, Salt Lake Stake, General Minutes [Ala 18, Estaca Salt Lake, Atas Gerais], vol. 5, 1854–1857, 6 de setembro de 1855, p. 9, Biblioteca de História da Igreja; Snow, “Sketch of My Life” [Esboço de Minha Vida], p. 32, 265n49.

  5. Brigham Young, “Remarks” [Mensagens], Deseret News, 18 de dezembro de 1867; Brigham Young, “Remarks” [Mensagens], Deseret News, 13 de maio de 1868; Snow, “Sketch of My Life” [Esboço de minha vida], p. 35. Partes do esboço de Eliza R. Snow foram também publicadas por Jill Mulvay Derr, Carol Cornwall Madsen, Kate Holbrook e Matthew J. Grow, editores, The First Fifty Years of Relief Society: Key Documents in Latter-day Saint Women’s History [Os Primeiros 50 Anos da Sociedade de Socorro: Documentos importantes da história das mulheres santos dos últimos dias], Salt Lake City: Church Historian’s Press, 2016, pp. 268–269.

  6. Snow, “Sketch of My Life” [Esboço de Minha Vida], p. 35; Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], p. 268.

  7. Derr e Madsen, “Preserving the Record and Memory” [Preservando os Registros e a Memória], pp. 88–117.

  8. Ver Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], xvii–xxxix.

  9. Eliza R. Snow, “Female Relief Society” [Sociedade de Socorro Feminina], Deseret Evening News, 18 de abril de 1868. Para uma transcrição do artigo em duas partes, ver Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], pp. 270–275.

  10. Sarah M. Kimball recordou posteriormente que Joseph Smith organizou as mulheres “sob o sacerdócio, segundo o modelo do sacerdócio”. John Taylor, que estava presente na primeira reunião, afirmou que as mulheres estavam agora “organizadas de acordo com as leis dos céus” (Kimball, “Auto-Biography” [Autobiografia], p. 51; Nauvoo Relief Society Minute Book [Livro de atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo], 17 de março de 1842, p. 14, em Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], p. 36; ver também, por exemplo, o discurso de Bathsheba W. Smith à Estaca Pioneer, em Clara L. Clawson, “Pioneer Stake” [Estaca Pioneer], Woman’s Exponent, 34, nºs 2–3, julho–agosto de 1905, p. 14; Mercy R. Thompson, “Recollections of the Prophet Joseph Smith” [Recordações do Profeta Joseph Smith], Juvenile Instructor, 27, nº 13, 1º de julho de 1892, pp. 398–400; e Eliza R. Snow, na Ala Spring City Ward, Estaca Sanpete, Relief Society Minutes and Records [Atas e Registros da Sociedade de Socorro], vol. 2, 1878–1901, 23 de junho de 1878, p. 16, Biblioteca de História da Igreja).

  11. Nessa primeira reunião, em 16 de agosto de 1856, o bispo Thomas Callister ensinou às mulheres que essa nova organização era “uma continuação da que fora organizada em Nauvoo”. Em todas as reuniões seguintes, Callister reiterou sua esperança de que “esta sociedade (…) seja organizada segundo o padrão estabelecido em Nauvoo. Ele queria que ela estivesse estabelecida sobre uma fundação permanente”. Callister leu em voz alta o sermão de Joseph Smith à Sociedade de Socorro de Nauvoo e convidou as mulheres a compartilharem suas lembranças pessoais. A Ala 17 englobava nove quarteirões, entre as ruas 200 North com a South Temple e a Main Street com a 200 West (Ala 17, Estaca Salt Lake, Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro], vol. 1, 1856–1870, 16 e 21 de agosto de 1856, Biblioteca de História da Igreja; Andrew Jenson, Encyclopedic History of the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [Enciclopédia da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], Salt Lake City: Deseret News, 1941, p. 751).

  12. Sarah M. Kimball, Zina D. H. Young, Marinda N. Hyde, Margaret T. Smoot e Bathsheba W. Smith também discursaram. Todas foram membros da Sociedade de Socorro de Nauvoo. Essa reunião comemorava o aniversário de um ano da Sociedade de Socorro da Ala 17 (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 18 de fevereiro de 1869, p. 145).

  13. A irmã Snow descreveu sua percepção sobre o que Brigham Young pensava sobre as mulheres: “Se qualquer filha e mãe em Israel se sentir circunscrita, limitada em sua esfera atual, agora poderá dar ampla vazão a todos os poderes e capacidades de fazer o bem com os quais foi liberalmente investida. (…) O presidente Young abriu as portas para uma vasta e extensa esfera de ação e utilidade” (Snow, “Female Relief Society” [Sociedade de Socorro Feminina]).

  14. Ver Doutrina e Convênios 76:58; 132:20. Em um discurso no Tabernáculo de Salt Lake, em 8 de agosto de 1852, Brigham Young afirmou que “o Senhor criou vocês e eu para nos tornarmos deuses como Ele; quando formos provados em nossa capacidade atual e nos mostrarmos fiéis em todas as coisas, Ele colocará tudo em nossas mãos. Fomos criados e nascemos para o expresso propósito de crescermos deste estado de homens e nos tornarmos Deuses, como nosso Pai que está no céu” (Journal of Discourses, 26 vols., Liverpool: vários editores, 1855–1886, vol. 3, p. 93; ver também “Tornar-se como Deus”, Tópicos do Evangelho, acessado em 4 de maio de 2016, LDS.org).

  15. Ver Gênesis 22:17.

  16. No início da reunião, Albert Merrill “disse que ele estava feliz por ver o espírito manifesto pelas irmãs no esforço de fazer o bem e ajudar a edificar a Igreja de Deus. Ele disse que há trabalho para todos, tanto homens como mulheres. (…) Todos estamos interessados em edificar o reino; se queremos ser cidadãos desse reino, então o herdaremos para sempre” (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 18 de fevereiro de 1869, p. 146).

  17. De acordo com o relatório anual, a Sociedade de Socorro da Ala 17 tinha 150 dólares em madeira para seu edifício. A madeira talvez tenha sido doada por Joseph C. Rich, que esteve presente e falou anteriormente em uma festa da sociedade (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], “Annual Report for 1868” [Relatório Anual de 1868], p. 144; 18 de fevereiro de 1869, p. 152).

  18. Em uma reunião do comitê visitante, Rhoda Marie Carrington propôs que o comitê levantasse fundos para financiar a construção de uma sala de reuniões para a Sociedade de Socorro. A discussão sobre o prédio aconteceu em uma reunião subsequente do comitê visitante, um mês depois (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 10 de dezembro de 1868, p. 136; 14 de janeiro de 1869, p. 153).

  19. Em fevereiro de 1869, a Primeira Presidência era formada por Brigham Young, George A. Smith, primeiro conselheiro, e Daniel H. Wells, segundo conselheiro. Quando o bispo Nathan Davis, da Ala 17, estava viajando a negócios, em fevereiro de 1869, George Morris serviu como “bispo interino”. Brigham Young havia aconselhado os bispos especificamente: “Bispos, vocês têm mulheres inteligentes como esposas, muitos de vocês as têm; deixem que elas organizem as Sociedades de Socorro Femininas em diversas alas. Temos muitas mulheres talentosas entre nós. (…) Vocês descobrirão que as irmãs serão a força motivadora para o movimento” (Andrew Jenson, Latter-day Saint Biographical Encyclopedia: A Compilation of Biographical Sketches of Prominent Men and Women in the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [Enciclopédia Biográfica dos Santos dos Últimos Dias: Uma Compilação de esboços biográficos de homens e mulheres proeminentes na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], 4 vols., Salt Lake City: Andrew Jenson History Co., 1901–1936, vol. 1, pp. 37, 62; Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 18 de fevereiro de 1869, p. 147; Brigham Young, “Remarks” [Mensagens], Deseret News, 18 de dezembro de 1867).

  20. Ver Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], xxvi–xxxiv; ver também Dallin H. Oaks, “As chaves e a autoridade do sacerdócio”, A Liahona, maio de 2014, pp. 49–52.

  21. A presidente Marinda N. Hyde, da Sociedade de Socorro da Ala 17, foi membro da Sociedade de Socorro de Nauvoo, tendo se filiado logo na primeira reunião, em 17 de março de 1842. Ela serviu como tesoureira da Sociedade de Socorro da Ala 17, substituindo Bathsheba W. Smith, em 21 de agosto de 1856. A presidente, as duas conselheiras e outras líderes deviam “cumprir os planos da instituição”, conforme recomendado por Joseph Smith na Sociedade de Socorro de Nauvoo (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros de Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], vol. 1, 1856–1870, 21 de agosto de 1856; Nauvoo Relief Society Minute Book [Livro de atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo], 17 de março de 1842, p. 8, em Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], p. 31).

  22. Por exemplo, naquele tempo, as doações listadas nas atas da Sociedade de Socorro da Ala 17 incluíam: tecidos, pêssegos, açúcar, tapetes, papel, linha, farinha, café, maçãs, dinheiro, porco, sabonete, roupas, sapatos e velas (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 13 de fevereiro–23 de abril de 1868, pp. 62–76).

  23. A tesoureira era Elizabeth A. Felt. De acordo com o relatório anual apresentado nessa reunião, a Sociedade de Socorro da Ala 17 havia coletado um total de 1.238,32 dólares no ano anterior, incluindo dinheiro e doações. Elas desembolsaram 854,85 dólares em dinheiro, 12,50 dólares em pedidos de loja e 188,12 dólares em mercadoria, ficando com um saldo de 182,85 dólares em dinheiro (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], “Annual Report for 1868” [Relatório Anual de 1868], p. 144).

  24. Ver Hebreus 5:8.

  25. O bispo em exercício, George Morris, havia dado detalhes específicos de “casos de pessoas na ala que dependiam totalmente do apoio da caridade. Ele expressou sua total satisfação com o curso percorrido pela Sociedade de Socorro Feminina” (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 18 de fevereiro de 1869, p. 148).

  26. Em uma reunião, três meses mais tarde, o comitê visitante relatou um encontro com a senhora Frazier. Seguindo a instrução de Eliza Snow para averiguar as circunstâncias dos necessitados, as visitantes pediram para olhar em seus baús a fim de se certificarem de sua situação financeira. Frazier inicialmente recusou, mas depois abriu parcialmente a tampa de um baú e o fechou rapidamente para evitar que as mulheres vissem o que tinha dentro dele. O bispo instruiu que nenhuma ajuda deveria ser dada a Frazier e disse que trabalharia diretamente com ela (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 27 de maio de 1869, p. 177).

  27. George B. Wallace, presidente em exercício da Estaca Salt Lake, havia dito anteriormente na reunião: “Cada chamado é honrado: a honra está em magnificar o chamado para o qual se foi designado e em honrar a si mesmo naquele chamado” (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 18 de fevereiro de 1869, p. 146).

  28. Marinda N. Hyde, presidente da Sociedade de Socorro da Ala 17, havia instruído anteriormente que as professoras visitantes deveriam “falar com a presidente sobre qualquer assunto que chame a atenção da sociedade e tudo correrá bem se estiverem unidas” (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 9 de julho de 1868, p. 94).

  29. Plato, Gorgias, 473a–475e.

  30. Mais cedo na reunião, George Morris disse: “O objetivo desta sociedade é trabalhar com o sacerdócio para ajudar o bispo, cuidando e administrando as necessidades dos pobres, consolando os doentes e aflitos, etc.” (Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 18 de fevereiro de 1869, p. 147).

  31. Em 4 de fevereiro de 1869, Brigham Young falou às Sociedades de Socorro da Igreja, na capela da Ala 15, elogiando os esforços e as atividades das mulheres. Ele incentivou as moças a conseguir uma educação formal; aconselhou as mulheres a procurar empregos importantes para dar uma contribuição à comunidade e falou sobre a responsabilidade das mães de ensinar disciplina aos filhos e educá-los formalmente na escola. Ele também incentivou as mulheres a aprender contabilidade e a trabalhar em negócios mercantis e escritórios de telégrafos para que os homens pudessem se ocupar mais em trabalhos físicos. Na reunião seguinte da Sociedade de Socorro da Ala 17, Serepta M. Heywood solicitou que o discurso de Young fosse lido em voz alta. “Foi colocado em votação e aprovado por unanimidade que o discurso fosse registrado no Livro de registros da Sociedade de Socorro” (Brigham Young, “An Address to the Female Relief Society” [Um discurso para a Sociedade de Socorro Feminina], Deseret News, 24 de fevereiro de 1869; Seventeenth Ward Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro da Ala 17], 4 de março de 1869, pp. 153, 154–161).