História da Igreja
24. Ainda temos uma missão maior: Bathsheba W. Smith


“24. Ainda temos uma missão maior: Bathsheba W. Smith”, Ao Púlpito: 185 anos de discursos proferidos por mulheres santos dos últimos dias, 2017, pp. 96-101

“24. Bathsheba W. Smith”, Ao Púlpito, pp. 96–101

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Ainda temos uma missão maior

Discurso em Woman’s Exponent

Salt Lake City, Utah

Janeiro de 1906

A quarta presidente geral da Sociedade de Socorro, Bathsheba Wilson Bigler Smith (1822–1910) incentivava os membros da Sociedade de Socorro a deixar de lado o passado e abraçar o futuro com responsabilidade e ação.1 Quando ela proferiu esse discurso, em janeiro de 1906, já fazia 64 anos que ela estava associada à Sociedade de Socorro, tendo se filiado à Sociedade de Socorro de Nauvoo, em sua primeira reunião.2 Bathsheba Smith cresceu na grande fazenda de seus pais, na Virgínia. Ela era conhecida como uma garota sulista, que amava a vida ao ar livre e gostava particularmente de cavalgar. Sua mãe a ensinou habilidades domésticas típicas, incluindo cardar, fiar, tingir e tecer lã, algodão e linho, bem como alta costura e bordados.3 Ela também apreciava a música.4

Imagem
Emmeline B. Wells e Bathsheba W. Smith

Emmeline B. Wells e Bathsheba W. Smith. 1908. Bathsheba Smith (à direita) serviu como presidente geral da Sociedade de Socorro de 1901 a 1910. Ela foi a última presidente geral da Sociedade de Socorro que tinha sido membro da Sociedade de Socorro de Nauvoo. Emmeline Wells (à esquerda) sucedeu Bathsheba Smith, servindo como presidente geral da Sociedade de Socorro de 1910 a 1921. Fotografia de Olsen e Griffith. (Biblioteca de História da Igreja, Salt Lake City).

Quando jovem, Bathsheba Smith tinha muito interesse em religião; ela se considerava um “tanto inclinada à religiosidade, amava a honestidade, a verdade e a integridade. Eu fazia minhas orações pessoais”.5 Quando tinha 15 anos, os missionários santos dos últimos dias, incluindo seu futuro marido, George A. Smith, passaram por sua vizinhança. Ela e a mãe foram batizadas em 21 de agosto de 1837 e outros membros da família foram batizados por volta da mesma época. Eles juntaram-se aos santos dos últimos dias no Missouri, onde foram atacados pelas turbas. Ela testemunhou a morte do apóstolo David W. Patten e o sofrimento de outros mórmons. Em seu discurso de 1906, ela falou sobre essas experiências, talvez na tentativa de conectar a nova geração com a rica história e herança da Igreja.6

O templo teve uma importância central na vida de Bathsheba Smith. Ela esteve presente na colocação da pedra angular do templo de Nauvoo, Illinois, em 1841.7 Participou de ordenanças do templo em Nauvoo, tanto na casa de Joseph e Emma Hale Smith como na na loja de tijolos vermelhos.8 Trabalhou nos templos de Nauvoo, St. George, Logan e Salt Lake City, Utah, e na Casa de Investiduras, em Salt Lake City.9 Logo depois da dedicação do templo de Sal Lake, em 1893, Bathsheba Smith sucedeu Zina D. H. Young como diretora do templo, quando a irmã Young ficou doente demais para trabalhar. Bathsheba Smith “presidiu as irmãs no templo e dedicou, regularmente, quatro dias da semana ao trabalho do templo”.10 Ela continuou seu trabalho até pouco antes de sua morte. Lula Greene Richards escreveu que Bathsheba Smith “sempre ansiava por cumprir seu dever naquele edifício sagrado”.11

A participação de Bathsheba Smith na Sociedade de Socorro continuou mesmo depois de Nauvoo. Quando seu marido se tornou o historiador da Igreja em Salt Lake City, ela foi chamada como primeira conselheira de Rachel Grant, na Sociedade de Socorro da Ala 13 Salt Lake City. A casa de Bathsheba Smith também era usada como escritório do historiador da Igreja.12 Depois que o marido morreu, ela mudou-se para outra casa e foi chamada como secretária, tesoureira e presidente da Sociedade de Socorro da Ala 17 Salt Lake City, servindo nessa posição por onze anos.13 Ela atuou como tesoureira da Sociedade de Socorro da Estaca Salt Lake. Bathsheba Smith foi ativa em outras organizações relacionadas à Sociedade de Socorro. Ela foi conselheira de Mary Isabella Horne na Associação de Resguardo Mútuo e participou da junta de diretores do Hospital Deseret.14 Em 1888, após a morte de Eliza R, Snow, Zina D. H. Young foi chamada como presidente geral da Sociedade de Socorro e escolheu Bathsheba Smith como sua segunda conselheira. Quando Zina Young morreu em 1901, Bathsheba Smith tornou-se a presidente geral da Sociedade de Socorro e presidiu durante um período de crescimento da organização.15 Ela presidia a Sociedade de Socorro há cinco anos, quando fez o discurso a seguir, publicado no Woman’s Exponent.

Ouça o som – desse carrilhão,

Escute! Este dobrar apressado do Tempo;

O ano se foi,

Transmitindo as esperanças e medos,

Os sorrisos e as lágrimas de multidões desconhecidas para a música.

E. R. Snow16

O encerramento do ano de 1905, que marca o centésimo aniversário do Profeta, desperta minha mente para uma multidão de pensamentos.17

Volto em pensamento à minha infância e juventude na Virgínia18 e ouço novamente os missionários clamando: “Arrependei-vos e sede batizados pois o reino dos céus está próximo”,19 e, desde então, fiquei entusiasmada com as boas novas da restauração do evangelho de Cristo;20 novamente me vejo junto aos santos no Missouri, e ouço os gritos horríveis das turbas que levaram Joseph e Hyrum.21 Vejo os feridos e os que estão morrendo; sou forçada a sair do Missouri, mas encontro alegria em Quincy, participando em uma conferência da Igreja, com Joseph e Hyrum, e os apóstolos, que ali são chamados para servir na Europa.22

Lembro-me do profeta, com seu maravilhoso poder espiritual, inteligência, ternura amorosa e grande bondade de coração!23 Lembro-me de seus sermões, de suas declarações, da organização da nossa Sociedade de Socorro em 1842.24 Lembro-me de suas revelações, perseguições, martírio e da tristeza que sobreveio aos santos por sua morte. Pouco sobrou daquele mundo, apenas nossas casas e famílias; mas o evangelho torna-se ainda mais importante para mim. Em seguida, queimam nossas casas e forçam nosso êxodo de Nauvoo, em meio a um inverno mortal.25 Os elementos enfurecidos nos cercam por todos os lados, mas somos capazes de suportar, para descansar, por fim, na sombra da morte, pois aqui a morte nos separou de muitas pessoas que amamos.26 Mas, erguendo-nos de nossas fraquezas, em obediência aos servos do Altíssimo, prosseguimos, cruzando planícies sem trilhas, atravessando riachos alagados, escalando os picos de montanhas acidentadas e descendo até “O Vale” para encontrar descanso da perseguição e conforto no deserto.27

Todos os acontecimentos combinados daqueles anos dolorosos, revelam-me, no ocaso da vida, a enorme importância do plano de salvação. Uma mensagem reconfortante do Pai Celestial, parece assegurar docemente que nada do que sofremos e realizamos, não importa o preço que pagamos, foi sem proveito. Sim, nossas feridas foram curadas com sabedoria, a dor desenvolveu a paciência, e os santos martirizados talvez sejam nossos melhores advogados nos tribunais do céu.28

Estou convencida de que foi melhor ser fiel e perseverar até o fim, mostrando retidão no domínio próprio e na defesa dos padrões da verdade, do que descansar na apatia e no conforto, esquecendo-me de Deus e negligenciando os fracos, cansados e solitários.

É bom ponderar sobre o passado pois, além dos pensamentos de pesar e dos erros, nossos deveres nos são mostrados claramente.

Consolar os que choram, socorrer os oprimidos.

Visitar as viúvas e os órfãos.29

Ir de casa em casa, ajudar os pobres, os oprimidos, ministrar aos enfermos, preparar os mortos, juntar e distribuir presentes e doações para levar alívio, como vocês têm feito por tantos anos, minhas irmãs.

E, no entanto, temos uma missão maior — ensinar a mãe a criar seus filhos na simplicidade, na verdade e na virtude, que famílias felizes sejam comuns em nosso meio.30

E, todavia, temos uma missão ainda maior. Não podemos nos descuidar de nossos esforços para ensinar os outros, mas mostramos uma grande falta da verdadeira religião quando não corrigimos nossos erros. Quando iremos aprender que a trave está em nosso próprio olho e que o argueiro apenas incomoda a visão do nosso próximo?31

Somos chamadas pela suave e mansa voz, um sussurro de nosso Pai, para buscar nossa própria salvação.32

Em resumo, as partes importantes do plano de salvação são estas: o que o homem é, Deus já foi; o que Deus é agora, o homem pode vir a ser;33 a glória de Deus é inteligência.34 Nada pode ser aniquilado e nenhuma ação perdida.35 É impossível ser salvo em ignorância.36 O Espírito de Deus, que é o Espírito Santo e o Consolador, está à nossa volta e permeia o universo, e é pelo Espírito que podemos receber a inspiração de Deus em direção à inteligência e podemos exercer nosso direito de receber consolo; e, finalmente, a fé, a esperança e a caridade são necessárias para recebermos a graça divina, mas a maior delas é a caridade!37

É absolutamente necessário que as mulheres, e os homens, enquanto viverem, não parem de estudar diligentemente para obter o conhecimento de maior valor. Para mim, a melhor maneira de se alcançar isso é eliminando a maldição do tédio em nosso trabalho, aprendendo a realizá-lo tão bem que vamos amar o que fazemos e teremos motivo para nos alegrar com o que produzimos com nosso próprio suor.

Aprendamos sobre o trabalho que Deus realizou quando observamos a natureza, as flores, suas estações e suas leis. Precisamos estudar para melhorar nossos pensamentos, buscando nosso Pai Celestial em oração, pedindo a inspiração do Espírito Santo.

Precisamos melhorar a linguagem usada em nosso lar e com nossos filhos, para que nossas palavras não sejam ociosas, cheias de reclamações ou vãs, mas, como nada pode ser perdido, que sejam alegres, cheias de esperança, inteligentes, demonstrando uma atitude de caridade.

Vamos abrir os livros de vida e salvação e estudar também os grandes escritores, poetas e pintores, para que nossa mente possa revestir-se de inteligência e nosso coração encha-se com o sentimento humano.

E, aqui estou, inclinada a oferecer um pensamento sobre o trabalho para o ano que se aproxima. Com nossos múltiplos deveres, talvez não vamos conseguir visitar uma irmã idosa ou inválida, para alegrá-la, mas podemos emprestar um livro para que ela o leia com prazer e, talvez, aumentar sua motivação, alegrar sua vida e edificar sua mente. Da mesma forma, quando terminar de ler um bom livro, passe-o para uma irmã, dizendo: “Eu recomendo este livro para você. Aprendi com a leitura dele e talvez possa te edificar e quando terminar a leitura, devolva-me para que eu possa emprestá-lo para outra pessoa.”

Outro pensamento: Ao fazer bem sua parte, fique satisfeita em passar suas responsabilidades para outra mulher mais forte, quando você se cansar.

E agora minhas irmãs, que as melhores bênçãos e a paz de Deus estejam sobre vocês.

  1. A “saudação anual” de 1906 foi dirigida aos “colabores associados de todo o mundo”. A organização dos Colaboradores Mundiais da Indústria fora formada no ano anterior, incentivando a solidariedade entre os trabalhadores de várias indústrias.

  2. Nauvoo Relief Society Minute Book [Livro de atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo], 17 de março de 1842, p. 6, em Jill Mulvay Derr, Carol Cornwall Madsen, Kate Holbrook e Matthew J. Grow, editores, The First Fifty Years of Relief Society: Key Documents in Latter-day Saint Women’s History [Os primeiros 50 anos da Sociedade de Socorro: documentos importantes na história das mulheres santos dos últimos dias], Salt Lake City: Church Historian’s Press, 2016, p. 30.

  3. Andrew Jenson, Latter-day Saint Biographical Encyclopedia: A Compilation of Biographical Sketches of Prominent Men and Women in the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [Enciclopédia Biográfica dos Santos dos Últimos Dias: Uma Compilação de Esboços Biográficos de Homens e Mulheres Proeminentes na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], 4 vols., Salt Lake City: Andrew Jenson History Co., 1901–1936, vol.1, p. 699; Emmeline B. Wells, “A Loving Tribute” [Um Tributo Amoroso], Woman’s Exponent, 39, nº 3, setembro de 1910, p. 18; Wells, “Bathsheba W. Smith”, Woman’s Exponent 35, nº 4, outubro de 1906, p. 25; Wells, “Bathsheba W. Smith”, Woman’s Exponent 35, nº 9, maio de 1907, p. 65.

  4. Bathsheba Smith em um coro do templo em Nauvoo. Seus filhos tocavam instrumentos, cantavam e dançavam. (Bathsheba W. Smith, “Autobiography” [Autobiografia], s/d, p. 84, Biblioteca de História da Igreja; Horace G. Whitney, “Music in Early Utah Days” [A Música nos Primeiros Dias em Utah] Young Woman’s Journal, 24, nº 7, julho de 1913, p. 416; Augusta Joyce Crocheron, Representative Women of Deseret, a Book of Biographical Sketches to Accompany the Picture Bearing the Same Title [Mulheres Notáveis de Deseret, Um Livro de Esboços Biográficos para Acompanhar a Imagem com o Mesmo Título], Salt Lake City: J. C. Graham, 1884, p. 44.)

  5. Smith, “Autobiography” [Autobiografia], p. 1.

  6. George A. Smith posteriormente tornou-se membro do Quórum dos Doze Apóstolos. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 2–6; Wells, “A Loving Tribute” [Um Tributo Amoroso], p. 18.)

  7. Smith, “Autobiography” [Autobiografia], p. 6. As pedras angulares do templo de Nauvoo foram colocadas em 6 de abril de 1841. (“Celebration of the Anniversary of the Church” [Celebração do Aniversário da Igreja], Times and Seasons, 2, nº 12, 15 de abril de 1841, pp. 375–377.)

  8. Bathsheba Smith, “Affidavit” [Depoimentos], em Affidavits about Celestial Marriage [Depoimentos sobre o Casamento Celestial], 1869–1915, Biblioteca de História da Igreja; “Latter-day Temples” [Templos SUD], Relief Society Magazine, 4, nº 4, abrild de 1917, pp. 185–186.

  9. Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 11, 38; Jenson, LDS Biographical Encyclopedia [Enciclopédia Biográfica SUD], vol. 1, p. 702; L. L. Greene Richards, “Sister Bathsheba in the House of the Lord” [A Irmã Bathsheba na Casa do Senhor], Woman’s Exponent, 39, nº 3, setembro de 1910, p. 17.

  10. “In Memoriam: President Bathsheba W. Smith” [Em Memória: Presidente Bathsheba W. Smith],Woman’s Exponent, 39, nº 3, setembro de 1910, p. 20.

  11. Richards, “Sister Bathsheba in the House of the Lord” [A Irmã Bathsheba na Casa do Senhor], p. 17; Smith, “Autobiography” [Autobiografia], p. 78; Jenson, LDS Biographical Encyclopedia [Enciclopédia Biográfica SUD], vol. 1, p. 702. Emmeline B. Wells declarou: “Não há uma mulher viva que tenha realizado tanto neste trabalho. (…) Ela ministrou a milhares e dezenas de milhares de filhas de Sião, que erguem suas vozes para chamá-la abençoada”. “In Memoriam: President Bathsheba W. Smith” [Em Memória: Presidente Bathsheba W. Smith], Woman’s Exponent, 35, nº 9, maio de 1907, p. 66.

  12. “In Memoriam” [Em Memória], p. 20; Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 38, 83; Jenson, LDS Biographical Encyclopedia [Enciclopédia Biográfica SUD], vol. 1, p. 702.

  13. “In Memoriam” [Em Memória], p. 20; Crocheron, Representative Women of Deseret [Mulheres Notáveis de Deseret], pp. 45; Jenson, LDS Biographical Encyclopedia [Enciclopédia Biográfica SUD], vol. 1, p. 702. Bathsheba Smith serviu como presidente da Sociedade de Socorro, de 1886 a 1897, e pediu desobrigação para dedicar-se mais a seus deveres no templo e em outras designações da Sociedade de Socorro. (Ala 17, Estaca Salt Lake, Relief Society Minutes and Records [Registros e Atas da Sociedade de Socorro], vol. 5, 1871-1886, 19 de maio de 1886, p. 585, vol. 9, 1886–1907, 6 de fevereiro de 1897, p. 219, Biblioteca de História da Igreja.)

  14. Jenson, LDS Biographical Encyclopedia [Enciclopédia Biográfica SUD], vol. 1, p. 702.

  15. Bathsheba Smith foi chamada como presidente em 31 de outubro de 1901 e apoiada em uma conferência especial, em 10 de novembro de 1901. A junta geral da Sociedade de Socorro registrou em 1899 um total de 26.943 membros, em 566 ramos. De acordo com um artigo de 1906, a Sociedade de Socorro registrava 35.000 membros. (“In Memoriam” [Em Memória], p. 20; Relief Society General Board Minutes [Atas da Junta Geral da Sociedade de Socorro], vol. 2, 1892–1910, p. 49, Biblioteca de História da Igreja; Wells, “Bathsheba W. Smith” Woman’s Exponent, 35, nº 4, outubro de 1906, p. 25.)

  16. Em 1840, Eliza R. Snow escreveu “O Ano Acabou”, comentando sobre as perseguições que os santos dos últimos dias sofreram no Missouri. (Jill Mulvay Derr e Karen Lynn Davidson, eds., Eliza R. Snow: The Complete Poetry [Eliza R. Snow: Poesias Completas], Provo, UT: Brigham Young University Press; Salt Lake City: University of Utah Press, 2009, pp. 105–107.)

  17. Joseph Smith nasceu em 23 de dezembro de 1805, em Sharon, Vermont. Como parte do aniversário do centenário de seu nascimento, a Igreja dedicou um monumento a ele no local de seu nascimento. (“A Hundred Years of Progress: The Boy Prophet” [Cem Anos de Progresso: O Menino Profeta], Woman’s Exponent, 34, nº 7, janeiro de 1906, pp. 45–46.)

  18. Shinnston, Condado de Harrison, Virgínia (agora Virgínia Ocidental). (“In Memorian” [Em Memória], p. 20.)

  19. Doutrina e Convênios 42:7; ver também Mateus 3:2; 4:17.

  20. Bathsheba Smith conta novamente a história de sua conversão lembrando que, depois do batismo e da confirmação, “o Espírito do Senhor desceu sobre mim e eu soube que Ele me aceitara como membro em Seu Reino”. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia], p. 2.)

  21. Aqui ela se refere à prisão de Joseph e Hyrum Smith em Far West, Missouri, no final do outono de 1838. Ela se lembra de ter visto “milhares de turbas organizadas contra os santos, e ouvi seus berros e gritos selvagens quando nosso profeta Joseph e seus irmãos foram levados para o acampamento. Eu vi muito, muito do sofrimento que foi infligido sobre nosso povo por aqueles homens sem lei. Naqueles momentos angustiantes, o Espírito do Senhor estava conosco para nos consolar e sustentar, e recebemos um testemunho seguro de que estávamos sendo perseguidos por causa do evangelho”. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 4–5.)

  22. Em 8 de julho de 1838, Joseph Smith ditou uma revelação chamando os Doze Apóstolos para servir missão “atravessando as grandes águas”, e deveriam partir “da cidade de Far West, no dia vinte e seis de abril próximo [1839]”. Em 26 de abril de 1839, a maioria dos doze apóstolos tinha ido de Illinois para Far West, a fim de cumprir a revelação. George A. Smith era um apóstolo naquela ocasião; ele partiu para a Inglaterra em 21 de setembro de 1839, voltou para Nauvoo em 1841, e casou-se em seguida com Bathsheba Smith. (Joseph Smith, Diário, 8 de julho de 1838–A [D&C 118], em Dean C. Jessee, Mark Ashurst-McGee, e Richard L. Jensen, eds., Journals [Diários], Volume 1, 1832–1839, vol. 1 da série de Diários de The Joseph Smith Papers [Diários de Joseph Smith], ed. Dean C. Jessee, Ronald K. Esplin, e Richard Lyman Bushman, Salt Lake City: Church Historian’s Press, 2008, p. 54; Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 8–9, 42.)

  23. Em Nauvoo, Bathsheba Smith teve grande oportunidade de conhecer Joseph Smith. Ela lembrou: “Aqui continuei a participar pontualmente das reuniões; tive muitas oportunidades de ouvir as pregações de Joseph Smith, procurando tirar proveito de suas instruções, tendo recebido muitos testemunhos sobre a veracidade das doutrinas que ensinou”. De acordo com Emmeline B. Wells, quando George A. Smith morreu em 1875, ele incentivou a esposa a “viver e prestar testemunho do profeta Joseph Smith e do trabalho do Senhor estabelecido por meio de sua missão divina”. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 26; Wells, “A Loving Tribute” [Um Tributo Amoroso], p. 18.)

  24. Ver Livro de Atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo, 17 de março de 1842, pp. 6–15, em Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 anos], pp. 28–37; Jill Mulvay Derr e Carol Cornwall Madsen, “‘Something Better’ for the Sisters: Joseph Smith and the Female Relief Society of Nauvoo” [‘Algo Melhor’ Para as Irmãs: Joseph Smith e a Sociedade de Socorro Feminina de Nauvoo] em Joseph Smith and the Doctrinal Restoration: The 34th Annual Sidney B. Sperry Symposium [ Joseph Smith e a Restauração Doutrinária: 34º Simpósio Anual Sidney B. Sperry], Provo, UT: Religious Studies Center, Brigham Young University, 2005, pp. 123–143.

  25. Em sua autobiografia, Bathsheba Smith registrou que as turbas queimaram 175 casas em Nauvoo. Seu marido, George A. Smith, liberou os homens que estavam trabalhando no templo para formar um grupo e dispersar as turbas, mas o grupo foi preso pela milicia estadual. Este fato desencadeou o êxodo de Nauvoo. Bathsheba e George A. Smith deixaram Nauvoo com a família em fevereiro de 1846. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia], pp. 10–12.)

  26. A família Smith perdeu vários de seus membros em Winter Quarters. Bathsheba deu à luz um filho, que viveu apenas algumas horas e ela permaneceu doente por alguns meses depois disso. A mãe dela faleceu e também uma das esposas plurais de George A. Smith e seu bebê. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia], p. 15.)

  27. A família Smith chegou no Vale do Lago Salgado no outono de 1849. (Smith, “Autobiography” [Autobiografia]. pp.19, 25.)

  28. Lucy Mack Smith expressou um sentimento similar em seu discurso na conferência de 1845, “Este evangelho de boas-novas a todos”, capítulo 5, nesta publicação.

  29. Ver Tiago 1:27.

  30. Ver Jill Mulvay Derr, Janath Russell Cannon, e Maureen Ursenbach Beecher, Women of Covenant: The Story of Relief Society [Mulheres do Convênio: A História da Sociedade de Socorro], Salt Lake City: Deseret Book, 1992, pp. 157–160.

  31. Ver Mateus 7:3–5; e Lucas 6:42.

  32. Ver Filipenses 2:12; e Mórmon 9:27.

  33. Bathsheba Smith está parafraseando um ensinamento popular do ex-presidente da Igreja, Lorenzo Snow. Com base nos ensinamentos de Joseph Smith, Snow ensinou: “Como o homem é agora, Deus já foi; como Deus é agora, o homem pode vir a ser”. Em um sermão proferido no funeral do membro da Igreja, King Follett, em 7 de abril de 1844, Joseph Smith ensinou: “O próprio Deus, entronizado em céus distantes, já foi como somos agora. (…) Se vós pudésseis vislumbrá-lo hoje, vê-lo-íeis em forma de homem; pois Adão foi criado à própria imagem e semelhança de Deus, e dele recebia instruções e com ele andava, falava e conversava, exatamente como um homem fala e conversa com outro”. (“President Snow’s Response” [A Resposta do Presidente Snow], Deseret Evening News, 15 de junho de 1901; “Conference Minutes” [Atas das Conferências] Times and Seasons, 5, nº 15, 15 de agosto de 1844, pp. 613–614.)

  34. Doutrina e Convênios 93:36.

  35. Brigham Young disse: “A aniquilação não existe, pois não se pode destruir os elementos dos quais as coisas são feitas”. Um hino escrito por William W. Phelps em 1856 também ilustra esse ponto. Esse hino está incluso no hinário atual dos santos dos últimos dias como “If You Could Hie to Kolob” [Se Você Pudesse ir a Colobe], Hinos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1985), nº 284. (Brigham Young, “Consecration” [Consagração], em Journal of Discourses [Diário de Discursos], 26 vols., Liverpool: várias editoras, 1855–1886], vol. 2, p. 302; William W. Phelps, “There Is No End” [Não Há Fim], Deseret News, 19 de novembro de 1856; The Latter-day Saints’ Psalmody: A Collection of Original Tunes [Os Salmos dos Santos dos Últimos Dias: Uma Coleção de Músicas Originais], Salt Lake City: Deseret News, 1896, nº 252.)

  36. Doutrina e Convênios 131:6.

  37. Doutrina e Convênios 130:22; 88:6–13; João 14:26; 1 Coríntios 13:13.