História da Igreja
5. Este evangelho de boas-novas a todos: Lucy Mack Smith


“5. Este evangelho de boas-novas a todos: Lucy Mack Smith”, Ao Púlpito: 185 anos de discursos proferidos por mulheres santos dos últimos dias, 2017, pp. 21–26

“5. Lucy Mack Smith”, Ao Púlpito, pp. 21–26

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Este evangelho de boas-novas a todos

Conferência geral

Terreno do templo, Nauvoo, Illinois

8 de outubro de 1845

Alguns meses após a morte de seus filhos Joseph, Hyrum e Samuel, Lucy Mack Smith (1775–1856) começou a ditar a história de sua vida e de sua família.1 Aos 69 anos, com problemas de saúde, ela sentia ser “um privilégio e meu dever (…) fazer um relato, como o meu último testemunho para o mundo, de onde partirei em breve”.2 Com a memória debilitada e permeada pela indignação e tristeza, às vezes ela apresentava uma “cronologia confusa e informações incompletas”; no entanto, o relato de Lucy Smith revela sua personalidade, suas atitudes, emoções, crenças e a compreensão que tinha do papel de Joseph Smith como profeta.3 Lucy Smith dedicou o verão de 1845 às revisões finais de seu manuscrito, que foi concluído em outubro, quando anunciou o projeto publicamente na conferência geral.4 Sua narrativa esclareceu a maior história institucional dos santos dos últimos dias.5

Ela sentia uma necessidade premente de testemunhar e falava com frequência em público, fazendo um relato, em primeira mão, de muitos eventos na história da Igreja. “Contei muitas coisas relativas a esses eventos para satisfazer a curiosidade de diversas pessoas — de fato, quase destruí meus pulmões contando essas histórias para os que se sentiam ansiosos para ouvi-las”, escreveu ela ao filho William.6 Na reunião da Sociedade de Socorro, em 31 de março de 1842, ela “queria prestar seu testemunho de que o Livro de Mórmon é o livro de Deus, que Joseph é um homem de Deus, um profeta do Senhor escolhido para liderar o povo. Se observarmos suas palavras, ficaremos bem; se vivermos retamente na Terra, ficaremos bem na eternidade”.7 Em 23 de fevereiro de 1845, ela falou em outra reunião pública, descrevendo as “provações e os problemas pelos quais passou enquanto ajudava a estabelecer a Igreja de Cristo, e as perseguições e aflições” que vivenciou com o assassinato de seus filhos, Joseph e Hyrum, no ano anterior. Hosea Stout registrou que aqueles que a ouviram falar “ficaram profundamente comovidos com as observações desta ‘mãe’ entre as ‘mães em Israel’, pois ela lhes falou com profundo pesar e com o coração partido em razão dos problemas que enfrentara”.8

A idade avançada de Lucy Smith e os crescentes problemas de saúde a impediam de participar das atividades que ela desfrutara anteriormente. Na segunda reunião da Sociedade de Socorro, em março de 1842, ela chorou e disse às mulheres que “estava avançada em anos e não poderia ficar muito tempo”. Algumas semanas mais tarde, ela “falou com sincero pesar por sua situação solitária” e também compartilhou repetidamente seu testemunho, mesclado com sua história.9 Os santos cuidaram dela quando ficou viúva. Após o assassinato de Joseph e de Hyrum Smith pelas turbas, em junho de 1844, Sarah M. Kimball, membro da Sociedade de Socorro, visitou a mãe Smith para oferecer-lhe consolo, permitindo-lhe testificar sobre a inocência de seus filhos.10 Wilford Woodruff abençoou Lucy Mack Smith em 23 de agosto de 1844, referindo-se a ela como “a mais notável mãe em Israel”. Ele disse: “Tu viveste e suportaste a morte de teus filhos pela fúria das mãos dos gentios e, como uma rocha impenetrável no meio do profundo abismo, permaneceste inamovível até que Deus te concedeu, de acordo com os desejos do teu coração, ver as chaves do reino de Deus nas mãos de tua posteridade”.11 Em 9 de julho de 1845, os bispos Newel K. Whitney e George Miller ofereceram um jantar público para os membros da família Smith, incluindo Lucy e Emma Hale Smith.12 Brigham Young prometeu cuidar de Lucy Mack Smith enquanto os santos se preparavam para deixar Nauvoo, Illinois, em direção ao Oeste, mas ela permaneceu em Nauvoo com três filhas e com a nora Emma.13

A mãe Smith tinha 70 anos quando discursou em uma conferência geral, realizada no Templo de Nauvoo.14 A conferência ocorreu em meio à violência contra os santos dos últimos dias, em áreas fora de Nauvoo, durante o mês anterior. Brigham Young havia aceitado publicamente que os santos deixassem Nauvoo na próxima primavera.15 Na conferência, Brigham Young e outros líderes falaram sobre o êxodo que se aproximava. Em 8 de outubro de 1845, o último dos três dias de conferência, Lucy Smith pediu para subir ao púlpito para dar uma resposta à discussão sobre a ida para o Oeste. De acordo com o jornal da Igreja, Times and Seasons, “ela falou por um tempo considerável e de modo audível, de forma a ser ouvida por grande parte da vasta congregação”.16 Lucy Smith expressou suas crenças religiosas e compartilhou seu testemunho ao mesmo tempo em que recontava eventos dos primórdios da história da Igreja. Esse é o primeiro relato de uma mulher falando em uma conferência geral.17

Irmãos e irmãs, tenho olhado à minha volta para esta congregação. Há muito tempo tenho aguardado pelo momento em que o Senhor me daria forças para olhar para vocês e para meus filhos.18 Sinto-me solene. Quero que todos olhem para dentro de si mesmos e vejam por que vieram aqui, se vieram para seguir a Cristo por um motivo bom ou ruim ou por qualquer outro motivo. Quero lhes dar um conselho e quero ter um tempo para falar sobre meu marido, Hyrum e Joseph. Quero dar a todos o meu conselho. Brigham Young tem feito o trabalho e organizado todas as coisas. Por muito tempo, tenho desejado lhes perguntar se vocês estão desejosos de receber mercadoria roubada ou não.19 Quero saber se vocês acreditam em tais coisas. Há algo que quero lhes falar — talvez tenhamos aqui 2 mil pessoas que nunca conheceram o sr. Smith ou a minha família. Eu criei 11 filhos, sendo sete meninos.20 Eu os criei no temor a Deus. Quando tinham 2 ou 3 anos, eu lhes dizia que queria que amassem a Deus de todo o coração. Eu lhes ensinei a praticarem o bem.

Convido todos vocês a fazer o mesmo. Deus nos dá nossos filhos e somos responsáveis por eles. E faço uma advertência de que seja no temor de Deus. Quero que ensinem suas criancinhas a temer a Deus. Quero que lhes ensinem sobre José do Egito e todas as coisas e, quando eles tiverem 4 anos, vão amar a leitura da Bíblia. Acredito que nunca houve uma família mais obediente do que a minha e eu não precisava falar mais do que uma vez. Coloquem seus filhos para trabalhar e os eduquem para o bem-estar deles. Não deixem que eles fiquem soltos na rua.21 Se não consigo falar com poucos milhares aqui, como poderei me reunir com milhões e lhes falar na glória celestial? Quero que os rapazes se lembrem de que amo as crianças, os jovens e a todos. Quero que eles sejam obedientes aos seus pais. Que sejam bons, gentis e que quando estiverem sozinhos ajam da mesma maneira que agiriam na presença de uma multidão. Eu os chamo de irmãos, irmãs e filhos e, se vocês me consideram uma mãe em Israel, quero que digam isso. (O presidente B. Young se levantou e disse: “Todos os que consideram mãe Smith uma mãe em Israel se manifestem dizendo sim”. Brados em alta voz disseram “Sim!”)22

Fiquei muito magoada ao ouvi-los dizer “velha mãe Smith” — “Lá vai a velha mãe Smith.” Meus sentimentos ficaram profundamente feridos.

Quero lhes falar sobre a morte. No dia 22 de setembro passado, fez 18 anos que Joseph retirou as placas que estavam enterradas na terra; 18 anos na última segunda-feira23 desde que Joseph Smith, o profeta do Senhor —

Era de manhã quando meu filho me procurou e me disse que havia retirado as placas enterradas na terra. Ele disse: “Vá e conte para os três (da família Harris) que retirei as placas da terra24 e quero que Martin me ajude. Quero transcrever alguns caracteres e enviá-los a Nova York”.25

Tenho agora 70 anos de vida. Já faz 18 anos desde que comecei a receber este evangelho de boas-novas a todos os povos.26 Tenho tudo isso em um registro histórico e quero que este povo seja tão bom e tão gentil que publique esses registros antes de partir para o Oeste.27 Martin Harris foi a primeira pessoa que ajudou Joseph no trabalho de impressão do Livro de Mórmon,28 pois o evangelho não poderia ser pregado até que o livro estivesse pronto. Tínhamos somente a minha família e Martin Harris para fazer tudo isso. Assim que eles começaram, o diabo começou a rugir e procurou destruí-los. Mas, um pouco antes de sermos forçados a sair de casa, Joseph foi para a Pensilvânia.29 Hyrum e Samuel tinham que cortar árvores o dia todo e, à noite, retiravam a madeira para conseguir recursos e ajudar Joseph a publicar o livro. Somente duas pessoas sustentavam a casa.30

Foi assim que começou e, agora, vejam o que uma congregação está falando aqui sobre ir para o Oeste, isso pode ser fácil. Minha família foi capaz de trabalhar e obter os recursos para imprimir o Livro de Mórmon. Não desanimem e nem digam que não conseguem obter os vagões e as provisões. Como disse Brigham, vocês devem fazer todas as coisas com honestidade ou não chegarão lá.31 Se sentirem raiva, terão problemas.

Minha família trabalhou para conseguir imprimir o livro. O anjo do Senhor lhes disse o que fazer. Eles começaram há 18 anos.

Milhares se filiaram à Igreja desde essa época e não conheceram Joseph, Hyrum, [Don] Carlos ou William — todos eles morreram, menos William que está desaparecido.32

Tenho três filhas em casa que nunca tiveram coisas de valor, mas trabalharam para a Igreja.33 Depois que o livro foi impresso, Samuel levou algumas cópias para vender e foi rejeitado três vezes.34 Ele foi até a casa do irmão Green, um pregador metodista.35 Samuel lhe disse: “Gostaria de comprar um livro?” A esposa do pastor perguntou: “O que é isso?” Samuel respondeu: “É o Livro de Mórmon, que meu irmão Joseph traduziu de placas que estavam enterradas”. Ela pediu ao marido, mas ele não comprou. Samuel deixou um exemplar até retornar. Ele tinha que vendê-los para comprarmos comida. Quero lhes contar isso para que não reclamem das dificuldades. Ele foi até uma casa e ofereceu um livro em troca de comida.36 Ele procurou novamente a irmã Green e ela disse que ele deveria pegar o livro de volta. Samuel pegou o livro e ficou olhando para ela por um longo tempo.37 Posteriormente, ela me disse que nunca vira um homem com a aparência dele e que sabia que ele tinha o Espírito de Deus. Ele disse: “O Espírito me impede de levar esse livro”. Ela se ajoelhou e lhe pediu que orasse com ela. Ela leu o Livro de Mórmon e se filiou à Igreja.38 Desse modo, o trabalho começou para, em seguida, espalhar-se como uma semente de mostarda.39

Depois que a Igreja começou a crescer, fomos expulsos de um lugar para outro, primeiro para Kirtland e, em seguida, para o Missouri.40 William e a esposa de Samuel e outros ficaram doentes41 e eu estava cuidando de 20 ou 30 pessoas doentes durante os ataques.42 Eu me sentia forte e com saúde. Naquela época, eu era capaz de cuidar de 30 pessoas doentes melhor do que posso sentar em minha cadeira agora.

Enquanto estava doente, William teve uma visão de uma turba vindo até nós. Ele contou que viu milhares deles chegando e disse: “Mãe, você será levada e, se eu morrer, quero que cuide de minha esposa. Quero que leve meu corpo para onde você for”. No dia em que William conseguiu andar pela primeira vez até a porta, a turba chegou. Dez homens entraram em meu quarto depois de terem levado Joseph e Hyrum para o acampamento deles.43 Muitos gritavam em meus ouvidos. Como vocês acham que me senti? Vocês se sentem compadecidos por mim?

Eu não pude ver meus filhos enquanto estavam no acampamento e, agora, eles estão no túmulo. Dez homens entraram e disseram: “Viemos para matar o chefe da família”. Eu perguntei: “Querem me matar?” e responderam que sim. Eu disse: “Quero que façam isso logo e, então, ficarei feliz”.44 Eles disseram: “Malditos mórmons, eles querem morrer tanto quanto querem viver”. Em 15 minutos, Joseph e Hyrum foram julgados por uma corte marcial e condenados à morte. Um homem veio até mim e disse: “Mãe Smith, se quiser ver Joseph novamente, você deve ir agora, porque ele será executado no Condado de Jackson”.45 Ele segurou a minha mão e, dessa maneira, passamos no meio da multidão até o carroção.

Os homens levantaram suas espadas e juraram que eu não veria meus filhos. Finalmente, cheguei no carroção e ergui a mão. Joseph a segurou e a beijou. Eu disse: “Joseph, deixe-me ouvir sua voz uma vez mais”. Ele disse: “Que Deus a abençoe, minha pobre mãe”. Então, eles foram levados, presos com algemas.46 Meu filho William e a esposa estavam doentes,47 e também a esposa de Samuel e várias outras pessoas, que estavam sob meus cuidados.48 Depois desses acontecimentos, tivemos que nos mudar.

Posteriormente, Joseph foi à cidade de Washington.49 Chovia intensamente durante os três dias em que viajamos sem proteção alguma. Andamos por dez quilômetros pelo leito do rio. Minhas roupas estavam tão molhadas que eu mal conseguia andar e estava nevando com granizo quando chegamos ao rio Quincy.50 Fizemos uma cama sobre a fria neve e nos cobrimos com um cobertor; tiramos as meias e fizemos o melhor que pudemos. Pela manhã, o cobertor estava coberto com gelo. Não conseguimos acender uma fogueira na neve.51 Joseph seguiu para a cidade de Washington, pois tivera uma visão de que deveria procurar o governador e o presidente e, se eles não o ouvissem, o Senhor lhe dissera que atormentaria a nação.52 Quando retornou para casa, Joseph fez uma pregação entre a casa do sr. Durfee e a Mansion House. Ele falou aos irmãos e às irmãs que havia feito por eles tudo o que podia. Disse ele: “As turbas estão decididas. Não haverá justiça enquanto ficarmos em Nauvoo”.53 Ele dizia: “Tenham coragem. Vocês nunca mais ficarão sem alimento como antes”. Ele disse: “Todos esses casos estão registrados na Terra e, o que é registrado na Terra, é registrado no céu.54 Quanto aos nossos governantes retirarem nossas propriedades, vou levar isso à suprema corte nos céus”. Ele repetiu essas palavras três vezes. Eu mal sabia que ele o faria tão rápido. A justiça nunca foi feita até ele levar esse caso ao céu.

O Senhor tem o marechal lá.55 Nossos sofrimentos são conhecidos no céu e vocês não acham que nosso caso está sendo julgado lá? Eu acho que eles farão mais pelos membros da Igreja no céu do que poderiam fazer se estivessem aqui. Sinto que seria uma bênção se todos pudessem permanecer em casa. Sinto que Deus está afligindo a nação, um pouco aqui e um pouco ali e sinto que o Senhor permitirá que o irmão Brigham conduza as pessoas para outro lugar. Não sei se irei para o Oeste, mas, se o resto da minha família for, irei e oro para que o Senhor abençoe os líderes da Igreja, o irmão Brigham e todos vocês e, quando eu for para o outro lado do véu, quero me encontrar com todos vocês. Em Nauvoo, estão enterrados meu marido e meus filhos.56 Quero ser enterrada ao lado deles para que, na ressurreição, possa me levantar com meu marido e meus filhos; mas irei para o Oeste se os outros filhos forem. Sinceramente, desejo de todo o meu coração que eles vão. Minha família não ficará sem mim e, se eu for, quero que meus ossos sejam trazidos de volta e colocados ao lado do meu marido e dos meus filhos.57

  1. Lucy Smith foi auxiliada por Martha Knowlton Coray, uma professora de Nauvoo, e por seu marido, Howard Coray, que servira como escrevente e historiador para Joseph Smith. Ela foi incentivada pelo Quórum dos Doze Apóstolos a escrever sua história pessoal (Howard Coray, “Journal of Howard Coray” [Diário de Howard Coray], datilografado, p. 16, Biblioteca de História da Igreja; Lucy Mack Smith para William Smith, 23 de janeiro de 1845, p. 2, Biblioteca de História da Igreja).

  2. Lucy Mack Smith, History, 1844–1845, 18 livros, livro 1, Biblioteca de História da Igreja; ver também Coray, “Journal of Howard Coray” [Diário de Howard Coray], p. 16.

  3. Jan Shipps, Mormonism: The Story of a New Religious Tradition [Mormonismo: A história de uma nova tradição religiosa], Urbana: University of Illinois Press, 1987, pp. 95–96; Richard Lyman Bushman, Joseph Smith: Rough Stone Rolling [Joseph Smith: Uma pedra bruta], Nova York: Alfred A. Knopf, 2005, pp. 8–9.

  4. Lavina Fielding Anderson, editora, Lucy’s Book: A Critical Edition of Lucy Mack Smith’s Family Memoir [O Livro de Lucy: Uma edição crítica das memórias familiares de Lucy Mack Smith], Salt Lake City: Signature Books, 2001, p. 90.

  5. Shipps, Mormonism [Mormonismo], p. 92.

  6. Lucy Mack Smith para William Smith, 23 de janeiro de 1845, p. 4.

  7. Nauvoo Relief Society Minute Book [Livro de atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo], 31 de março de 1842, p. 24, em Jill Mulvay Derr, Carol Cornwall Madsen, Kate Holbrook e Matthew J. Grow, editores, The First Fifty Years of Relief Society: Key Documents in Latter-day Saint Women’s History [Os Primeiros 50 Anos da Sociedade de Socorro: Documentos importantes na história das mulheres santos dos últimos dias], Salt Lake City: Church Historian’s Press, 2016, p. 45.

  8. Lucy Mack Smith falou em uma reunião na casa do bispo Jonathan Hale, na qual ela incentivou os pais a criarem os filhos em obediência (Hosea Stout, Journal, 23 de fevereiro de 1845, Biblioteca de História da Igreja; também disponível em Juanita Brooks, editor, On the Mormon Frontier: The Diary of Hosea Stout [Na Fronteira Mórmon: O diário de Hosea Stout], 1844–1861, Salt Lake City: University of Utah Press, 1964).

  9. Nauvoo Relief Society Minute Book, [Livro de atas da Sociedade de Socorro de Nauvoo], 24 de março de 1842, p. 17; 19 de abril de 1842, p. 31, em Derr e outros, First Fifty Years [Os Primeiros 50 Anos], pp. 38, 50.

  10. Sarah M. Kimball para [Serepta] Heywood, aprox. 1844, Joseph L. Heywood Letters, Biblioteca de História da Igreja.

  11. Wilford Woodruff, Journal, 23 de agosto de 1844, Biblioteca de História da Igreja.

  12. “Dinner to the Smith Family” [Jantar para a família Smith], Nauvoo Neighbor, 16 de julho de 1845.

  13. William Clayton e Thomas Bullock, “Conference Minutes” [Atas de conferência], Times and Seasons, 6, nº 16, 1º de novembro de 1845, p. 1014. Emma Smith se afastou de Brigham Young e de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Bushman, Rough Stone Rolling [Uma Pedra Bruta], pp. 554–555).

  14. O jornal da Igreja registrou a respeito dessa conferência que “cerca de 5 mil santos sentiram uma alegria inexprimível e grande gratidão por se reunir pela primeira vez na casa do Senhor, na cidade de Joseph” (“First Meeting in the Temple” [A primeira reunião no templo], Times and Seasons, 6, nº 16, 1º de novembro de 1845, p. 1017).

  15. Brigham Young, “To the Brethren of the Church of Jesus Christ of Latter Day Saints, Scattered Abroad throughout the United States of America” [Para os Irmãos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias espalhados por todos os Estados Unidos da América], Times and Seasons, 6, nº 16, 1º de novembro de 1845, p. 1018.

  16. Clayton e Bullock, “Conference Minutes” [Atas de Conferência], p. 1013. O jornal Times and Seasons fez um relatório dessa conferência e incluiu um breve resumo do discurso de Lucy Smith. O discurso já foi publicado com notas explicativas em Ronald W. Walker, “Lucy Mack Smith Speaks to the Nauvoo Saints” [Lucy Mack Smith fala aos santos em Nauvoo], BYU Studies 32, nº 1–2, 1991: pp. 276–284

  17. A próxima mulher a discursar em uma sessão da conferência geral foi Zina D. H. Young, que falou brevemente em uma reunião combinada do sacerdócio e da organização de Melhoramentos Mútuos, em 7 de outubro de 1879 (“Conferência Geral. Segundo dia”, Deseret News, 15 de outubro de 1879; ver também Apêndice nesta publicação).

  18. Dois meses antes da conferência, o filho de Lucy, William Smith, observou que a “mãe Smith não está muito bem neste verão” (William Smith para J. Grant Jr., 12 de agosto de 1845, em Nauvoo Neighbor, 20 de agosto de 1845).

  19. Lucy Smith está se referindo aos comentários feitos por Brigham Young sobre roubos praticados por mórmons como retaliação pelas ameaças provenientes dos opositores aos santos dos últimos dias. Desde o conflito de 1838, no Missouri, as facções antimórmon frequentemente alegavam que suas mercadorias estavam sendo roubadas pelos mórmons (Historian’s Office, General Church Minutes [Escritório do Historiador, Atas Gerais da Igreja], 1839–1877, 8 de outubro de 1845, Biblioteca de História da Igreja; ver também “Affidavits” [Depoimentos], Quincy [IL] Whig 8, nº 26, 16 de outubro de 1845, pp. 1–2; e John E. Hallwas e Roger D. Launius, editores, Cultures in Conflict: A Documentary History of the Mormon War in Illinois [Culturas em Conflito: Um documentário histórico da guerra mórmon em Illinois], Logan: Utah State University Press, 1995, pp. 243–245).

  20. Nove filhos de Lucy Smith chegaram à idade adulta: Alvin, Hyrum, Sophronia, Joseph, Samuel, William, Katherine, Don Carlos e Lucy. Uma criança morreu ao nascer e outra morreu na infância (“Joseph Smith Pedigree Chart” [Gráfico genealógico de Joseph Smith], acessado em 3 de setembro de 2015, josephsmithpapers.org).

  21. Conselhos gerais sobre criar os filhos naquela época em Nauvoo incluíam admoestações para manter os meninos em casa em vez de permitir que ficassem vagando pelas ruas, causando problemas (“Boys” [Meninos], Nauvoo Neighbor, 30 de abril de 1845; sermão de Brigham Young, 4 de maio de 1845, General Church Minutes [Atas Gerais da Igreja]).

  22. Sobre o uso histórico da expressão “mãe em Israel”, ver Carol Cornwall Madsen, “Mothers in Israel: Sarah’s Legacy” [Mães em Israel: O legado de Sarah], em Women of Wisdom and Knowledge: Talks Selected from the BYU Women’s Conferences [Mulheres de Sabedoria e Conhecimento: Discursos selecionados das conferências das mulheres da BYU], editoras Marie Cornwall e Susan Howe, Salt Lake City: Deseret Book, 1990, pp. 179–201.

  23. Quando Lucy Mack Smith disse: “Dezoito anos desde a última segunda-feira”, ela estava enganada por uma semana. Joseph Smith registrou que obteve as placas em 22 de setembro de 1827, 18 anos e duas semanas antes da Conferência Geral de Outubro em que Lucy Mack Smith falou (Karen Lynn Davidson, David J. Whittaker, Mark Ashurst-McGee e Richard L. Jensen, editores, Histories, volume 1: Joseph Smith Histories [Histórias de Joseph Smith], 1832–1844, vol. 1 da série de histórias do The Joseph Smith Papers [Diários de Joseph Smith], editor Dean C. Jessee, Ronald K. Esplin e Richard Lyman Bushman, Salt Lake City: Church Historian’s Press, 2012, pp. 14–15).

  24. Lucy Mack Smith, History [História], 1844–1845, livro 6, pp. 3–4. Naquela época, Polly Harris, a irmã viúva de Lucy Harris, vivia com Martin e Lucy Harris (Madge Harris Tuckett e Belle Harris Wilson, The Martin Harris Story: Special Witness to the Book of Mormon [A História de Martin Harris: Testemunha especial do Livro de Mórmon], Provo, UT: Maasai, 1983, pp. 17–18).

  25. De acordo com o relato de Martin, Joseph Smith copiou os caracteres de uma parte das placas de ouro. Depois, Martin Harris, um dos primeiros membros da Igreja e que deu suporte financeiro a Joseph Smith, levou o documento para Nova York e mostrou os caracteres a estudiosos, inclusive Charles Anthon, um professor de estudos clássicos e literatura (Michael Hubbard MacKay, Gerrit J. Dirkmaat, Grant Underwood, Robert J. Woodford e William G. Hartley, editores, Documents, volume 1: julho de 1828–junho de 1831, vol. 1 da série de documentos do The Joseph Smith Papers [Diários de Joseph Smith], editor Dean C. Jessee, Ronald K. Esplin e Richard Lyman Bushman, Salt Lake City: Church Historian’s Press, 2013, pp. 355–357).

  26. Ver Lucas 2:10.

  27. Lucy Mack Smith, Biographical Sketches of Joseph Smith the Prophet, and His Progenitors for Many Generations [Esboços Biográficos de Joseph Smith, o Profeta, e Seus Progenitores por Muitas Gerações], Liverpool: Orson Pratt, 1853, só foi publicado em 1853. Hoje, o livro é mais conhecido como História do Profeta Joseph Smith, por Sua Mãe. Embora Brigham Young tenha dado apoio para Lucy Mack Smith escrever a história, posteriormente ele desaprovou o livro, pois acreditava que continha inconsistências.

  28. Harris hipotecou sua fazenda para fazer o pagamento de 3 mil dólares, necessários para publicar 5 mil cópias do Livro de Mórmon (MacKay e outros, JSP [Diários de Joseph Smith], D1, pp. 86–88).

  29. A família Smith perdeu sua casa recém-construída na execução de uma hipoteca, em 1º de abril de 1829. Na primavera de 1828, Joseph Smith mudou-se para o Condado de Susquehanna para escapar de uma crescente oposição contra ele em Palmyra, Nova York (Walker, “Lucy Mack Smith Speaks to the Nauvoo Saints” [Lucy Mack Smith fala aos santos de Nauvoo] 282n15; Davidson e outros, JSP [Diários de Joseph Smith], H1, pp. 238–239).

  30. Joseph Smith adquiriu os direitos autorais do Livro de Mórmon e retornou, em seguida, para a Pensilvânia com o plano de ter guarda-costas para proteger o manuscrito o tempo todo (Lucy Mack Smith, History [História], 1845, pp. 158–159, Biblioteca de História da Igreja).

  31. Brigham Young falou um pouco antes de Lucy Mack Smith, incentivando os membros de Nauvoo a serem honestos nos negócios com os vizinhos e a não responderem com violência aos ataques (General Church Minutes [Atas Gerais da Igreja], 8 de outubro de 1845; ver também “Journal of Thomas Bullock” [Diário de Thomas Bullock], BYU Studies, 31, nº 1, inverno de 1991, pp. 24–25).

  32. Em maio de 1845, William Smith, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, havia retornado de uma missão aos estados do leste dos Estados Unidos. Enquanto William estava no Leste, rapidamente surgiram discussões entre ele e os outros apóstolos quanto ao seu comportamento, sua autoridade como patriarca da Igreja, a autoridade de Brigham Young como presidente dos doze apóstolos e o ensino público de William sobre o casamento plural. William Smith saiu de Nauvoo no meio da noite, em 12 de setembro de 1845. Dois dias antes do discurso da mãe, no primeiro dia da conferência geral, William Smith não foi apoiado como membro do Quórum dos Doze Apóstolos, como resultado de objeções. Ele foi excomungado em 19 de outubro de 1845. (Kyle R. Walker, William B. Smith: In the Shadow of a Prophet [William B. Smith: Na sombra de um profeta], Salt Lake City: Greg Kofford Books, 2015, pp. 229–245, 257–258, 298–300; Clayton e Bullock, “Conference Minutes” [Atas da Conferência], p. 1008; Willard Richards, “Notice” [Anúncio], Times and Seasons, 6, nº 16, 1º de novembro de 1845, p. 1019; Hosea Stout, Journal [Diário], 19 de outubro de 1845).

  33. Joseph Smith Sr. e Lucy Mack Smith tinham três filhas: Sophronia Smith [Stoddard], Katharine Smith [Salisbury] e Lucy Smith [Millikin]. As três irmãs permaneceram com a família em Illinois depois que os santos foram para o Oeste (ver Kyle R. Walker, editor, United by Faith: The Joseph Sr. and Lucy Mack Smith Family [Unidos pela Fé: A família de Joseph Sr. e Lucy Mack Smith], American Fork, UT: Covenant Communications, 2005, pp. 187–195, 326–332, 416–418).

  34. Logo depois da publicação do Livro de Mórmon, no final de junho de 1830, Samuel Smith saiu em missão e levou alguns exemplares do livro para vender. No primeiro dia, ele viajou 40 quilômetros e foi rejeitado por vários compradores potenciais (Smith, History [História], 1845, pp. 169–170).

  35. John Portineus Greene era membro da Igreja Metodista Episcopal e da Igreja Metodista Reformada, em Mendon, Nova York. A esposa dele, Rhoda Young Greene, era irmã de Brigham Young (Walker, “Lucy Mack Smith Speaks to the Nauvoo Saints” [Lucy Mack Smith Fala aos Santos de Nauvoo], 283n19).

  36. Samuel Smith dormiu debaixo de uma macieira e, depois, fez o desjejum com uma viúva. Como um gesto de gratidão, deu a ela um exemplar do Livro de Mórmon (Smith, Biographical Sketches of Joseph Smith the Prophet [Esboços Biográficos da História de Joseph Smith, o Profeta], p. 152).

  37. De acordo com a história contada por Lucy Mack Smith, Rhoda Greene pegou o livro e, em seguida, começou a chorar (Smith, History [História], 1845, p. 187).

  38. O casal Greene foi batizado em abril de 1831 (John P. Greene para irmão D. C. Smith, 29 de janeiro de 1841, em Times and Seasons, 2, nº 3, 15 de fevereiro de 1841, pp. 325–326).

  39. Ver Lucas 13:19. Em uma missão subsequente a Mendon, Nova York, Samuel Smith mostrou o Livro de Mórmon a Phineas Young, irmão de Rhoda Young Greene e Brigham Young, que eventualmente culminou com a conversão e o batismo de Heber C. Kimball e outros (Dean L. Jarman e Kyle L. Walker, “Samuel Harrison Smith” em Walker, United by Faith [Unidos pela Fé], pp. 210–211).

  40. A família Smith se mudou de Nova York para Ohio em 1831 e, posteriormente, de Ohio para o Missouri, em 1838. Eles ficaram no Missouri somente por sete meses (Lavina Fielding Anderson, “Lucy Mack Smith”, em Walker, United by Faith [Unidos pela Fé], pp. 62–66).

  41. No verão de 1838, William Smith e a esposa, Caroline Grant Smith, ficaram doentes e impossibilitados de cuidar de si mesmos e dos filhos. Seu irmão, Samuel, os levou para a casa dos pais deles em Far West, Missouri. A esposa de Samuel Smith, Mary Bailey Smith, deu à luz um bebê em 1º de agosto de 1838 (Walker, William B. Smith, p. 263; Smith, History [História], 1845, p. 247; Jarman e Walker, “Samuel Harrison Smith”, p. 225).

  42. Em 1838, a oposição à expansão das colônias dos santos dos últimos dias no Missouri resultou em conflitos violentos entre os santos e os habitantes não mórmons do Missouri. Lucy Mack Smith se refere aqui aos santos dos últimos dias que haviam sido expulsos de casa durante o conflito. O terreno em frente à taberna Smith estava “completamente repleto de camas, colocadas a céu aberto, onde as famílias eram obrigadas a dormir expostas a todo tipo de clima. (…) Era de doer o coração ver as crianças gripadas e doentes, chorando em volta das mães, pedindo comida, enquanto os pais não tinham meios de lhes dar conforto” (Alexander L. Baugh, A Call to Arms: The 1838 Mormon Defense of Northern Missouri [Um chamado às armas: A defesa mórmon de 1838 no norte do Missouri], Dissertations in Latter-day Saint History [Dissertações sobre a História dos Santos dos Últimos Dias], Provo, UT: Joseph Fielding Smith Institute for Latter-day Saint History; BYU Studies, 2000; Smith, History [História], 1845, p. 282).

  43. Em 31 de outubro de 1838, o major general Samuel D. Lucas, da milícia do Missouri, apresentou várias condições aos santos dos últimos dias para assegurar a paz. Acreditando que Lucas estava aberto a negociações adicionais, Joseph Smith e outros quatro líderes da Igreja se submeteram à prisão e entraram no acampamento da milícia nos arredores de Far West. Em 1º de novembro, Hyrum Smith foi preso e colocado com os outros prisioneiros (Samuel D. Lucas para Lilburn W. Boggs, 2 de novembro de 1838, Mormon War Papers [Documentos da Guerra Mórmon], Missouri State Archives [Arquivos do Estado do Missouri], Jefferson City; Hyrum Smith, “To the Saints Scattered Abroad” [Aos santos espalhados em outros lugares], Times and Seasons, 1, nº 2, dezembro de 1839, p. 21; Baugh, A Call to Arms [Um Chamado às Armas], p. 141).

  44. Provavelmente, Lucy se refere à ocupação caótica da milícia de Far West, Missouri, em novembro de 1838, quando antimórmons receberam permissão de assediar os santos na cidade (ver Michael Arthur to Clay County Representatives [Michael Arthur para os representantes do Condado de Clay], 29 de novembro de 1838, Mormon War Papers [Documentos da Guerra Mórmon]; ver também Smith, History [História], 1845, pp. 247–249, 253).

  45. Em 1º de novembro de 1838, Joseph Smith e outros seis prisioneiros foram julgados em uma corte marcial no acampamento da milícia e sentenciados à morte na manhã seguinte, na praça de Far West. O general de brigada, Alexander Doniphan, no entanto, se opôs à decisão e impediu as execuções. O major general Samuel D. Lucas decidiu, então, transportar os prisioneiros para o quartel general em Independence, Condado de Jackson, Missouri, levantando rumores de que as execuções ocorreriam lá. É provável que Lucy Mack Smith tenha adicionado o detalhe “15 minutos” à história para dar um clima dramático. Joseph Smith falou com a mãe e com a irmã, de dentro do carroção onde estava preso, em 2 de novembro de 1838, sendo, em seguida, aprisionado na Cadeia de Liberty, Missouri, até abril de 1839. Posteriormente, ele escapou da prisão (Heman C. Smith e outros, History of the Reorganized Church of Jesus Christ of Latter Day Saints [História da Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], 8 vols., Independence, MO: Reorganized Church of Jesus Christ of Latter Day Saints [Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias], 1896–1903, vols. 1–4, 1969–1976, vols. 5–8, 2, pp. 260–262; Eliza R. Snow para Isaac Streator, 22 de fevereiro de 1839, em “Eliza R. Snow Letter from Missouri” [Carta do Missouri de Eliza R. Snow], BYU Studies 13, nº 4, verão de 1973, p. 547; Hyrum Smith, Testimony [Testemunho], Nauvoo, IL, 1º de julho de 1843, Nauvoo [Illinois] Records [Registros de Nauvoo], pp. 13–16, Biblioteca de História da Igreja; Joseph Smith, Bill of Damages [Relação dos danos], 4 de junho de 1839, Joseph Smith Collection [Coleção de Joseph Smith, Biblioteca de História da Igreja]; Bushman, Rough Stone Rolling [Uma Pedra Bruta], pp. 356–382; Smith, History [História], 1845, p. 281).

  46. Lucy Mack Smith e a filha Lucy foram levadas até o carroção através da multidão. Como elas não tinham permissão para ver os prisioneiros, elas apertaram as mãos de Hyrum e de Joseph, por debaixo de um toldo fortemente fechado que cobria o carroção (Smith, History [História], 1845, pp. 280–281).

  47. Lucy Mack Smith lembrou que Samuel Smith trouxe para a casa dela o irmão William e a cunhada Caroline Grant Smith, ambos doentes (Smith, History [História], 1845, p. 250).

  48. Enquanto Mary Bailey Smith, esposa de Samuel, vivia no Condado de Daviess, Missouri, uma turba arrastou a ela e a seus filhos (incluindo um bebê recém-nascido) para fora de casa, sob condições climáticas rigorosas e queimou a casa. Samuel Smith não estava lá naquele momento. Por causa da exposição contínua e da falta de alimento, Mary Smith nunca se recuperou completamente (Jarman e Walker, “Samuel Harrison Smith”, p. 225).

  49. Joseph Smith foi para Washington, D.C., em 29 de outubro de 1839. Ele e Elias Higbee se reuniram com o presidente Martin Van Buren, com o senador John C. Calhoun e com membros da delegação de congressistas de Illinois, quando fizeram um relato sobre a perda de 2 milhões de dólares e apresentaram uma longa lista de abusos contra os mórmons no Missouri. Entretanto, eles não receberam suporte federal nem financeiro ou na forma de intervenção federal nos assuntos do estado (Bushman, Rough Stone Rolling [Uma Pedra Bruta], pp. 392–393, 396–397; Spencer W. McBride, “When Joseph Smith Met Martin Van Buren: Mormonism and the Politics of Religious Liberty in Nineteenth-Century America” [Quando Joseph Smith se reuniu com Martin Van Buren: O mormonismo e a política da liberdade religiosa na América do século 19], Church History [História da Igreja], p. 85, nº 1, março de 2016, pp. 19–27).

  50. Provavelmente o rio Mississippi, próximo a Quincy, Illinois.

  51. Em submissão forçada, por ordem do governador Lilburn W. Boggs, cerca de 8 mil membros da Igreja começaram a árdua migração para fora do Missouri, no início de 1839; muitos encontraram refúgio em Quincy, Illinois, no lado leste do rio Mississippi. Em fevereiro de 1839, Lucy e o marido se juntaram ao êxodo para Illinois, caminhando pelo lamaçal e acampando na neve (William G. Hartley, “‘Almost Too Intolerable a Burthen’: The Winter Exodus from Missouri” [Um fardo quase intolerável: O êxodo do Missouri no inverno], 1838–1839, Journal of Mormon History [Diário da história mórmon], 18, nº 2, outono de 1992, pp. 6–40; Smith, History [História], 1845, p. 286; Jarman e Walker, “Samuel Harrison Smith”, p. 228).

  52. Doutrina e Convênios 101:86–89; ver também Doutrina e Convênios 123:6.

  53. Joseph Smith relatou sua visita a Washington, D.C., na conferência realizada em 8 de abril de 1840. O sr. Durfee poderia ser Jabez Durfee, cuja esposa, Elizabeh Durfee, era membro da Sociedade de Socorro de Nauvoo (Robert B. Thompson, “Conference Minutes” [Atas de conferência], Times and Seasons, 1, nº 6, abril de 1840, p. 93).

  54. Doutrina e Convênios 127:7.

  55. Talvez Lucy Smith estivesse se referindo à morte de Miner R. Deming, o xerife do Condado Hancock, que era favorável aos mórmons, durante os julgamentos dos cinco homens acusados do assassinato de Joseph e Hyrum Smith, em maio de 1845. A morte de Deming encerrou uma frágil paz entre mórmons e não mórmons em relação a assuntos locais e levou ao aumento da violência da turba (Dallin H. Oaks e Marvin S. Hill, Carthage Conspiracy: The Trial of the Accused Assassins of Joseph Smith [Conspiração em Carthage: O julgamento dos acusados de assassinar Joseph Smith], Urbana: University of Illinois Press, 1975, pp. 193–194).

  56. Cinco membros da família de Lucy Mack Smith foram sepultados em Nauvoo: Joseph Smith Sr., falecido em 14 de setembro de 1840; Don Carlos Smith, falecido em 7 de agosto de 1841; Joseph Smith Jr. e Hyrum Smith, falecidos em 27 de junho de 1844; e Samuel Smith, falecido em 30 de julho de 1844. “Joseph Smith Pedigree Chart” [Árvore genealógica de Joseph Smith], JSP.

  57. Ao final do discurso de Lucy Smith, sua voz se enfraqueceu e grande parte da congregação não podia ouvir suas palavras. Brigham Young, então, ergueu-se e relatou o seguinte: “A mãe Smith propôs algo que alegrou meu coração: ela irá conosco. Posso responder pelas autoridades da Igreja; queremos que ela e seus filhos venham conosco; e eu me comprometo em nome das autoridades da Igreja que, enquanto tivermos qualquer coisa, eles compartilharão conosco. Nós estendemos a mão amiga para a mãe Smith” (Clayton e Bullock, “Conference Minutes” [Atas de Conferência], p. 1014).