Helamã 13–16

Pergunte aos alunos se eles se lembram de alguma ocasião em que eles (ou algum conhecido) tenham sido alertados de algum perigo e, depois, tenham ficado sabendo que por terem atendido ao alerta nada de mal lhes aconteceu. (Alguns possíveis exemplos são: prestar atenção às advertências encontradas em rótulos de remédios, atender às indicações das placas de trânsito, dar atenção a um alerta dos pais ou de um amigo, etc.) Leia a seguinte declaração do Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Uma mensagem dada por uma Autoridade Geral na conferência geral — uma mensagem preparada sob a influência do Espírito para levar adiante o trabalho do Senhor — não é proferida para que as pessoas gostem dela. É proferida para inspirar, edificar, desafiar ou corrigir. É proferida para ser ouvida sob a influência do Espírito do Senhor, e o resultado desejado é que o ouvinte aprenda com o discurso e pelo Espírito o que deve fazer a esse respeito” (“A Dedicação de Toda uma Vida”, Serão do SEI para os Jovens Adultos, 1º de maio de 2005, p. 1, www.LDSces.org, grifo do autor).

Leia Doutrina e Convênios 1:4–5 com a turma.

• Esses versículos dizem que o Senhor nos advertiria. De que forma isso acontece?

Uma dos principais métodos que o Senhor emprega para advertir Seu povo são as palavras dos profetas. Samuel, o lamanita, foi um profeta enviado pelo Senhor para advertir os nefitas de que seriam destruídos se não se arrependessem. Peça que metade da turma leia Helamã 13:1–6 para descobrir (1) como o Senhor alertou Samuel e (2) o que as pessoas precisavam fazer para dar ouvidos à advertência recebida. Peça que os demais alunos leiam Helamã 13:7–11 para descobrir (1) o que as pessoas perderiam e o que enfrentariam se não se arrependessem e (2) o que aconteceria se atendessem à advertência. Depois de dar-lhes tempo suficiente para ler, peça-lhes que formem duplas e discutam o que encontraram. Depois, dê-lhes a oportunidade de falar daquilo que aprenderam ao restante da turma. Sugere-se que, à medida que os alunos falarem, você anote resumidamente as ideias no quadro.

Espalhe pedrinhas pelo chão, exceto em uma faixa estreita, de modo a formar um caminho em que se possa andar sem pisar nas pedrinhas. Peça que dois alunos se ofereçam para participar. Vende os dois. Peça-lhes que girem várias vezes até perderem o senso de direção. Depois, diga-lhes que tirem o calçado. Pergunte a um dos alunos vendados se confiaria no outro aluno vendado para guiá-lo pelo caminho.

Peça a um aluno que leia Helamã 13:29. Depois peça aos alunos que retirem a venda e voltem a sentar-se.

• A que elementos da vida as pedrinhas são comparáveis?

• Citem alguns exemplos de “guias cegos” em que as pessoas confiam.

• Em que ocasião vocês já foram guiados por um caminho seguro?

Peça que metade da turma estude Helamã 13:17–23, em silêncio. Peça-lhes que procurem os perigos da riqueza e as instruções que precisamos seguir para escapar desses perigos. Peça-lhes que falem da influência que o mau uso das riquezas tem sobre as pessoas.

Peça que os demais alunos estudem Helamã 13:24–29 e 2 Néfi 9:28 . Peça-lhes que examinem como as pessoas da época de Samuel racionalizaram para rejeitar os profetas.

Depois, dê-lhes a oportunidade de falar daquilo que aprenderam ao restante da turma.

Sugere-se que, durante o debate, você ajude os alunos a aplicarem as palavras de Samuel registradas em Helamã 13:24–29. Caso decida fazer isso, saliente que apesar de nós mesmos não termos expulsado nem matado os profetas, podemos aplicar algumas das advertências de Samuel a nós mesmos.

• Citem algumas coisas específicas que o atual presidente da Igreja tenha-nos aconselhado a fazer. Citem algumas coisas específicas que ele tenha-nos aconselhado a não fazer.

Peça aos alunos que meditem em silêncio sobre como responderiam às seguintes perguntas:

• O que vocês já fizeram para seguir os conselhos do profeta vivo? Que bênçãos vocês já receberam por seguir os conselhos do profeta? No que vocês poderiam melhorar?

Anote estas referências de escritura no quadro: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jeremias 8:20).

• Em sua opinião, o que isso significa?

Peça que alguém leia Helamã 13:38.

• O que esses versículos nos ensinam quanto ao arrependimento?

• Que passagem de domínio de escritura nos alerta a não deixar o nosso arrependimento para depois? (Se os alunos não se lembrarem de Alma 34:32–34 , mencione essa passagem.)

Leia o seguinte conselho do Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008), 15º presidente da Igreja, no qual ele dirige-se especificamente a quem luta com o vício da pornografia. As palavras importantes relacionadas a essa escritura citada acima estão em itálico.

“Todos os que estão nas garras desse vício, ajoelhem-se na privacidade de seu quarto e supliquem a ajuda do Senhor para livrá-los desse monstro maligno. Caso contrário, essa mancha imunda continuará com vocês nesta vida e até mesmo na eternidade. Jacó, o irmão de Néfi, ensinou: ‘E acontecerá que, quando todos os homens tiverem passado desta primeira morte para a vida, tornando-se imortais (…) os justos ainda serão justos e os imundos ainda serão imundos’ (2 Néfi 9:15–16).

O Presidente Joseph F. Smith, em sua visão da visita do Salvador aos espíritos daqueles que haviam falecido, viu que ‘aos iníquos, porém, não se dirigiu; e entre os ímpios e os impenitentes, que se corromperam enquanto estavam na carne, sua voz não se fez ouvir’ (D&C 138:20)” (Conference Report, outubro de 2004, p. 66; ou A Liahona, novembro de 2004, p. 62).

• O que o Presidente Hinckley, Jacó e o Presidente Joseph F. Smith ensinaram quanto às pessoas que não se arrependem de seus pecados?

Leia a seguinte declaração do Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência, mas antes de ler, peça aos alunos que prestem atenção e descubram dois motivos pelos quais não devemos deixar o arrependimento para depois:

“A quem agora se encontra em grave pecado ocorrerá um pensamento mais ou menos assim: ‘Bem, já que o arrependimento é tão difícil, prefiro continuar pecando. Mais tarde, quando eu precisar de perdão, posso arrepender-me uma vez só’.

Isso é uma grande tolice. Vou explicar o porquê: Primeiro, as pessoas que deixam o arrependimento para depois podem não ter tempo de arrepender-se; e, segundo, continuando a pecar, só encontrarão mais tristeza em vez da felicidade que desejam, mas que não conseguem encontrar. Lembrem-se da advertência de Samuel, o lamanita [ver Helamã 13:38” (To Draw Closer to God: A Collection of Discourses, 1997, p. 65).

Peça aos alunos que meditem sobre as seguintes questões:

• Quais são os perigos de procrastinar o arrependimento?

• Que bênçãos recebemos quando somos obedientes e nos arrependemos prontamente ao pecar?

Certas partes de Helamã 14 relativas às profecias de Samuel quanto à morte de Cristo são abordadas em uma das sugestões didáticas do capítulo 40 deste manual. Leia esta sugestão didática e decida se prefere empregá-la aqui.

Peça aos alunos que abram o manual do aluno na página 300 e vejam os quadros que ali se encontram. Dependendo do tamanho da turma, peça aos alunos que formem duplas ou vários grupos pequenos. Peça-lhes que leiam as escrituras mostradas nos quadros relacionadas ao nascimento e à morte do Salvador, bem como ao que Samuel ensinou quanto a como preparar-se para a vinda de Cristo. Sugira-lhes que cruzem a referência de Helamã 14 com os versículos correspondentes de Helamã 16 e de 3 Néfi 1, 2, 8 e 23. Depois que eles examinarem os quadros, peça-lhes que discutam as seguintes questões:

• De acordo com Helamã 14:12–13, o que Samuel disse às pessoas que fizessem para prepararem-se para o nascimento, ou primeira vinda, de Jesus Cristo?

• O que os líderes da Igreja nos ensinam quanto a como preparar-nos para a Segunda Vinda de Jesus Cristo?

Pergunte aos alunos:

• Quais são os dois tipos de morte que todos enfrentam? (A morte física e a espiritual.)

• Será que a Expiação de Jesus Cristo redime incondicionalmente toda humanidade do efeito da morte física que a Queda de Adão trouxe ao mundo? (Sim. Ver I Coríntios 15:20–22 .)

Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de Helamã 14:15–19 e encontrem os trechos em que Samuel fala de dois tipos de morte espiritual. Ajude os alunos a compreenderem que a primeira morte espiritual, conforme a definição de Samuel, foi o fato de termos sido afastados da presença de Deus. Samuel chamou essa morte espiritual de “primeira morte” (Helamã 14:16). Assim como acontece com a morte física, todos passam por essa primeira morte espiritual como resultado da Queda (ver Helamã 14:16). Quando viemos para a Terra, deixamos a presença de Deus. A Expiação de Jesus Cristo resgata a todos incondicionalmente dessa morte espiritual, pois todos serão levados de volta à presença de Deus para serem julgados (ver Helamã 14:17; ver também 2 Néfi 2:9–10; 9:15, 22, 38; Alma 11:43–44).

Já no caso da segunda morte espiritual, as pessoas novamente são separadas “das coisas concernentes à retidão” (Helamã 14:18). Essa morte espiritual é resultado de nossos próprios pecados. A Expiação de Jesus Cristo pode resgatar-nos dessa morte se cumprirmos certas condições: se nos arrependermos de nossos pecados e recebermos as ordenanças de salvação teremos permissão para continuar na presença de Deus depois de nosso julgamento.

Peça aos alunos que estudem Helamã 15:7–9, em silêncio, e encontrem os elementos do processo de conversão. Depois de lhes dar dois ou três minutos para ler e meditar, peça-lhes que digam o que encontraram. Anote as ideias dos alunos no quadro. Se preciso, peça-lhes que debatam as seguintes questões:

• De acordo com o versículo 7, aonde o estudo e a crença sincera nas escrituras nos leva?

• Quão sincera e duradoura foi a mudança dos lamanitas? (Ver versículo 9.)

Peça aos alunos que ponderem, em silêncio, as seguintes questões:

• O que vocês podem fazer para passarem por uma “mudança no coração”?

• Ponderem sobre como o versículo 9 se aplica a sua vida. Será que existem “armas de guerra” que vocês precisam enterrar?

• O que vocês poderiam fazer para aumentarem sua fé a ponto de terem “medo de pecar”?

Peça a um aluno que leia Helamã 15:10–16.

• Que promessa o Senhor fez em relação aos descendentes desses lamanitas que se converteram?

• Por que o Senhor prometeu aos lamanitas que seu povo não seria destruído? (Ver Helamã 15:14–17.)

Peça que todos os alunos fechem as escrituras. Depois, peça a um deles que abra as escrituras e leia Helamã 16:13–14 enquanto os demais escutam. Pergunte o que os alunos acham que acontece no versículo seguinte.

• Em sua opinião, como as pessoas de hoje encarariam a mensagem de um profeta caso vissem anjos e outros grandes sinais?

Peça ao aluno que está com as escrituras abertas que leia a primeira palavra do versículo 15. Pergunte aos alunos o que eles acham que virá depois da palavra entretanto. Depois das respostas, leia o versículo 15 com a turma.

• Como vocês explicariam o que é uma pessoa de coração duro?

• De acordo com os versículos 22–23, como o fato de os nefitas terem endurecido o coração os influenciou?

• Que coisas já lhes foram úteis para impedir que Satanás obtenha poder sobre seu coração?

Leia 3 Néfi 9:20 com os alunos.

• Quais são as diferenças entre uma pessoa de “coração quebrantado” e alguém duro de coração?

• Que bênçãos são concedidas a quem tem o coração quebrantado e o espírito contrito?

• Como a influência do Espírito Santo ajuda-nos a resistir à influência de Satanás?

Peça aos alunos que falem do que acham que podemos fazer para cultivar a humildade e o desejo de ser influenciado pelo Espírito Santo todos os dias.

Peça aos alunos que leiam Helamã 16:16–21 à procura das desculpas que os desobedientes criaram para não acreditar nas palavras de Samuel. Depois de dar-lhes alguns minutos para estudar os versículos, peça-lhes que digam o que encontraram. Anote as respostas no quadro.

• Que variações desses argumentos são usados atualmente para resistir ao profeta?

• Como podemos saber se nós, individualmente, estamos começando a rejeitar as palavras do profeta?

Peça a alguém que leia Doutrina e Convênios 21:4–5.

• O que podemos fazer para receber as palavras do profeta “com toda a paciência e fé”?

Leia a seguinte declaração do Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Tenho por experiência que, quando deixamos de colocar um ponto de interrogação nos pronunciamentos do profeta e, em vez disso colocamos pontos de exclamação e seguimos seus conselhos, recebemos bênçãos em profusão” (Lane Johnson, “Russell M. Nelson: Um Exemplo de Obediência”, ver A Liahona, abril de 1983, p. 26).

• O que significa colocar pontos de exclamação em vez de pontos de interrogação nos conselhos do profeta?